Quando
o medo é alto, precisamos de soluções práticas para reduzir o estresse.

Obviamente,
se você tiver os sintomas, deve rapidamente consultar um médico como falta de ar, febre, etc.. No entanto, se o sistema de saúde ficar superlotado,
é possível que nem todos que precisam de cuidados não o tenham disponível.
Dessa forma, as opções que podemos tomar para o cuidado pessoal podem ser as
mais importantes. Mas é fundamental respirar fundo e não entrar em pânico -
esse é o motivo, apesar de precisarmos levar isso a sério e ajustar o dia-a-dia
na família e sociedade, para proteger aqueles que são idosos e os que têm
problemas de saúde, especialmente aqueles que são fumantes e têm doenças
pulmonares.
Uma
das maiores razões para o pânico é quando as pessoas não sentem que recebem
boas informações em que podem confiar e quando não sentem que têm escolhas. Mas não se pode negar que o Ministério da Saúde está fazendo um excelente trabalho para
a contenção e para a prestação de informações sobre o que acontece e os governos federal, estaduais e
municipais estão tomando medidas que possibilitam um razoável controle da
pandemia.
É
certo a necessidade de combater o vírus, mas não um ao outro. Esse vírus não é
refere-se apenas a você ser infectado: é mais do que isso, é também você ser um
agente de contágio para outras pessoas. Trata-se, portanto, de cuidar um do
outro.
Fontes
comuns de repulsa incluem sujeira, comida, insetos e animais, fluidos corporais,
atos sexuais, ferimentos e morte; portanto, não é de surpreender que uma doença
semelhante à gripe (com sintomas como tosse e às vezes vômito ou diarréia) seja
algo repugnante. Contudo, uma aversão também desempenha um papel de preconceito.
Embora muitos sintomas do Covid19 possam ser repugnantes, todos devem ter o cuidado
para não generalizar os sentimentos de repulsa (aversão) aos demais. Expressar
hostilidade para com as pessoas infectadas ou sob suspeita não é apenas
prejudicial para eles, mas também é prejudicial para você, pois amplifica seu
medo e paranóia.
Vamos
às dicas para minimizar o estresse

Mova
a ansiedade através do seu corpo – dance! Os sentimentos estão em seu corpo. Lembre-se
da última vez em que você estava preocupado com uma resposta por email ou
whatsapp que estava ansiosamente esperando receber – certamente os ombros estavam
tensos e havia um bolo no estômago. O corpo humano retém o estresse e quanto
mais retém, mais incomoda. Uma vez que sobrecarregados com o estresse, é necessário
movê-lo através dos corpos. A melhor maneira de fazer isso é se movimentar: correr,
pular ou dançar. Encontre sua música favorita e mova seus quadris, resgate programas
como o Wii ou outros mais novos, agite seu corpo e deixe os sentimentos
passarem.
Concentre-se
no que não mudou. Olhe ao seu redor agora e liste 3 coisas que não mudaram
desde o início da crise. Suas plantas ainda estão crescendo e precisando de
água? Seus filhos ainda estão pedindo que você traga um lanche para eles? Você
ainda está recebendo atualizações meteorológicas pelo rádio ou aplicativos?
Você ainda está escovando os dentes (espero que sim)? Concentre-se no que
permanece o mesmo. Faça o que puder para manter as rotinas.
Permita-se
sentir seu medo. Percebi, durante o atendimento psicoterapêutico nesses dias de
coronavírus, que meus clientes sentiam que precisavam tomar uma posição sobre a
crise. Ou eles acreditavam que esta é a pior coisa que já aconteceu ou estavam
sendo tremendamente exagerados. Eu disse várias vezes que há uma outra resposta.
Você pode ficar preocupado e sentir medo sem ter que “catastrofizar” ou
minimizar. Permita-se sentir algum medo e preocupação mas sem entrar em pânico,
e você poderá tomar melhores decisões. Você não precisa ser nada mais ou nada menos
do que você é neste momento. Sinta seus sentimentos e compartilhe-os com alguém
próximo a você. Não tente afastar seus sentimentos ou eles simplesmente
aparecerão de repente.
Não
saber o que vai acontecer e quanto tempo durará essa crise causa muito medo em
todos. É importante ter em mente que houveram outras situações em que você
sentiu medo numa situação em que lidou com o desconhecido e conseguiu superar.
Por exemplo, dar à luz um filho, concluir os estudos da escola, começar um novo
emprego, aprender a andar de bicicleta ou aprender a dirigir um carro. Anote
uma lista das situações desconhecidas que você lidou no passado. Mantenha isso
como um ponto de referência para sua capacidade de lidar com situações
desconhecidas. Você pode lidar com este também!
Não
podemos saber ao certo quem está portando o vírus Covid-19 (ou outras doenças
contagiosas e transmissíveis), ou quando onde uma epidemia começará ou
terminará. Nem sabemos se estamos portando o vírus ou se alguma doença está
relacionada ao Covid-19. Nem podemos controlar completamente a propagação do
vírus ou como a doença se desenvolverá numa pessoa. Quer dizer, embora
imprevisível e incontrolável de algumas maneiras, a propagação do vírus também
é um tanto previsível (com base em novas informações sobre casos confirmados).
Se não tivéssemos informações sobre o coronavírus em geral, suas sequências
genéticas ou as formas de testar possíveis casos, seria realmente imprevisível.
Ainda não é o fim do mundo – tudo vai passar! Portanto, mantenha a calma.
Espero
que tenha gostado desse artigo e que ele lhe ajude a superar esse difícil
momento.
Um
abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com
acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante
sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório
próximo à estação de metrô Vila Mariana com estacionamento no local. Atendimento
de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo
tel. 11.94111-3637 ou pelo Whatzapp 11.98199-5612.