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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA PARA MULHERES QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA SEXUAL

A violência sexual é uma experiência muito ruim, com impactos profundos e duradouros na vida Da pessoa que passa por isso. Para as mulheres que viveram essa situação, a necessidade de buscar ajuda psicológica vai além de uma simples recomendação – é um passo essencial para a reconstrução do bem-estar emocional, físico e social.

O estupro não só machuca o corpo, mas também afeta a autoestima, a confiança, e o senso de segurança da pessoa no mundo. Sentimentos de vergonha, culpa, medo e muita tristeza intensa são comuns, e muitas vezes, esses sentimentos podem persistir por longos períodos. É nesse momento que a psicoterapia se torna uma ferramenta indispensável.

A psicoterapia oferece um espaço seguro e acolhedor para que as mulheres possam lidar com suas emoções e narrativas traumáticas. Durante as sessões, o terapeuta emprega métodos específicos para ajudar a vítima a:

  • Reconhecer e confirmar emoções: Muitas mulheres sentem dificuldade em expressar ou compreender os próprios sentimentos após a violência. A psicoterapia cria um ambiente no qual elas podem explorar essas emoções sem medo de julgamento.
  • Reduzir sintomas de estresse pós-traumático (TEPT): É comum que mulheres vítimas de estupro desenvolvam TEPT, caracterizado por flashbacks, recordações traumáticas, insônia, excesso de vigilância e crises de ansiedade. A psicoterapia ajuda a aliviar esses sintomas por meio de abordagens apropriadas para cada situação.
  • Restaurar a autoestima: A violência sexual pode deixar marcas profundas na autoimagem e autoestima da paciente. O processo psicoterapêutico auxilia a vítima a reconstruir sua identidade, resgatando a autoconfiança e a capacidade de se relacionar com os outros.
  • Promover a reintegração social: Mulheres que passaram por essa violência podem sentir-se desamparadas ou desconectadas de suas redes de apoio. A terapia trabalha para facilitar a reconexão com amigos, familiares e outras comunidades de suporte.

Para garantir que o processo terapêutico seja efetivo, é fundamental que o atendimento seja realizado por psicólogos e não com pessoas que adotam linhas alternativas. Profissionais com essa qualificação estão aptos a gerenciar as particularidades do trauma, respeitando os limites e o tempo de cada paciente.

Infelizmente, muitas mulheres evitam buscar ajuda psicológica devido ao estigma social e à vergonha. Em sociedades marcadas pelo machismo, ainda há uma tendência a culpar a vítima ou minimizar o impacto do estupro. Esse contexto torna ainda mais urgente a sensibilização sobre a necessidade do acompanhamento psicológico, enfatizando que a vítima nunca é responsável pela violência que sofreu.

A terapia psicológica é uma via de recuperação e fortalecimento para mulheres que sofreram violência sexual. Ela possibilita não só enfrentar os impactos do trauma, como também converter a dor em energia, reconstruindo vidas caracterizadas pela resiliência. É um ato de cuidado consigo mesma e de resistência contra a violência.

Portanto, toda mulher que foi vítima de estupro merece ter acesso a um sistema de apoio psicológico que a ajude a encontrar novamente o equilíbrio e a paz interior. A busca pela psicoterapia é um gesto de coragem e autocuidado que pode transformar vidas.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

OVERTHINKING: 2 FORMAS DE CONTROLAR A MENTE PARA NÃO PENSAR DEMAIS

 NÃO CAIA EM ARMADILHAS MENTAIS

VEJA COMO DESAFIAR E REFORMULAR SEUS PENSAMENTOS

Fonte: Revista Forbes


O overthinking é o hábito de pensar demais, analisar excessivamente, remoer ou se preocupar com situações, decisões ou eventos, o que muitas vezes leva a sentimentos de estresse e ansiedade.

Você pode se pegar repassando conversas passadas, pensando em como poderia ter dito algo de forma diferente, ou imaginando cenários futuros que talvez nunca aconteçam.

É fácil criar situações na sua mente que parecem muito maiores do que realmente são, transformando pequenas preocupações em ciclos intermináveis de pensamentos repetitivos.

Ficar remoendo as coisas e pensando “e se…” pode levar a uma ansiedade desnecessária e te prender em um ciclo de pensamentos negativos. É uma armadilha mental que pode ser exaustiva, fazendo até mesmo situações simples tomarem uma proporção muito maior.

Aqui estão duas estratégias simples que você pode usar para se libertar do hábito de pensar demais.

1. Pensamentos intrusivos? Pause e não entre em pânico

Pensamentos intrusivos podem surgir de repente, especialmente quando você está focado em algo importante, como se preparar para uma apresentação ou reunião. Do nada, pode surgir um pensamento: “Vou ser demitido. Não tenho ouvido nada sobre meu desempenho há um tempo.” Isso pode rapidamente se transformar em: “Será que estou indo bem? E se me demitirem amanhã? Tenho dinheiro suficiente guardado?”

Esses pensamentos irracionais, sem nenhuma evidência lógica, podem consumir seu tempo, criando cenários catastróficos e te forçando a lutar contra “demônios” imaginários. Isso pode impactar seu trabalho, produtividade e, em casos mais graves, sua saúde mental e a capacidade de funcionar no dia a dia.

Uma estratégia simples e eficaz é reservar de 5 a 10 minutos todas as manhãs, ou sempre que esses pensamentos intrusivos surgirem, para anotar tudo o que pode estar causando preocupação ou excesso de pensamentos. Dessa forma, você pode liberar esses pensamentos e os analisar mais tarde, com a mente mais clara. 

Quando um pensamento negativo ou ansioso surgir, o segredo é reconhecê-lo sem reagir. 

O overthinking pode variar desde medos irracionais como “Minha esposa vai me deixar” até preocupações diárias, como o resultado de uma conversa ou reunião importante.

Ao invés de deixar esses pensamentos se transformarem em ruminações, pause, respire fundo e anote. Você pode criar um “diário de preocupações”, onde registra qualquer pensamento incômodo que surgir ao longo do dia. Essa prática simples ajuda a tirar esses pesos da mente para uma reflexão posterior, impedindo que eles assumam o controle no momento.

2. Analise e desafie seus pensamentos

O próximo passo é analisar e desafiar seus pensamentos quando você tiver tempo livre ou antes de dormir, compreendendo melhor seus padrões de excesso de pensamentos.

Essa abordagem é baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental, na qual as pessoas são ensinadas a reconhecer e desafiar padrões de pensamento distorcidos. O objetivo é identificar pensamentos que não te ajudam – como pensamentos ansiosos, catastróficos ou supergeneralizados —, rotulá-los e depois desafiá-los, examinando as evidências e considerando alternativas mais racionais.

O processo de análise envolve identificar e categorizar seus pensamentos para conseguir alguma distância emocional e clareza. Por exemplo:

Pensamento catastrófico, ou assumir o pior resultado possível de algo – “Se eu não for bem nessa apresentação, toda minha carreira estará arruinada.”

Medo de rejeição, ou assumir que todos os relacionamentos estão fadados ao fracasso – “Meu amigo não respondeu à minha mensagem, então ele deve estar chateado comigo.”

Supergeneralização, ou fazer uma suposição ampla com base em uma única situação – “Cometi um erro hoje, então devo ser péssimo no meu trabalho.”

Quando pensamentos negativos ou ansiosos surgirem, desafie-os. Questione se os cenários que você está imaginando são realistas ou se está exagerando e criando coisas. Reformular seus pensamentos pode te ajudar a ver as situações com mais clareza e evitar preocupações desnecessárias.

Quando seus pensamentos estiverem cheios de ansiedade ou dúvidas, desafie-os perguntando a si mesmo:

Existe alguma evidência que sustente esse pensamento, ou estou presumindo o pior?

Estou interpretando essa situação de forma lógica, ou estou deixando minhas emoções interferirem no meu julgamento?

Quais são as chances desse pior cenário realmente acontecer?

Esse pensamento está baseado em fatos ou medos?

Por exemplo, depois de uma conversa com seu chefe, você pode começar a pensar: “Por que eu disse aquilo? Foi tão estranho. Ele me elogiou, mas será que foi genuíno? E se ele estava sendo sarcástico e preparando o terreno para me dar uma má notícia depois? Meu desempenho deve estar caindo. Ele não falaria comigo assim de outra forma.”

Veja como você poderia desafiar o overthinking:

Identifique o pensamento. “Meu chefe me elogiou, mas talvez ele estivesse sendo sarcástico ou preparando uma má notícia.”

Examine as evidências. Pergunte a si mesmo: “Existe alguma evidência concreta de que meu chefe estava sendo sarcástico? Algo no tom ou nas palavras dele sugeriu isso? Houve algum sinal de que meu desempenho está caindo?”

Considere explicações alternativas. “Talvez meu chefe estivesse genuinamente me elogiando pelo meu bom trabalho. Não há razão para acreditar que ele estava sendo sarcástico, especialmente porque ele não me deu nenhum feedback negativo recentemente.”

Questione a probabilidade. “Quais são as chances de meu chefe estar me preparando para uma má notícia com sarcasmo? Se houvesse algum problema com meu desempenho, ele não seria mais direto ou traria isso em uma reunião formal?”

Reformule o pensamento: “É mais provável que o elogio tenha sido genuíno. Meu chefe não indicou nenhum problema com meu trabalho, então provavelmente estou exagerando porque estava nervoso.”

Em resumo, reconhecer e desafiar pensamentos distorcidos é uma habilidade que leva tempo para se desenvolver. Com a prática, você pode deixar de ser uma pessoa consumida por preocupações constantes e pensamentos catastróficos para abordar as situações com uma perspectiva mais racional e equilibrada.

Autor: Mark Travers, colaborador da Forbes USA, psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

MENTE SÃ, CORPO SÃO: EMOÇÕES POSITIVAS CONTRA A HIPERTENSÃO

Ontem, 10/02/2025, uma excelente notícia foi publicada no noticiário da Rede Globo: “Estudo mostra que emoções positivas ajudam a combater a hipertensão”. Esse artigo aborda essa reportagem sob a ótica de um psicólogo.

A ciência tem investigado a conexão entre mente e corpo, e novos estudos confirmam que as emoções positivas têm um papel fundamental na saúde física. Uma pesquisa revelou que pacientes hipertensos que tiveram contato com mensagens de motivação apresentaram uma diminuição considerável da pressão sanguínea. A descoberta indica que, além do tratamento convencional, elementos psicológicos e emocionais podem ser fortes aliados na administração da hipertensão.

A hipertensão arterial é uma tradição científica sob a ótica da medicina, mas diversos pesquisadores da área da psicologia e psicoterapia realizaram estudos, investigando a influência de fatores psicológicos no desenvolvimento e manejo da doença, bem como a eficácia de intervenções psicoterapêuticas no tratamento de pacientes hipertensos. Do ponto de vista psicológico, a pressão alta pode estar associada a fatores emocionais, padrões de comportamento e aspectos de personalidade que influenciam a regulação da pressão arterial.

A hipertensão é quando a pressão arterial está sempre elevada, aumentando a carga do coração e podendo causar sérios problemas. Ela afeta a saúde e aumenta o risco de doenças cardíacas, AVC, doenças renais e outras complicações. Se descontrolada pode diminuir a expectativa de vida e prejudicar a qualidade de vida, logo, é fundamental conhecer os riscos e efeitos dessa condição para uma prevenção e tratamento eficazes. O tratamento tradicional inclui medicamentos e mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios. Mas compreender a importância das emoções positivas na prevenção e tratamento da hipertensão é também é muito importante.

Emoções positivas incluem alegria, gratidão, esperança, amor, humor e satisfação. Elas são essenciais para o bem-estar mental e emocional. É necessário conhecê-las, pois elas promovem a saúde e auxiliam na redução da hipertensão. Cultivar emoções positivas pode levar a uma vida mais satisfatória. Devemos, então, reconhecer os tipos de emoções positivas e suas características para integrá-las eficientemente em nossa rotina.

Emoções positivas afetam o corpo e a mente de forma significativa. Reduzem a pressão arterial, reduzem a inflamação, fortalecem a imunidade e beneficiam a saúde do coração. Além disso, podem melhorar o humor, aumentar a resiliência emocional e proporcionar uma perspectiva mais positiva da vida; há também pesquisas que mostram que emoções como felicidade, gratidão e amor têm um efeito benéfico na pressão arterial. Compreender essa relação é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento da doença hipertensiva. Deve ser destacado, contudo, que essas conclusões devem ser interpretadas como um adicional ao tratamento médico, e não como uma alternativa aos medicamentos.

A hipertensão arterial reflete também o estado emocional e psicológico da pessoa, não sendo apenas uma questão médica. A psicoterapia, seja como complemento à medicação ou como estratégia para a prevenção e o controle da doença, pode oferecer ferramentas poderosas. No tratamento psicoterápico o paciente poderá processar modificação de padrões de pensamento e comportamento que podem contribuir para o tratamento da pressão alta, gerenciar o estresse, desenvolver habilidades de enfrentamento e assim, promover mudanças positivas no estilo de vida e aumentar a ativação do sistema nervoso simpático.

Diversas atividades podem proporcionar bem-estar emocional. Essas atividades incluem meditação, que relaxa a mente e diminui o estresse, e exercícios físicos regulares, que melhoram a saúde e elevam o humor. Estar em contato com a natureza, como caminhadas em parques ou passeios em áreas verdes, é essencial para melhorar o estado emocional. Hobbies, que vão de atividades artísticas a esportivas, são recomendados por promoverem a expressão pessoal e aliviarem o estresse. A busca por conexões sociais saudáveis é crucial, pois relacionamentos positivos oferecem suporte emocional em momentos difíceis. Além disso, é importante buscar profissionais de saúde mental, como psicoterapeutas e psiquiatras, que estão preparados para oferecer um apoio emocional apropriado e ajudar na construção de um estado mental saudável e equilibrado. Recomenda-se, igualmente, a definição de metas realistas e comemorar conquistas diárias, por menores que sejam, para elevar a autoestima. Evidentemente, as fontes de estresse e dificuldades desnecessárias devem ser evitadas, ao mesmo tempo em que se cultivar pensamentos positivos diante dos desafios diários. Essas práticas podem transformar a perspectiva e aumentar a qualidade de vida.

Estudos indicam que alguns traços de personalidade estão ligados ao risco de hipertensão. Indivíduos com personalidade tipo A, que apresentam competitividade, impaciência e hostilidade, tendem a ter maior risco de pressão alta. Esses indivíduos reagem mais intensamente ao estresse, mantendo o sistema cardiovascular sob tensão. Por outro lado, pessoas que cultivam emoções positivas, como gratidão e otimismo, geralmente têm melhor regulação da pressão arterial. Isso sugere que "hábitos psicológicos externos" são fundamentais para o tratamento da hipertensão. 

Nos atendimentos psicológicos que faço, notei que muitos hipertensos têm sofrimento emocional reprimido ou estão em constante alerta, fazendo da psicoterapia um suporte para desenvolver uma relação mais saudável consigo mesmos, aliviando a carga emocional que causa sintomas físicos. A pressão alta pode refletir conteúdos psíquicos não tratados, medos e dificuldades em conflitos emocionais, sendo essencial um processo terapêutico para ajudar na autorregulação emocional, resiliência e estratégias saudáveis para lidar com o estresse cotidiano. As questões como isolamento social, problemas familiares e conflitos interpessoais podem gerar estresse constante em muitos hipertensos.

Da mesma forma que evitar o consumo de álcool, não fumar e praticar exercícios físicos, cultivar pensamentos positivos e expressar gratidão podem ser considerados estratégias cruciais para uma vida mais longa e saudável.

Enfim, está confirmado cientificamente o que muitas filosofias de vida já sugeriam: o poder da positividade e do otimismo pode impactar a saúde física. Os estudos apontam para uma relação positiva entre emoções positivas e a prevenção e tratamento da hipertensão, sendo o estímulo de emoções positivas, um promotor de impactos significativos na redução da pressão arterial e na promoção da saúde cardiovascular. Portanto, adotar uma mentalidade mais otimista, praticar a gratidão e encontrar propósito de vida podem ser aliados valiosos no controle da hipertensão. Pequenos gestos, como mensagens motivacionais, podem contribuir para uma vida mais longa e saudável.

A hipertensão não deve ser vista apenas como um problema físico e biológico, mas como uma condição que pode ser influenciada por fatores psicológicos e emocionais. A integração entre psicologia e medicina pode oferecer abordagens mais eficazes para o tratamento da hipertensão, ajudando os pacientes a lidar melhor com o estresse e a promover hábitos de vida mais saudáveis.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

O ADULTO INFANTIL

Como você pode avaliar se um adulto funciona emocionalmente mais como uma criança? Como psicoterapeuta, aprendi que quase qualquer pessoa pode parecer razoavelmente "adulto" quando me encontro com ele individualmente. Por outro lado, ver a mesma pessoa numa sessão de terapia individual ou de casal me dá muito mais dados. Comportamentos equivocados, imaturos e patológicos tornam-se muito mais visíveis. Também vejo até que ponto as ações de cada parceiro (num casal) são rudes, ofensivas ou mesmo perigosamente infantis - ou calmas, respeitosas e amadurecidas.

Em minha prática clínica, trato principalmente pessoas que lutam contra a depressão, problemas sexuais, ansiedade, dificuldades no casamento ou relacionais, etc., mas às vezes, um problema subjacente é que, por uma razão ou outra, o paciente nunca cresceu. Muitas pessoas atingem a idade adulta cronológica sem ter dominado os elementos essenciais do funcionamento emocional adulto.

A idade física pode ser contada pelo número de aniversários. Especialmente com crianças, também tende a se correlacionar com altura, força e funcionamento cognitivo. A idade psicológica ou emocional, ao contrário, torna-se evidente nas reações e hábitos emocionais. Por exemplo, os adultos podem ficar calmos, enquanto as crianças tendem a se irritar mais rapidamente. Os adultos exercem um julgamento cuidadoso antes de falar, enquanto as crianças podem impulsivamente deixar escapar palavras ofensivas e sem tato.

Se as crianças quiserem uma bola ou boneca com o qual outra criança esteja brincando, é provável que estendam a mão e pegue o brinquedo. A maioria dos pré-escolares fica brava ou chora várias vezes ao dia, mesmo que sejam basicamente crianças bem alimentadas e felizes. As regras da brincadeira dos adultos, como se revezar ou não agarrar, ainda não começaram a moldar seu comportamento. Os jovens não agem de maneira consistentemente civilizada porque ainda não internalizaram as regras dos adultos "civilizados". No entanto, comportamentos normais para crianças parecem infantis e rudes quando os adultos os praticam. Você pode reconhecer o comportamento adulto infantil?

Uma maneira de pensar sobre como crianças pequenas diferem de adultos emocionalmente maduros é imaginar crianças que você conhece - talvez até seus próprios filhos, netos, sobrinhas, sobrinhos e vizinhos. Como essas crianças diferem dos adultos que você conhece e respeita? Veja alguns sinais de imaturidade emocional nos adultos.

Crianças pequenas costumam chorar, ficar com raiva ou parecer aparentemente petulante e amuado. Os adultos raramente o fazem.

Quando as coisas dão errado, as crianças procuram culpar alguém. Os adultos procuram resolver o problema.

Quando há uma situação que é desconfortável, as crianças pequenas podem mentir para não se meterem em problemas. Os adultos lidam com a realidade, falando a verdade com segurança.

As crianças xingam umas às outras. Os adultos procuram compreender as questões. Os adultos não fazem ataques às características pessoais das pessoas. Em vez disso, eles atacam o problema. Eles não desrespeitam os outros com rótulos maldosos. Existe uma exceção. Às vezes, os adultos, assim como os bombeiros que combatem os incêndios nas florestas, têm que combater o fogo com fogo. Eles podem precisar usar "fogo" para controlar uma criança zangada ou um adulto fora dos limites, a fim de fazer com que parem de seu mau comportamento.

Sobre a impulsividade, ou, como dizem os psicólogos, "controle insuficiente dos impulsos", vemos que as crianças atacam impulsivamente quando se sentem magoadas ou com raiva. Eles falam imprudentemente ou agem impulsivamente sem parar para pensar nas consequências potenciais. Da mesma forma, em vez de ouvir os pontos de vista dos outros, eles os interrompem impulsivamente. Os adultos param, resistindo ao impulso de proferir palavras ou ações ofensivas. Eles se acalmam para, em seguida, refletirem sobre o problema, buscando mais informações e analisando opções. Soldados e policiais, por exemplo, são treinados para discriminar rapidamente entre situações inofensivas e perigosas para que possam responder com rapidez suficiente para proteger potenciais vítimas de ações criminosas.

Crianças gostam de ser o centro das atenções. Já tentou conversar com uma criança de dois anos durante um jantar? As tentativas de iniciar uma discussão com outras pessoas à mesa resultaram na agitação da criança?

Uma criança fisicamente maior do que outras crianças de sua idade pode caminhar até outra criança que está brincando com um brinquedo que ela gostaria e simplesmente pegá-lo. A outra criança não pode dizer nada, para que o agressor não se volte contra ela com hostilidade. Em muitos casos, é mais seguro deixar um agressor ter o que deseja. Os adultos, por outro lado, respeitam os limites: o seu é seu e o meu é meu. Isso é um tipo de “bullying”.

Se as crianças - ou adultos - podem conseguir o que desejam porque são maiores, mais fortes ou mais ricos, correm o risco de aprender que as regras não se aplicam a eles. O que eles querem, eles pegam. Essa tendência narcisista pode inicialmente parecer força, mas, na realidade, reflete uma séria fraqueza: ser incapaz de ver além de si mesmo. Pessoas psicologicamente fortes ouvem os outros, na esperança de compreender os sentimentos, preocupações e preferências dos outros. Os narcisistas ouvem apenas a si mesmos e, como resultado, são emocionalmente frágeis. Eles agem como crianças que querem ficar fora de casa e brincar - mesmo que o jantar esteja na mesa - e que arremessam um ataque ao invés de dar ouvidos à explicação de seus pais de que a família está comendo agora. Sua mentalidade, em resumo, é "É tudo sobre mim". Aos olhos de um narcisista, ninguém mais conta; se não conseguirem o que querem, podem resultar em “bullying” para isso.

Freud cunhou o termo “mecanismos de defesa” para as formas pelas quais os indivíduos se protegem e/ou obtêm o que desejam. Os adultos usam mecanismos de defesa, como ouvir as preocupações dos outros e também as suas. Em seguida, eles se envolvem na resolução colaborativa de problemas. Essas respostas às dificuldades indicam maturidade psicológica. As crianças tendem a considerar a melhor defesa como um forte ataque. Embora essa estratégia defensiva possa funcionar no futebol, atacar quem expressa um ponto de vista diferente do que deseja é, na vida, um mecanismo de defesa primitivo.

Outra defesa primitiva é a negação - "Eu não disse isso!" ou "Eu nunca fiz isso!" quando de fato disseram ou fizeram o que afirmam não ter feito. Parece infantil para você?

Possivel inexistência de um ego observador, isto é, nenhuma capacidade de ver, reconhecer e aprender com seus erros. Quando adultos emocionalmente maduros "perdem a calma" e expressam raiva inadequadamente, eles, logo depois, com seu "ego observador", percebem que sua explosão foi inapropriada. Ou seja, eles podem ver, retrospectivamente, que seu comportamento estava fora de linha com seu sistema de valores. Eles podem ver se sua explosão foi, como dizem os psicoterapeutas, distônica do ego (contra seu sistema de valores). Crianças que ainda não internalizaram diretrizes maduras de comportamento respeitoso para com os outros, ou que não desenvolveram a capacidade de observar seus comportamentos para julgar o que está certo e o que está fora de linha, veem sua raiva como normal. Eles consideram suas explosões emocionais como “ego sintônico”, isto é, perfeitamente bem, justificando-os culpando a outra pessoa. Em outras palavras, "Eu só fiz isso porque você me criou".

Se você ou alguém que você conhece funciona mais como uma criança do que como um adulto, quais são suas opções?

É fácil amar crianças que agem como crianças. É mais difícil amar alguém que age como uma criança no corpo de um adulto. Mesmo assim, a maioria dos adultos infantis só age infantilmente quando se sente ameaçada. Portanto, se você ama alguém infantilizado, uma estratégia é se concentrar principalmente nos aspectos mais adultos e atraentes da pessoa. Se você é infantil, ame seus pontos fortes e mantenha o foco em crescer em suas áreas de hábitos menos maduras.

Outra estratégia é deixar de se surpreender quando os padrões infantis surgirem. Pensando: "Não acredito que ele/eu fiz isso!" significa que você ainda não aceitou a realidade dos comportamentos infantis. Aceitar que os comportamentos ocorrem é o primeiro e vital passo em direção à mudança.

Terceiro, se você é o “receptor” de comportamentos infantis, tome cuidado para não tentar mudar a outra pessoa. Em vez disso, descubra o que você pode fazer de forma diferente para que esses padrões não sejam mais problemáticos para você. Seu trabalho é continuar crescendo, não mudar os outros.

Por último, aprenda as habilidades do funcionamento adulto. Muito do que as "crianças" adultas fazem pode ser considerado um déficit de habilidades. Se você tende a ser infantil, aprender as habilidades dos adultos pode levá-lo à vila dos adultos.

E se você geralmente age como um adulto, quanto mais claro você for sobre o que constitui um comportamento adulto, mais você será capaz de permanecer um adulto, mesmo quando estiver interagindo com alguém que está agindo como uma criança.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

 

AMBIENTE PROFISSIONAL SEGURO PARA CRESCER: O PODER DA SEGURANÇA PSICOLÓGICA

Se você não consegue aguardar por um momento de descanso, não se sente motivado para ir ao trabalho, sonha com a possibilidade de perder o emprego ou teme que suas ideias ou contribuições sejam descartadas, isso pode ser mais do que apenas estresse laboral. O problema pode ser uma falta de segurança psicológica no seu local de trabalho.

A segurança psicológica tem se consolidado como um fator essencial para o desempenho das equipes e o bem-estar organizacional. Quando os colaboradores se sentem seguros para expressar ideias, admitir erros e compartilhar preocupações sem receio de retaliação, cria-se um ambiente que favorece a inovação, a produtividade e o engajamento. Em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico, investir na construção de uma cultura organizacional que prioriza a segurança psicológica é estratégico e imprescindível.

Parece um chavão corporativo! A segurança psicológica pode ser definida como a confiança que os indivíduos possuem para se expressar e agir sem medo de punição ou humilhação. É sobre criar trabalhar num ambiente onde a comunicação aberta prospera, o respeito é mútuo e a vulnerabilidade é bem-vinda favorecendo o incentivo à diversidade de pensamentos. Esse ingrediente permite que as pessoas assumam riscos, compartilhem ideias, façam perguntas e admitam erros sem serem vistas de lado ou caladas. Essa cultura impulsiona o crescimento individual e profissional e fortalece a dinâmica e os resultados da equipe. Refiro-me a uma segurança psicológica. O impacto da segurança psicológica no local de trabalho é poderoso e transformador, até mesmo mágico!

Em contrapartida, locais de trabalho que negligenciam a segurança psicológica podem sofrer com altos índices de turnover, baixo comprometimento dos colaboradores e uma cultura de medo que prejudica o desempenho da equipe. Muitos trabalhadores que estiveram fazendo psicoterapia comigo se queixaram que a saúde mental afetou seus desempenhos no trabalho e que os principais fatores foram se sentirem desvalorizados e preocupações com justiça.

A pandemia deixou uma coisa muito clara: a saúde mental não pode mais ser ignorada no local de trabalho. Ela afeta o desempenho no trabalho, a frequência, a coesão da equipe e os resultados financeiros. As empresas devem levar a sério a saúde mental e promover uma cultura em que os funcionários se sintam valorizados.

Dentre os benefícios dos impactos positivos da segurança psicológica, destacam-se:

  1. Maior Inovação e Criatividade: Quando os colaboradores não têm medo de errar, sentem-se encorajados a propor novas ideias e soluções inovadoras.
  2. Melhoria no Desempenho: Equipes que se sentem seguras têm maior engajamento, o que se reflete em melhores resultados e maior eficiência nas tarefas.
  3. Ambiente de Trabalho Saudável: A redução do estresse e da ansiedade contribui para a saúde mental dos funcionários, aumentando a satisfação no trabalho.
  4. Redução do Turnover: Quando os profissionais se sentem valorizados e ouvidos, são menos propensos a procurar outras oportunidades.
  5. Tomada de Decisões Mais Acertadas: A troca de feedbacks e a comunicação assertiva permitem que as decisões sejam tomadas com base em um panorama mais amplo e preciso.

De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 89% dos funcionários acreditam que a segurança psicológica é essencial no local de trabalho. Uma pesquisa da Pricewaterhouse Cooperes mostrou uma média de 230% de retorno sobre cada dólar investido na criação de um local de trabalho mentalmente saudável.

 Veja o que as organizações ganham sendo um ambiente de segurança psicológica:

 Equipes mais fortes: colaboração e confiança levam a equipes coesas e eficazes.

  • Funcionários mais felizes: um ambiente de apoio aumenta o bem-estar e a confiança .
  • Menor rotatividade: as pessoas querem permanecer onde se sentem valorizadas.
  • Melhor desempenho: espaços seguros geram ideias ousadas e tomadas de decisões mais inteligentes .
  • Diversidade e inclusão: quando todos se sentem ouvidos, os locais de trabalho se tornam mais inclusivos.

Para criar uma cultura organizacional baseada na segurança psicológica, é necessário adotar estratégias eficazes. Algumas das principais abordagens incluem:

  1. Fomentar a Comunicação Aberta: Criar espaços para que os colaboradores possam expressar opiniões, ideias e críticas sem receio de retaliação.
  2. Incentivar a Humildade e a Empatia na Liderança: Líderes que demonstram vulnerabilidade e escutam ativamente seus times fortalecem a confiança e o senso de pertencimento.
  3. Valorizar o Aprendizado Contínuo: Tratar os erros como oportunidades de crescimento ao invés de motivos para punição.
  4. Reconhecer e Valorizar as Contribuições: Reforçar comportamentos positivos e incentivar a participação ativa de todos.
  5. Criar um Ambiente de Inclusão: Garantir que todos tenham voz e que a diversidade de ideias e perspectivas seja respeitada e considerada.

A segurança psicológica no ambiente de trabalho é um fator determinante para o sucesso das organizações e para o bem-estar dos colaboradores, além de fazer com que as equipes sejam mais produtivas, criativas e engajadas. Diante disso, cabe às lideranças promoverem uma cultura organizacional que valorize a segurança psicológica, pois, mais do que um diferencial competitivo, ela se tornou uma necessidade para as empresas que desejam prosperar em um mundo corporativo cada vez mais exigente e desafiador.

Criar um local de trabalho psicologicamente seguro não é apenas algo bom de se ter; é algo essencial para o bem-estar do seu pessoal e o sucesso da sua organização. Ao promover a comunicação aberta, o respeito mútuo, a humildade e a disposição para correr riscos, você não está apenas construindo equipes melhores — você está transformando toda a sua organização. Agora, vá em frente e seja o líder que sua equipe merece!

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

O IMPACTO DAS EMOÇÕES NO DIABETES TIPO 2

A relação entre a saúde mental e a física é cada vez mais evidente, incluindo o diabetes tipo 2. A psicoterapia tem se mostrado um aliado fundamental no tratamento dessa doença crônica, auxiliando os pacientes a lidar com as diversas emoções e desafios que a acompanham.

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica que impacta o uso de glicose pelo corpo. Essa condição ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina, que regula o açúcar no sangue, ou quando o pâncreas produz insulina insuficiente.

Emoções positivas e negativas influenciam a regulação da glicemia, sendo que as negativas afetam o controle da doença de forma prejudicial. Emoções negativas causam desconforto e afetam o bem-estar emocional, como tristeza, medo, raiva e ansiedade, e podem surgir como consequência de uma série de fatores, que incluem estresse crônico, traumas vividos em momentos difíceis ou a partir de outros diversos fatores que podem ser tanto internos quanto externos.

Essas emoções ruins podem afetar desde a função imunológica até a regulação hormonal de maneira significativa. O estresse crônico, por exemplo, pode levar a alterações na glicemia, resistência à insulina e inflamação, fatores que podem contribuir para complicações severas em pacientes que sofrem de diabetes tipo 2. Além disso, sentimentos de desamparo, angústia e desesperança que frequentemente se associam a essas emoções negativas podem prejudicar a adesão ao tratamento e, consequentemente, o autocuidado. Esses sentimentos podem gerar um ciclo vicioso que deteriora a saúde, provocando mais emoções negativas e agravando ainda mais a condição da pessoa.

A prevalência de distúrbios psicológicos em pacientes que apresentam M2 é alta e preocupante. Estudos apontam taxas de depressão que são de duas a três vezes maiores do que as observadas na população em geral. Além dos episódios de depressão, os quadros de ansiedade e estresse também são bastante frequentes nesse grupo de pacientes, o que pode repercutir negativamente tanto a adesão ao tratamento quanto o controle glicêmico desejado.

Como as emoções negativas que afetam a glicose sanguínea?

O estresse provoca a liberação de cortisol, aumentando a glicose no sangue para dar energia dificultando, em diabéticos, o controle da doença pois aumenta a resistência à insulina. A ansiedade e depressão mudam hábitos, levando a alimentação irregular, menos exercícios e dificuldades no tratamento. As mudanças no sono, como insônia, afetam os níveis de cortisol e glicemia. A depressão pode gerar desinteresse em atividades agradáveis, como exercícios, e dificultar o seguimento de uma dieta. A raiva pode aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca, afetando a glicemia. Nesse ponto, deve ser destacado que a hipoglicemia e a hiperglicemia podem levar ao coma e à morte e que o descontrole da glicose pode agravar doenças cardíacas, neuropatia, retinopatia e complicações renais.

Como lidar com as emoções negativas e controlar a glicemia?

Aponto alguns recursos que podem ajudar os pacientes a controlar a glicemia, além dos fatores nutricionais. A psicoterapia auxilia na identificação e mudança de pensamentos e comportamentos que geram estresse e ansiedade.  Por sua vez, técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e respiração profunda, ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. Uma rede de apoio, como familiares e amigos, ajuda a lidar com emoções negativas e a motivar o tratamento. Respeitar as orientações médicas, tomar os remédios corretamente e acompanhar a glicemia são essenciais para controlar a doença. Por fim, conhecer a doença e compreender que seu controle reduz a ansiedade e aumenta a confiança.

A intervenção psicológica fundamental no tratamento do DM2, pois é um fator essencial para o bem-estar geral e a qualidade de vida dos pacientes que convivem com essa condição. psicoterapia ajuda pacientes a gerenciar emoções negativas e estressantes, reduzindo significativamente a ansiedade e a depressão que muitos enfrentam diariamente. Ademais, a psicoterapia revela-se importante para pacientes com diabetes tipo 2 por motivos como:

 Gestão do estresse: O diabetes pode ser uma fonte de grande estresse e ansiedade. A psicoterapia oferece ferramentas para lidar com essas emoções de forma mais saudável, reduzindo o impacto negativo na glicemia.

Melhora da adesão ao tratamento: Muitas vezes, a falta de adesão ao tratamento se deve a fatores emocionais, como depressão, ansiedade ou negação da doença. A psicoterapia pode ajudar a mudar esses padrões comportamentais e aumentar a adesão ao tratamento.

Aumento da qualidade de vida: Ao lidar com as questões emocionais relacionadas ao diabetes, os pacientes podem experimentar uma melhora significativa na qualidade de vida, sentindo-se mais motivados e capazes de lidar com os desafios da doença.

Fortalecimento da autoestima: O diabetes pode afetar a autoestima e a autoimagem. A psicoterapia pode ajudar os pacientes a desenvolver uma visão mais positiva de si mesmos e a lidar com as mudanças em seus estilos de vida.

Melhora das relações interpessoais: O diabetes pode afetar as relações com familiares e amigos. A psicoterapia pode ajudar os pacientes a desenvolver habilidades de comunicação e a fortalecer seus relacionamentos.

Melhora da adesão ao tratamento: A psicoterapia pode ajudar os pacientes a entender a importância do tratamento e a desenvolver estratégias para superar os obstáculos.

Aumento da motivação: A terapia pode ajudar os pacientes a encontrar significado e propósito em suas vidas, aumentando a motivação para cuidar de sua saúde.

Visto isso, a psicoterapia é um complemento importante para o tratamento do DM2. A psicoterapia é crucial no tratamento do diabetes tipo 2. As emoções negativas exercem um papel significativo no controle da glicemia em pessoas com diabetes tipo 2, assim, assim, a psicoterapia pode ajudar a melhorar o controle glicêmico, a qualidade de vida e a expectativa de vida dos pacientes. O reconhecimento e o manejo adequado desses distúrbios psicológicos são, portanto, essenciais e fundamentais para garantir melhores desfechos clínicos e resultados a longo prazo.

É importante ressaltar que a psicoterapia não substitui o tratamento médico tradicional, mas sim o complementa.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

MATERNIDADE EM FOCO: A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL NA GESTAÇÃO

A gestação, um período de intensas transformações físicas, emocionais e psicológicas, merece ser vivenciada com todo o cuidado e atenção. Além das mudanças hormonais e corporais e da euforia pela chegada do bebê, a mulher grávida pode experimentar, em razão das expectativas quanto ao futuro, uma gama de emoções complexas, como alegria, ansiedade, medo e insegurança. É nesse contexto que a psicoterapia surge como uma ferramenta valiosa para oferecer suporte emocional, autoconhecimento, bem-estar e compreender suas dúvidas, favorecendo tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do bebê, ou seja, um espaço seguro para a futura mãe se preparar para os desafios da maternidade.

A gravidez pode despertar sentimentos contraditórios, como felicidade e medo, empolgação e insegurança. Muitas gestantes lidam com ansiedade, tristeza e preocupações sobre sua capacidade de cuidar do bebê, mudanças na dinâmica familiar e adaptações no relacionamento conjugal. Assim sendo, a mulher encontra no tratamento psicológico, um recurso que a ajuda a confiar, expressar e elaborar esses sentimentos, proporcionando maior equilíbrio emocional.

Em resumo, a psicoterapia durante a gravidez permite que a mulher explore as diversas questões que surgem nesse período. Ao compartilhar seus sentimentos e medos com um profissional qualificado, a gestante se sente mais acolhida e compreendida, o que contribui para a estabilidade psicoemocional.

Infelizmente a gravidez também pode agravar quadros de ansiedade e depressão, ou mesmo desencadear transtornos emocionais que nunca foram experimentados. A depressão pré-natal, por exemplo, pode levar a complicações durante a gestação e aumentar o risco de depressão pós-parto. A psicoterapia irá auxiliá-la na identificação precoce desses sintomas, possibilitando orientações corretas para evitar efeitos negativos na saúde da gestante e de e de seu neném.

Ademais, a maternidade representa uma mudança significativa na identidade da mulher, exigindo uma adaptação psicológica para assumir o papel de mãe. Algumas mulheres vivenciam conflitos internos sobre suas novas responsabilidades e temem perder sua individualidade. Isso costuma ser resolvido com a assistência psicológica para integrar essa nova identidade de maneira saudável, permitindo que a grávida encontre um equilíbrio entre a maternidade e sua vida pessoal.

O processo psicoterapêutico permite ressignificar experiências ruins, contribuindo na construção de uma maternidade mais consciente e afetuosa. Isso acontece, pois a forma como uma mulher vivenciou sua infância e sua relação com a própria mãe influencia diretamente a maneira como ela percebe a maternidade. Traumas infantis, rejeições ou

relações conflituosas podem gerar insegurança e medo de repetir padrões negativos na criação do bebê.

O medo do parto é uma preocupação comum entre as gestantes, especialmente para aquelas que passaram por experiências traumáticas anteriores ou receberam informações negativas sobre o processo. O psicólogo ajuda a mulher a desenvolver estratégias para lidar com esse medo, promovendo uma visão mais positiva e tranquila do parto. Além disso, o período pós-parto também é desafiador, com mudanças hormonais, privação de sono e adaptação ao novo papel. A psicoterapia auxilia na construção de expectativas realistas e no fortalecimento emocional para enfrentar essa fase.

A psicoterapia incentiva práticas que favorecem essa conexão com o bebê, como a comunicação com ele, visualizações positivas e técnicas de relaxamento. A relação entre mãe e bebê começa a ser estabelecida ainda na gestação. Isso é muito importante pois a conexão emocional da gestante com o(a) futuro(a) filho(a) influencia no desenvolvimento neurológico da criança e no vínculo afetivo após o nascimento.

A chegada de um filho transforma a dinâmica do casal e das relações familiares. Algumas mulheres enfrentam conflitos conjugais, seja por divergências sobre a criação do bebê ou por dificuldades na comunicação. Além disso, o papel do pai na gestação pode ser motivo de tensão, especialmente se houver falta de apoio ou envolvimento. A psicoterapia oferece um espaço para dialogar sobre essas questões, fortalecendo os vínculos afetivos e promovendo uma adaptação mais harmoniosa.

É necessário que o psicólogo trabalhe a autoaceitação e o autoconhecimento, ajudando a
mulher a considerar seu valor e desenvolver uma atitude mais positiva em relação a si mesma. Essa abordagem se deve às mudanças corporais durante a gravidez, as quais podem afetar a autoestima da mulher. Muitas gestantes se sentem desconfortáveis ​​com o ganho de peso, alterações na pele e outras transformações físicas. Além disso, podem ter algumas dúvidas sobre sua capacidade de serem boas mães.

O estresse excessivo durante a gestação pode impactar os níveis de desenvolvimento do bebê, aumentando o risco de parto prematuro e outras complicações. Técnicas terapêuticas como mindfulness, relaxamento e respiração guiada ajudam a gestante a lidar melhor com esses fatores, promovendo um estado de conforto geral.

A chegada de um filho exige diversas decisões, como o tipo de parto, a amamentação e a organização da nova rotina. Algumas mulheres se sentem pressionadas por expectativas externas e podem ter dificuldades em tomar decisões homologadas com seus próprios valores. A psicoterapia auxilia no desenvolvimento de uma postura mais segura e consciente, permitindo que a gestante faça escolhas de forma mais tranquila e assertiva.

Visto isso, podemos afirmar que a psicoterapia para gestantes é um recurso fundamental para promover saúde mental, autoconfiança e bem-estar durante a gravidez. Ao oferecer suporte para as emoções, estratégias para lidar com desafios e um espaço seguro para a expressão de sentimentos, a terapia contribui para uma gestação mais equilibrada e uma maternidade mais consciente. O cuidado psicológico durante esse período não beneficia apenas a mulher, mas também impacta positivamente o bebê e toda a família, criando um ambiente mais saudável e acolhedor para a chegada da nova vida. Não é luxo, mas sim um investimento na saúde mental da mulher e no equilíbrio de toda a família. Ao buscar acompanhamento psicológico, a gestante proporcionará a si mesma e ao seu bebê um presente inestimável: a oportunidade de vivenciar a maternidade de forma mais plena e feliz.

É importante ressaltar que a psicoterapia durante a gravidez não é indicada apenas para casos de sofrimento psicológico pré-existente. Muitas mulheres saudáveis e bem ajustadas buscam a psicoterapia para garantir que esse seja um período a ser vivido com serenidade e confiança.

Por fim, a psicoterapia na gestação é um investimento no presente e no futuro. Ao cuidar de sua saúde mental, a mulher grávida assegura um ambiente mais tranquilo e seguro para o desenvolvimento do seu bebê.


Se você está grávida e sente que precisa de apoio emocional, não hesite em procurar um psicólogo.


 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.