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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

CONSTRUINDO UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL

Demorei um pouco para publicar um novo artigo pois estava, com muito zelo, preparando esse que hoje estou divulgando. Vamos falar de relacionamentos amorosos, um assunto para você que está querendo manter um novo relacionamento romântico bem positivo ou consertar o que não está bom. Esse artigo pretende dar subsídios que possam ajudar os membros de um casal a se sentirem amados e mutuamente conectados.

Está mais do que comprovado que os relacionamentos românticos vivem seus momentos bons e ruins. Todos passam por “altos e baixos” e relacionar-se exige trabalho, comprometimento e vontade para haver uma boa adaptação com o parceiro de vida. Seja um novo relacionamento ou um casal formado há anos, há etapas que, cumpridas, tornam as chances para a construção de um relacionamento saudável bastante elevadas. Mesmo que você tenha vivido muitos relacionamentos fracassados ou tenha lutado para reacender o fogo do romance no idílio atual, sempre é possível encontrar maneiras de se manter conectados, encontrar satisfação e desfrutar de uma felicidade duradoura.

Cada relacionamento é único, sendo que as pessoas se unem por muitos motivos diferentes. Parte do que define uma saudável convivência é compartilhar um objetivo comum – o que você deseja que o relacionamento seja e para onde deseja ir? Bem, isso só é possível saber através de uma conversa profunda e honesta com seu “tesouro afetivo”. Todavia, existem algumas características que a maioria das relações sadias possuem e conhecer esses princípios básicos pode, de fato, ajudar a manter um relacionamento com significado, gratificação e bem emocionante, quaisquer que sejam os objetivos pelos quais o casal busca alcançar ou os desafios que estão enfrentando juntos.

Certamente você mantém uma conexão emocional significativa com seu parceiro e cada parte do casal faz o outro se sentir amado e emocionalmente realizado. Observe que há uma diferença entre “ser amado” e “se sentir amado”. Quando alguém se sente amado, também se sente aceito e valorizado pelo seu companheiro, como se alguém realmente o entendesse. Alguns envolvimentos ficam presos à coexistência pacífica, porém sem que os parceiros efetivamente se relacionem com intensidade emocional. Quer dizer, embora a união possa parecer estável, a falta de envolvimento contínuo e conexão emocional estão servindo apenas para aumentar a distância entre essas pessoas.

Outro aspecto de uma relação é não ter medo de haver um respeitoso desacordo. Alguns casais conversam baixinho, enquanto outros levantam a voz e discordam veementemente. Penso, sobre isso, que a chave para uma boa interação é não ter medo dos conflitos. Os amantes precisam se sentir seguros para expressarem o que incomoda sem medo de retaliação, além de serem capazes de resolver conflitos sem humilhação, degradação ou insistência em estarem certos.

Reflita, igualmente, sobre os relacionamentos e interesses externos. Apesar das alegações da ficção romântica ou filmes, ninguém pode atender a todas as suas necessidades. Na verdade, esperar demais de seu parceiro pode colocar uma pressão doentia num relacionamento. Para estimular e enriquecer o relacionamento romântico, é importante manter a própria identidade fora do relacionamento, preservar as conexões com familiares e amigos e manter os hobbies e interesses.

Você se comunica aberta e honestamente com seu cônjuge, seu namorado ou “ficante”? Uma boa comunicação é fundamental para qualquer relacionamento! Esclarecendo, quando ambos sabem o que desejam do relacionamento e se sentem à vontade para expressar suas necessidades, medos e desejos, há um aumento da confiança e fortalecimento do vínculo no casal. Claro que estar apaixonado contribui bastante, mas, ainda assim, vamos refletir sobre “apaixonar-se versus permanecer apaixonado”. Para a maioria das pessoas, apaixonar-se geralmente parece simplesmente acontecer, sendo que permanecer apaixonado – ou preservar aquela experiência de “apaixonar-se” – requer comprometimento e trabalho. Considerando as recompensas, vale a pena o esforço nesse sentido; um relacionamento romântico saudável e seguro serve como uma fonte contínua de apoio e felicidade em sua vida - nos bons e nos maus momentos - fortalecendo todos os aspectos do seu bem-estar. Ao tomar medidas para preservar ou reacender a experiência de apaixonar-se, uma pessoa pode construir um relacionamento significativo que pode durar por toda a vida. Muitos casais se concentram em seu relacionamento apenas quando há problemas específicos e inevitáveis ​​a serem superados. Depois que os problemas são resolvidos, eles geralmente voltam a atenção para suas carreiras, filhos ou outros interesses. No entanto, os relacionamentos românticos exigem atenção e comprometimento contínuos para que o amor floresça. Enquanto a saúde de um relacionamento romântico for importante para você, isso exigirá sua atenção e esforço. E identificar e corrigir um pequeno problema muitas vezes pode ajudar a evitar que ele se transforme num problema muito maior no futuro.

Espero que esse “preâmbulo” sirva para motivar o leitor a considerar as sugestões que seguem. Tenho certeza que elas podem ajudar a preservar a experiência do “apaixonar” e manter o atual relacionamento romântico continuadamente saudável!

1 - Passe um tempo “de boa qualidade” frente a frente: A paixão se instala ao olharmos e ouvirmos um ao outro. Se você continuar a olhar e ouvir com a mesma atenção, conseguirá sustentar a experiência de se apaixonar a longo prazo. Provavelmente você tem boas lembranças de quando estava namorando seu ente querido: tudo parecia novo e empolgante e, presumivelmente, ficou horas conversando ou inventando coisas novas e empolgantes para experimentar. No entanto, com o passar do tempo, as demandas do trabalho, família, outras obrigações e a necessidade que todos contamos de ter um tempo para nós mesmos podem tornar mais difícil encontrar as oportunidades para o casal ficar junto. Muitos descobrem que o contato face-face dos primeiros dias de namoro é gradualmente substituído por textos apressados, mensagens instantâneas e e-mails. Mesmo sendo a comunicação digital algo ótimo para muitos propósitos, ela não afeta positivamente o cérebro e o sistema nervoso tal como a comunicação face-a-face. Enviar um texto ou uma mensagem de voz para o seu parceiro dizendo “eu te amo” é ótimo, mas se você raramente olhar para ele ou tiver tempo para sentar-se com seu amado, ele poderá pensar que você não o entende ou não o aprecia – assim, vão ficando mais distanciados ou desconectados como casal! As pistas emocionais que os dois precisam para se sentirem amados só podem ser transmitidas pessoalmente, então não importa o quão ocupada a vida fique, é importante e imprescindível arranjar tempo para ficarem juntos. Isto posto, comprometa-se a passar algum tempo de qualidade juntos frequentemente; não importa o quão ocupado estejam, reservem alguns minutos todos os dias (deixando de lado os dispositivos eletrônicos, parando de pensar em outras coisas) e verdadeiramente se concentrem e se conectem entre si; encontrem algo que vocês gostem de fazer juntos, seja um hobby compartilhado, uma aula de dança, uma caminhada diária ou uma xícara de café ou chá em algum momento do dia; tente algo novo juntos visto que fazer isso pode ser uma maneira divertida de se conectar e manter as coisas bem interessantes. Acredite que isso pode ser tão simples quanto experimentar um novo restaurante ou fazer uma viagem de um dia a um lugar onde você nunca esteve antes. Praticamente estou me referindo a concentrar-se em se divertir juntos; os casais costumam ser mais divertidos e brincalhões nos estágios iniciais de um relacionamento, apesar disso, essa atitude lúdica, às vezes, é esquecida principalmente quando os desafios da vida começam a atrapalhar ou velhos ressentimentos principiam um certo acúmulo. Manter o senso de humor pode realmente ajudá-lo a superar os momentos difíceis, reduzir o estresse e resolver os problemas com mais facilidade. Pense em maneiras lúdicas de surpreender seu parceiro como trazer flores para casa ou reservar inesperadamente uma mesa no restaurante favorito. Brincar com animais de estimação ou crianças pequenas também pode ajudá-lo a se reconectar com seu lado brincalhão. Poucos tem consciência de que uma das maneiras mais poderosas de se manter próximo e conectado é focar em algo que ambos valorizam fora do relacionamento diário: o voluntariado para uma causa, projeto ou trabalho comunitário que tenha significado para vocês dois pode manter um relacionamento novo e interessante. Trata-se de algo que pode expô-los a novas pessoas e ideias, oferecer a chance de enfrentar novos desafios juntos e indicar novas maneiras de interagir um com o outro. Sobre isso, creio que além de ajudar a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão, fazer coisas para beneficiar os outros proporciona um imenso prazer. Os seres humanos são compassivos e “programados” para ajudar os outros. Quanto mais você ajudar, mais feliz se sentirá — como indivíduos e como casal.

2 - Mantenha-se conectado por meio de uma boa comunicação: Isso é parte fundamental de uma história amorosa positiva. Quando você experimenta uma conexão emocional com essa qualidade com seu parceiro, você se sente seguro e feliz. Quando as pessoas param de se comunicar bem, deixam de se relacionar bem, e momentos de mudança ou estresse podem realmente trazer à tona a desconexão. Pode parecer simplista, mas uma pessoa enquanto estiver se comunicando, geralmente poderá resolver quaisquer problemas que enfrentar. Diga ao seu parceiro o que você precisa - não o faça adivinhar - mesmo que nem sempre seja fácil falar sobre o que lhe faz falta. Por um lado, muitos não gastam tempo suficiente pensando sobre o que é verdadeiramente importante para numa união. E mesmo que saiba o que precisa, falar sobre isso pode fazer você se sentir vulnerável, constrangido ou até envergonhado. Mas olhe para isso do ponto de vista do seu parceiro: proporcionar conforto e compreensão a alguém que se ama é um prazer e não um fardo. Se vocês se conhecem há algum tempo, pode supor que seu parceiro tem uma boa ideia do que você está pensando e do que precisa. Mas, atenção - o seu parceiro não é um leitor de mentes! Mesmo que ele tenha alguma ideia, é muito mais saudável expressar suas necessidades diretamente para evitar qualquer confusão. Além do mais, as pessoas mudam e o que você precisava e queria há cinco anos, por exemplo, pode ser muito diferente agora. Então, em vez de deixar o ressentimento, mal-entendido ou raiva crescer quando seu parceiro erra seguidamente, adquira o hábito de dizer-lhe exatamente o que você necessita. Ademais, falando ainda sobre comunicação positiva, sempre é bom anotar as dicas não-verbais do seu companheiro - grande parte da nossa comunicação é transmitida pelo que não dizemos. Sinais não-verbais (que incluem contato visual, tom de voz, postura e gestos como inclinar-se para a frente, cruzar os braços ou tocar a mão de alguém) comunicam muito mais do que palavras. Quando você puder captar as dicas não-verbais ou a “linguagem corporal” de sua “cara metade”, poderá afirmar como ele realmente se sente e responder de acordo. Para que um relacionamento funcione bem, cada pessoa precisa entender suas próprias pistas não-verbais e as de seu parceiro. As respostas dele podem ser diferentes das suas; por exemplo, uma pessoa pode achar um abraço depois de um dia estressante um modo de comunicação amoroso - enquanto outra pode apenas querer dar um passeio juntos ou sentar-se e conversar. Também é importante certificar-se de que o que você diz corresponde à sua linguagem corporal. Se você disser "estou bem", mas cerrar os dentes e desviar o olhar, seu corpo estará sinalizando claramente que você pode estar tudo, menos "bem". Quando você sente sinais emocionais positivos de seu parceiro, você se sente amado e feliz; quando você envia sinais emocionais positivos, seu parceiro sente o mesmo. Quando você para de se interessar pelas suas próprias emoções ou pelas emoções do seu companheiro, estará prejudicando a conexão entre vocês e, ademais, sua capacidade de se comunicar será invalidada, em especial nos momentos estressantes. Para mais, creio que vale recomentar que seja, também, um bom ouvinte. Embora em nossa sociedade uma grande ênfase seja colocada na fala, se você aprender a ouvir de uma maneira que faça a outra pessoa se sentir valorizada e compreendida, poderá construir uma conexão mais profunda e forte. Há uma grande diferença entre ouvir dessa maneira e simplesmente ouvir. Quando você efetivamente ouvir — quando estiver envolvido com o que está sendo dito — será capaz de ouvir as entonações sutis na voz de seu parceiro que lhe diz como ele realmente está se sentindo e as emoções que está tentando comunicar. Ser um bom ouvinte não significa que tenha que concordar com tudo que seu parceiro diz ou mudar de ideia, entretanto, o ajudará a encontrar pontos de vista comuns que podem ajudar na resolução de conflitos. Falando em estresse, gerencie-o! Estando estressado ou emocionalmente sobrecarregado, é mais provável que você deduza equivocadamente o seu parceiro romântico ou que envie sinais não-verbais confusos ou desconcertantes ou caia em padrões de comportamento instintivos doentios. Quantas vezes você ficou estressado e perdeu o controle com seu ente querido e acabou dizendo (ou fazendo) algo de que se arrependeu mais tarde? Se você aprender a controlar rapidamente o estresse e retornar a um estado calmo, não apenas evitará tais arrependimentos, mas também ajudará a evitar conflitos e mal-entendidos - e até mesmo ajudará a acalmar seu parceiro quando os ânimos aumentarem.

3 - Mantenha ativa a intimidade física: O toque é uma parte fundamental da existência humana. Vários estudos mostram a importância do contato regular e afetuoso para o desenvolvimento do cérebro e felicidade de um casal. O contato afetuoso aumenta os níveis de oxitocina no corpo, um hormônio que influencia o vínculo e o apego, se bem que embora o sexo seja frequentemente a pedra angular de um relacionamento bem engajado, não deve ser o único método de intimidade física. O toque frequente e afetuoso — dar as mãos, abraçar, beijar — é igualmente importante. Claro, é importante ser sensível ao que seu parceiro gosta pois toques indesejados ou aberturas inadequadas podem deixar a outra pessoa tensa e recuar, exatamente o que não se deseja. Tal como acontece com tantos outros aspectos de um vínculo saudável, isso pode se resumir a quão bem você comunica suas necessidades e intenções ao seu parceiro. Mesmo se você tiver cargas de trabalho urgentes ou filhos pequenos com que se preocupar, ainda assim poderá manter viva a intimidade física reservando algum tempo regular para o casal, seja na forma de um encontro noturno ou simplesmente num momento ao final do dia, quando vocês puderem se sentar e conversar ou, simplesmente, dar as mãos.

4 - Aprenda a dar e a receber em seu relacionamento: Se você espera conseguir 100% do que deseja em seu relacionamento, prepare-se para uma decepção. Relações saudáveis ​​são construídas com base em compromissos, no entanto, é preciso trabalho por parte de cada um para garantir que haja uma troca razoável. Reconheça o que é importante para o seu parceiro pois saber o que é importante para ele ajuda muito a edificar boa vontade e uma atmosfera de compromisso. Por outro lado, também é importante que seu parceiro reconheça seus desejos e que você se manifeste claramente. Apenas dar / ceder continuamente aos outros às custas de suas próprias necessidades só aumentará o ressentimento e a raiva. Mas não queira “vencer” todo o tempo! Se você abordar seu parceiro com a atitude de que as coisas devem ser do seu jeito, então será difícil chegar a um acordo. Às vezes, essas atitudes surgem porque suas necessidades não foram atendidas quando mais jovem ou por conta de anos de ressentimento acumulado, o que deixa a relação em ponto de ebulição. Tudo bem ter fortes convicções sobre algo, mas seu parceiro também merece ser ouvido, logo seja respeitoso com a outra pessoa e seu ponto de vista. Aprenda a resolver conflitos respeitosamente e considere que o conflito é inevitável em qualquer relacionamento; para manter um relacionamento forte, ambas as pessoas precisam sentir que foram ouvidas. O objetivo não é ganhar, e sim manter e fortalecer o relacionamento. Certifique-se de estar lutando de forma justa mantendo o foco no problema em questão e respeitando o outro nem inicie discussões sobre coisas que não podem ser mudadas. Com esse mesmo espírito, evite atacar alguém diretamente – ao invés disso, use o pronome “eu” para comunicar como você se sente. Por exemplo, em vez de dizer: “Você me faz sentir mal”, tente falar: “Eu me sinto mal quando você faz isso”. Além disso, não utilize argumentos antigos para o assunto atual; em vez de olhar para conflitos ou ressentimentos do passado e atribuir culpas, concentre-se no que é possível ser feito aqui e agora para resolver o problema. Com certeza, esteja disposto a perdoar. Você sabia que é impossível resolver conflitos se você não quiser ou não conseguir perdoar os outros? E, se os ânimos esquentarem, faça uma pausa e reserve alguns minutos para aliviar o estresse e se acalmar antes de dizer ou fazer algo do qual se arrependerá. Lembre-se sempre que você está discutindo com a pessoa que ama, logo, saiba quando deixar silenciar e não dar importância a algum tema.  Se você não pode chegar a um acordo, concorde com a discordância do seu parceiro. São necessárias duas pessoas para manter uma discussão e, caso o conflito não os leve a lugar nenhum, vocês podem optar por se desvencilharem e seguir em frente.

5 - Esteja preparado para os “altos e baixos”: É importante reconhecer que há “altos e baixos” em todos os relacionamentos. Você não estará sempre na mesma página - às vezes, um parceiro pode estar lutando com um problema que o estressa, como a morte de um familiar próximo. Outros eventos, como a perda de emprego ou problemas graves de saúde, podem afetar a ambos e dificultar o entrosamento entre os dois. Você pode ter uma ideia sobre como administrar as finanças ou criar os filhos e seu parceiro pensar de modo bem diferente, e pessoas diferentes lidam com o estresse de modo oposto, e, assim, mal-entendidos rapidamente se transformam em frustração e raiva. Não desconte seus problemas no seu parceiro – antes disso, lembre-se que o estresse pode nos deixar de temperamento curto. Se você está lidando com muitas tensões, pode ser mais fácil desabafar com seu parceiro. Brigar deve parecer ser, inicialmente, uma libertação, mas lentamente envenena sua afinidade com o outro. Encontre outras maneiras saudáveis ​​de gerenciar seu estresse, raiva e frustração visto que forçar uma solução pode causar ainda mais problemas. Cada pessoa lida com problemas e questões à sua maneira. Lembre-se de que vocês são uma equipe, portanto, avançar juntos pode ajudá-los a superar os pontos difíceis. Olhe para trás, para os estágios iniciais de seu relacionamento. Compartilhe os momentos que serviram para unir vocês, examine o ponto em que começaram a se separar e resolvam como devem trabalhar juntos para reacender a experiência de se apaixonar. Esteja aberto a mudanças – ela é inevitável e acontecerá, quer você aceite ou lute contra ela. Considere obviamente que a flexibilidade é essencial para se adaptar às mudanças que sempre ocorrem em qualquer relacionamento e permite que vocês cresçam juntos nos bons e nos maus momentos.

Se você precisar de ajuda profissional para si mesmo ou para o casal, entre em contato! Às vezes, os problemas num relacionamento podem parecer muito complexos ou opressores para que sejam resolvidos exclusivamente pelo casal. A psicoterapia individual, por sua vez, pode dar o suporte necessário para a pessoa entender os conflitos, resolvê-los e prestar orientações no ambiente familiar.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

NÃO CONSIGO INICIAR OU MANTER UM RELACIONAMENTO AMOROSO

Muitas pessoas recorrem à ajuda psicológica por estarem frustradas com seus relacionamentos ou porque tiveram vários e sucessivos relacionamentos ruins ou simplesmente porque tem dificuldades para encontrar alguém! Se você está se perguntando por que não consegue encontrar a sua alma gêmea, você não está sozinho. Realmente muitos são aqueles que almejam encontrar o amor de suas vidas, a pessoa que preencherá o coração e que, no entanto, estão desapontados e deprimidos pois não conseguem construir um relacionamento estável sem saber como isso ocorre nem o porquê!

Por certo, recorrer a um psicólogo pode contribuir para reverter essa situação posto que as circunstâncias de cada pessoa são únicas e qualquer coisa (desde traumas de infância não resolvidos até a maneira como ocupa o seu dia-a-dia) pode estar prejudicando alcançar esse objetivo. Pode ter experimentado aplicativos de namoro, conhecer pessoas à moda antiga ou até mesmo ser apresentado a outros a partir de situações preparadas pelos amigos e familiares mas, ainda assim e apesar de todos os seus esforços, a pergunta persiste: “Por que estou solteiro? Como isso é possível?” Como psicoterapeuta, vi isso várias vezes e sei que há certas atitudes e comportamentos muito comuns que as pessoas fazem e que as impedem de encontrar e manter conexões reais e duradouras. A pessoa não percebe o que está sabotando sua vida amorosa, mas o primeiro passo para uma mudança positiva é reconhecer o que está fazendo de inapropriado, assumir a responsabilidade e mudar seus hábitos.

Infelizmente, não existe uma fórmula mágica para encontrar a “cara-metade” nem um  artigo vai resolver todos esses problemas, pois é preciso que se faça as mudanças necessárias continuamente, além de repensar a concepção do que seja um “date”, isto é, um encontro com alguém. Isso é alcançado através da psicoterapia, um processo que leva ao encontro consigo mesmo, com o seu ser profundo. A terapia responde a uma busca pelo Eu, por significado e consciência, o que ajuda a pessoa a conhecer-se melhor, reencontrar-se, libertar-se, amar-se melhor e realizar todas as potencialidades do seu ser. A psicoterapia visa tratar o mal-estar que todo mundo pode sofrer em algum dia na vida e que, dependendo da pessoa e das circunstâncias, pode se manifestar no domínio psicológico, existencial, afetivo, sexual, relacional ou social.

Aos que treinam para melhorar a aparência física para impressionar e atrair os outros, devo dizer que é preciso mais do que um corpo, um carro bacana ou um bom saldo bancário para conseguir despertar o interesse de outra pessoa e ter, com ela, um envolvimento duradouro. As mulheres e os homens contemporâneos querem relacionamentos genuínos, com quem possam compartilhar os fardos e as alegrias da vida - uma verdadeira alma gêmea. Embora abdominais e condição financeira sejam bons, o fato é que os interesses de vida, princípios e valores pessoais importam muito. É por conta disso que as conexões ocorrem e se tornam fortes e duradouras. A sensibilidade, inteligência, sagacidade e bondade são pontos que agradam imensamente a homens e mulheres quando a meta é conquistar o outro.

Um dos pontos bons da psicoterapia é a recuperação ou desenvolvimento da autoconfiança e da autoestima, importantes por desempenharem um papel vital quando se trata de amor. Infelizmente há pessoas que não conseguem encontrar o amor porque não acreditam que são dignas de tê-lo. Esses tipos de crenças geralmente têm raízes que remontam à infância e podem ter um grande impacto em nossas vidas e são resolvidas com o processo psicoterápico.

Há os que recorrem a livros de autoajuda, os quais são úteis em certos casos, mas que, em sua maioria, sugerem soluções sem o devido conhecimento da personalidade do leitor. É comum que os autores de livros de autoajuda sugiram truques para os relacionamentos, contudo, esses truques podem ser um problema se a intenção for a de manter relacionamentos ao longo do tempo. Também parece importante ressaltar que, muitas vezes, o leitor tende a ficar muito ansioso com a aplicação destes recursos. 

O comentário que costumo fazer para os clientes com dificuldade para encontrar a “alma gêmea” é que conhecer alguém não deve ser a prioridade: eles devem concentrar-se em si mesmos antes de tudo - isso os ajudará a recuperar a serenidade e a se sentirem melhores. Conhecer alguém não sendo mais a prioridade, faz com que o indivíduo fique menos estressado e isso ajudará a desbloquear a situação.

Mas, afinal, o que fazer para conhecer alguém?

Bem, em primeiro lugar, deve parar de procurar desesperadamente. A coisa mais importante para conhecer alguém é não “forçar as coisas” tentando encontrar namorados em cada esquina. Muita gente comete o erro de encontrar-se com pessoas sem usar qualquer filtro. Se o desejo de encontrar alguém for muito intenso, pode haver uma tendência a se envolver em trocas com o primeiro a chegar, correndo o risco de mais um fracasso.

O indivíduo deve concentrar-se nos critérios fundamentais para ele, sejam físicos, morais ou de personalidade; É bom ser equilibrado: nem muito seletivo nem muito negligente pois ter muitos critérios eliminará muitas pessoas. Por outro lado, poucos critérios levarão à decepção, já que todos temos pré-requisitos para construir um relacionamento saudável.

A autenticidade é fundamental, então, deve agir sem fingimentos, senso “você mesmo”. Todos querem causar uma boa impressão no primeiro encontro, e se esforçam para fazerem o melhor e não revelar os próprios defeitos. Isso é normal, mas muitos tendem a seguir em frente mascarados emocionalmente, projetando uma imagem que não é real, e sim um "eu ideal". Essas pessoas inclinam-se a adoçar os cenários, até mesmo a mentir, dizendo que gostam de coisas não sendo verdadeiras ou agindo de uma forma que lhes é estranha na realidade. Obviamente, isso é desnecessário. Quer dizer, o sujeito pode ter um primeiro encontro incrível, iniciar o relacionamento, mas chegará um momento em que não poderá mais esconder sua verdadeira personalidade. Por exemplo, não se pode fingir interesse pelo futebol a vida toda se não for um fã desse esporte, assim como não se pode fingir serenidade sendo, na verdade, muito ciumento. Nessas condições, o relacionamento é colocado em risco, com reais chances de machucar a si mesmo e à outra pessoa, além de desperdiçar o tempo de ambos.

A esta altura, você deve ter percebido e compreendido a importância de se trabalhar as próprias dificuldades. Sim, é possível trabalhar nossas falhas ou características que não gostamos por meio do desenvolvimento pessoal; você pode fazer isso sozinho ou com um psicólogo numa psicoterapia, o que é mais recomendado pelo fato de estar contando com o suporte de um especialista. Muitos tópicos são abordados na terapia para promover a melhoria pessoal, tais como, ciúme, baixa autoestima (para valorizar a si mesmo de forma honesta e sem autopunição), timidez (para melhorar as habilidades sociais desafiando a si mesmo), agressividade (para aprender a deixar a agressividade e parar de ficar na defensiva bem como ser mais receptivo aos outros), impulsividade (ao invés de dizer o que pensa sem filtro, aprender a controlar-se e a ser sincero sem cometer “sincericídio”), e muitos outros tópicos. Trabalhando suas fraquezas, não apenas você terá mais facilidade em conhecer alguém, como também se sentirá mais sintonizado consigo mesmo, livre de conflitos internos.

É uma espécie de autocrítica supervisionada, com a detecção dos erros que você costuma cometer quando está num relacionamento, ou seja, olhar para trás para avaliar seus relacionamentos anteriores e valorizá-los. Onde você pode ter errado para não errar novamente? Será que sempre se sente muito apaixonado? Ou, ao contrário, você segue seu caminho como se fosse um solteiro convicto? Às vezes, você pode exigir demais da outra pessoa sem, por sua vez, trabalhar em seus próprios defeitos quando o outro pediu. Você também pode estar querendo viver um relacionamento sem ter que desistir de nada nem de ninguém!! Enfim, tanto os excessos quanto as falhas são problemáticos, sendo importante encontrar o seu equilíbrio e não querer mudar nem o outro nem a si mesmo por completo.

É evidente que você deve respeitar e valorizar as pessoas que conhece. Algumas vezes pode ser rude, especialmente se sofreu em relacionamentos anteriores e construiu uma “casca” ou “couraça” para se proteger. Uma experiência ruim do passado não é culpa de quem você está conhecendo e ela não precisa sofrer, pense bem. Você pode diminuir ou mesmo dissolver essa “casca” e curar suas feridas do passado, com o cuidado de não fazer alguém que não merece pagar por isso. Não se revelar ou fazer mal por medo de sofrer pode causar o fracasso de um relacionamento. Sim, é bom contar com a psicoterapia...

Além disso, há pessoas procuram a terapia porque, embora apaixonadas, não sabem demonstrar esse amor acabando por menosprezar o outro conscientemente para esconder seus sentimentos. Claro que sendo assim, vai acabar sozinha porque aquela pessoa que valia a pena não suportará por muito tempo esse comportamento. Outros não valorizam suficientemente o parceiro, o amor ou o esforço oferecido, fazendo com que e parceiro se canse de dar sem receber nada em troca. É normal não se revelar completamente num primeiro encontro e ser cauteloso, mas apenas até certo ponto. Tente se revelar pouco a pouco e veja o que acontece.

Como dissemos acima, não existe receita milagrosa para encontrar o amor. Na verdade, não é tão fácil quanto parece e pode ser explicado de forma simples: somos como figurinhas de cera, com nossa forma se moldando, ao longo dos anos, nossos encontros e nossas pessoas de referência. Na idade adulta, esta forma é finalizada e solidificada. Quando encontramos alguém, nossas duas estatuetas devem ser capazes de se moldar uma à outra. É uma tarefa complexa, porque é uma questão de encaixar o máximo de cavidades e relevos possíveis de forma coerente e sem que nenhum dos protagonistas mude muito a sua forma inicial. Em todo o caso, se sentir que a situação o está pesando, não hesite em contatar um profissional de psicologia para ajudá-lo a resolver a situação.

Como conclusão, gostaria de comentar que está cada vez mais fácil fazer psicoterapia. O atendimento online, por exemplo, acrescentou muitas facilidades como não ter que se deslocar e enfrentar congestionamentos ou transportes públicos muito cheios, a possibilidade de fazer o tratamento no conforto de lar, uma maior flexibilidade de horários, poder escolher um terapeuta estando numa cidade ou país distante e muito outras facilidades.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

SAÚDE MENTAL NO TRABALHO: VELHOS PROBLEMAS PORÉM AINDA POUCO CONSIDERADOS

Em pleno século XXI, caracterizado por muitas modernidades, inclusive no ambiente de trabalho, as empresas deveriam colocar o bem-estar de seus funcionários no centro de suas preocupações. Entretanto, não é isso que, infelizmente, observa-se, sendo ainda os transtornos mentais, um tabu dentro das organizações. Não é um fenômeno exclusivo do Brasil pois, em todo o mundo, cada vez mais pessoas enfrentam esses desafios.

Posso, sem medo de estar longe da verdade, estimar que cerca de um em cada cinco adultos sofre de problemas de saúde mental em um ano com sintomas que duram um considerável tempo. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres estão particularmente em risco, com taxas mais altas de transtornos mentais como depressão, ansiedade, etc.

Em termos financeiros, esses transtornos mentais no trabalho custam à economia global mais de US$ 1 trilhão em perda de produtividade anual. Há, também, uma pesquisa realizada na Europa (uma contribuição da União Europeia para o consórcio World Mental Health Surveys Initiative - EUWMH), mostrando que funcionários com problemas de saúde mental implicam numa média de 3,1 dias de absenteísmo por mês, em comparação com 1 dia por mês para funcionários comuns. Não creio que seja muito diferente em nosso país!

Há anos, desde quando ainda fazia uma carreira executiva em multinacionais, venho alertando sobre o problema da saúde mental afetando a produtividade e, consequentemente, os resultados organizacionais. Considero que, hoje, esse seja um assunto indiscutível, visto que a aceita-se com mais realismo o fato da saúde mental afetar a eficácia de um funcionário no local de trabalho. O que agora eu questiono é: Por que as empresas ainda não atuam objetivamente para a diminuição significativa desse tipo de problema, considerando que trabalhadores e empresa podem ganhar ou perder com essa condição? Sendo bastante didático, lembro que boa saúde mental do trabalhador traz bom resultado em termos de produtividade e uma saúde mental comprometida influencia  negativamente nos índices organizacionais, até mesmo em questões financeiras.

E como agem os funcionários frente a essa situação?

Bem, muitos trabalham como se nada tivesse acontecido, porém recomendo que observem a si próprios  e analisem suas condições. Quando atendo trabalhadores que entram em “pane” por causa de suas atividades profissionais, observo que, inicialmente, os sintomas variam: um dia, a pessoa está totalmente funcional e no dia seguinte pode ser difícil para ela sair da cama, seja qual for os setores onde trabalham - saúde, varejo, hotelaria, administração, indústria, atendimento ao cliente, educação, etc.

Alguns recorrem ao abuso de substâncias ou à automutilação para aliviar a tensão. Outros tentam esconder seus sintomas no trabalho, mas o resultado final é mais fadiga e estresse. Eles também admitem estar distraídos em seus deveres.

Algumas pessoas se obrigam a trabalhar quando não se sentem bem, mesmo quando percebem que precisam tirar uma folga. Por outro lado, para outros, o trabalho salva vidas já que isso permite que eles se desconectem de seus problemas, concentrando-se em suas tarefas; pode até ajudá-los a superar suas dificuldades durante um período contudo se assim continuarem, o preço será alto demais. Apesar disso, os participantes admitem que, com o tempo, todos percebem que precisam cuidar de si mesmos, em vez de ignorar seus sintomas, lembrando que continuar trabalhando em condições ruins afeta negativamente seu desempenho no trabalho a longo prazo.

A sua saúde mental tem um grande impacto na qualidade da sua atividade, no ritmo com que executam as suas tarefas e no número de erros cometidos. Eles também experimentam grandes quedas de energia, fazendo com que se sintam mais lentos.

No entanto, algumas estratégias permitem que os participantes combinem com sucesso as demandas de seu trabalho e seu bem-estar. Felizmente, há quem aceite sua condição em vez de combatê-la.

Em outros indivíduos, bons conselhos e acompanhamento médico  e psicológico têm um efeito positivo na eficiência do trabalho. As atividades de atenção plena (yoga, meditação) também ajudam a regular certos sintomas. Desarmar as situações com humor é outra técnica para manter um bom relacionamento com os colegas e ao mesmo tempo dar indicações sobre o estado de saúde.

Por fim, resta a estratégia de compensação: compensar a perda de qualidade ou reatividade no trabalho durante certos momentos difíceis, trabalhando mais nos períodos em que se sente melhor.

Os indivíduos afetados também podem regular ou reduzir seus sintomas se, dentro de suas empresas, se sentirem ouvidos e apoiados. Por exemplo, se seus empregadores permitirem que eles tirem uma folga ou recebam tratamento adequado.

Infelizmente, muitos funcionários que sofrem não se atrevem a falar sobre esses problemas. A realidade é que muitas empresas não estão preparadas para enfrentar essas dificuldades ou não oferecem esquemas de trabalho que ajudem seus funcionários a cumprir suas exigências profissionais. Torna-se, portanto, urgente estimular o desenvolvimento de uma maior consciência sobre todos os sofrimentos mentais, incluindo os que não são necessariamente visíveis. A comunicação transparente e o apoio gerencial são essenciais para melhorar a vida profissional e a inclusão dessas pessoas mais vulneráveis.

É fundamental mostrar que é possível melhorar a saúde mental com ações práticas. A troca de sentimentos, pensamentos e sensações em uma conversa já pode aliviar a pessoa em sofrimento. Também deve-se encaminhá-la para os profissionais especializados, para melhor diagnóstico da situação.

A verdade é que sofrimentos ligados à atividade profissional atingem muita gente em nossa sociedade; são sofrimentos que se revelam em forma de ansiedade, depressão, Burnout, despersonalizações, angústias, crises de relacionamentos e muitas outras formas. É imprescindível que as empresas precisam melhorar esse realidade.

Existem vários caminhos e o mais importante é entender o diagnóstico da sua empresa, ou seja, o que precisa ser melhorado na sua realidade – as causas estão dentro delas e os sintomas de seus empregados são uma consequência de problemas como preconceito e assédio, carga de trabalho excessiva, estabelecimento de metas inalcançáveis, estimulação de muita competitividade, falta de reconhecimento, ausência de qualidade de vida, inexistência de plano de carreira, inoperância de políticas relacionadas à flexibilidade, desconsideração da importância de um programa de qualidade de vida, despreocupação com ambiente “não diverso” e sem qualquer tipo de inclusão, e atém mesmo, por causa de lideranças com comportamentos inadequados e abusivos

Concluindo, espero que as empresas brasileiras, e também em todo o mundo – façam mais investimentos em saúde mental. Isso é investir na sua empresa!

Quando falo sobre sofrimentos psicológicos no trabalho estou me referindo a muitos fatores que podem interferir no bem-estar emocional, no humor e na capacidade cognitiva dos trabalhadores. Há muito que está ao alcance das empresas e que podem ser feitas hoje. As mudanças por um ambiente mais saudável se iniciam com pequenas e grandes ações. Desde mudar a forma de agir e pensar da sua organização até oferecer apoio psicoterapêutico como um benefício corporativo

Se quiser, você pode contar comigo nessa jornada – veja os dados de contato ao final desse artigo. O importante é levar os cuidados com a saúde mental para a sua empresa!

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Devemos envelhecer com dignidade ou sucumbir à pressão para que mantenhamos eternamente jovens? Afinal, são tantos cremes e remédios “antienvelhecimento”, cartões engraçados sobre envelhecer, memes, todos com uma mensagem incongruente com o acúmulo de anos, uma mensagem clara de que envelhecer é algo a evitar. 

O preconceito de idade é definido como discriminação contra pessoas mais velhas por causa de estereótipos negativos e imprecisos, e está tão arraigado em nossa cultura que muitas vezes nem percebemos. A maioria das organizações agora tem departamentos de diversidade, equidade e inclusão para lidar com questões como racismo e preconceito de gênero. Mesmo nesses departamentos, o viés de idade raramente está no radar, o que me faz pensar que o preconceito de idade é estranhissimo no sentido de que ainda é socialmente aceitável de várias maneiras.

É claro que o etarismo tem uma série de efeitos negativos ao bem-estar físico e mental das pessoas e da sociedade como um todo. Além do mais, os estereótipos negativos que alimentam o preconceito de idade geralmente interpretam mal o envelhecimento. Quando dizemos que o envelhecimento não é totalmente negativo, não é que estejamos usando lentes cor-de-rosa. Isso é baseado em ciência rigorosa.

Como psicólogo, alinho-me com todos os ativistas que estão tentando reformular as atitudes em relação ao envelhecimento. Reconhecer a idade como um fator de risco para discriminação, por exemplo, incentiva que se dê mais ênfase nos fatores psicológicos do envelhecimento e promove uma narrativa mais produtiva sobre os benefícios de uma expectativa de vida mais longa. A questão é: o que podemos fazer como indivíduos e também como sociedade para promover um envelhecimento mais positivo?

Etarismo é um preconceito teimoso. Pessoas de todas as idades mostram preconceito contra os adultos mais velhos, embora a forma como o expressam mude ao longo da vida. Entre os mais jovens, a preferência por outros jovens é mais explícita. Em adultos mais velhos, essa preferência torna-se mais implícita. Seja qual for a forma, as atitudes subjacentes ao preconceito de idade geralmente estão enraizadas em falsidades. Embora seja verdade que o risco de algumas doenças crônicas e demência aumenta com a idade, a maioria dos idosos mantém uma boa saúde e bom funcionamento cognitivo. O envelhecimento é um processo muito diversificado e existem grandes diferenças entre os indivíduos. É bom que se fale que as coisas geralmente não são tão sombrias quanto a maioria das pessoas espera.

Você sabe que ativistas psicólogos se esforçam para eliminar os estereótipos de idade checando fatos para conscientização pública? Várias crenças sobre envelhecer estão sendo questionadas. Analisando essas crenças, podemos ver que há informações que não apenas contradizem o estereótipo negativo, mas também destacam uma força que vem com o envelhecimento. Peguemos o estereótipo de que as pessoas se tornam menos criativas à medida que envelhecem – na verdade, existem centenas e centenas de exemplos de artistas e músicos que se tornaram mais criativos e produtivos mais tarde na vida.

Podemos também derrubar o estereótipo de que todos os tipos de habilidades cognitivas inevitavelmente pioram com a idade. Sim, é verdade que algumas habilidades cognitivas, como tempos de reação, tendem a diminuir um pouco com o tempo, mas outras funções permanecem robustas e até melhoram. Um estudo com adultos mais velhos, por exemplo, mostrou que eles eram melhores do que adultos de meia-idade em orientar sua atenção e ignorar distrações.

Amigos, envelhecer oferece outros benefícios. À medida que as pessoas envelhecem, elas tendem a se tornar mais agradáveis ​​e mais conscienciosas. Os adultos mais velhos também tendem a ser melhores em regular suas emoções - Essas são mudanças positivas que podem levar a uma maior maturidade social geral pois geralmente significam que nos damos melhor com os outros e podemos prestar mais atenção à saúde ou nos colocar em menos situações de risco. Tais mudanças podem ser parcialmente responsáveis ​​por outro fenômeno observado, conhecido como o paradoxo do envelhecimento: as pessoas mais velhas tendem a relatar maior felicidade e satisfação com a vida em comparação com as pessoas mais jovens. O fato é que com tantas pesquisas que sugerem que, ao contrário da crença popular, a saúde mental também melhora ao longo da vida, só posso dizer que essa visão de que a velhice é um declínio negativo simplesmente não parece ser o caso.

A visão negativa da velhice não é apenas falsa: também é perigoso. A narrativa de que a idade é um declínio, um fardo, prejudica indivíduos, famílias, comunidades e sociedade, enfim, prejudica a todos. Alguns adultos mais velhos precisam de apoio, mas a verdade é que eles continuam a fortalecer a humanidade. Os idosos fazem contribuições importantes para a força de trabalho, incluindo trabalho remunerado, bem como voluntariado e prestação de auxílio social. Essas contribuições para a sociedade são um recurso, não um luxo!

O preconceito de idade no local de trabalho afeta as decisões de contratação e promoção. Em ambientes médicos, os estereótipos associados ao envelhecimento podem influenciar as decisões de tratamento - as pessoas podem presumir, incorretamente, que os idosos são muito frágeis para terapias de câncer mais agressivas, por exemplo. No campo da saúde mental, a maioria dos psicoterapeutas não recebe educação adequada em gerontopsicologia (ou psicogerontologia), e preconceitos e estereótipos de idade podem influenciar suas atitudes e práticas. NO que se refere ao preconceito de idade e saúde mental, evidências revelam que muitos psicoterapeutas não tem preferência por trabalhar com pacientes mais velhos, assumem prognósticos menos favoráveis ​​para os mesmos e acreditam que a depressão é uma consequência natural da velhice.

As mensagens internalizadas sobre o envelhecimento também influenciam a saúde e o bem-estar de uma pessoa. Conta-se que uma estudante de pós-graduação em Psicologia fez uma viagem ao Japão para explorar por que os japoneses tinham a expectativa de vida mais longa do mundo. Uma das primeiras coisas que ela observou foi como as pessoas mais velhas eram tratadas de maneira diferente: elas são “celebradas” em família, em programas de TV, em histórias em quadrinhos, etc. É certo que as mensagens da sociedade sobre o envelhecimento afetam a saúde e o bem-estar de uma pessoa e a prova é que aqueles que aceitam crenças mais negativas sobre a idade tendem a apresentar pior saúde física, cognitiva e mental. A boa notícia é que os que são expostos ou desenvolvem crenças de idade mais positivas tendem a mostrar benefícios na saúde física, cognitiva e mental.

Sim, as crenças relacionadas à idade afetam realmente a saúde de várias maneiras. Por exemplo, os indivíduos que têm sentimentos mais negativos sobre envelhecer são mais propensos a experimentar níveis mais elevados de estresse, que tem sido associado a muitas doenças do envelhecimento. Além disso, as pessoas que se sentem fatalistas no envelhecimento podem ser menos propensas a se envolver em comportamentos saudáveis, como manter-se ativo ou tomar os medicamentos prescritos. Por outro lado, as crenças positivas sobre o 
envelhecimento protegem contra a demência, mesmo entre aqueles com um gene de alto risco. Mas os efeitos vão além da demência: as autopercepções negativas do envelhecimento estão associadas a uma maior prevalência de todas as oito importantes condições de saúde que incluem doenças cardíacas, doenças pulmonares, diabetes, distúrbios musculoesqueléticos e lesões diversas.

Concluindo, penso que há boas razões para desafiar os estereótipos relacionados à idade e o preconceito de idade. Os esforços estão começando a dar frutos e as informações mostram que as intervenções para reduzir os estereótipos e preconceitos relacionados à idade estão sendo eficazes. As melhores são as que combinam educação sobre o envelhecimento com esforços para aumentar o contato intergeracional, visto que uma das maiores ameaças à reformulação das atitudes em relação ao envelhecimento reside na crescente segregação etária da sociedade. Estando atento, você certamente perceberá que estamos numa vivência perigosa em que os jovens quase não têm contato com pessoas mais velhas, exceto por contatos intermitentes em suas próprias famílias. No entanto, o contato por si só nem sempre é suficiente para desafiar as falsas ideias sobre a velhice; muitas vezes vemos eventos que trazem jovens para lares de idosos para dar apoio e afetividade ou fazer atividades com idosos, por exemplo, mas se os jovens não estiverem preparados para interpretar essa experiência, eles podem realmente sair com visões mais negativas do envelhecimento. Assim, é importante que os mais jovens interajam com adultos mais velhos ativos e engajados, e também para educar os mais jovens sobre o processo de envelhecimento. Por fim, é importante lembrar que a experiência do preconceito e discriminação por idade pode diferir com base em outros componentes da identidade de uma pessoa. Por exemplo, certos grupos de idosos podem enfrentar barreiras únicas por causa de sua idade combinada com gênero, deficiência, orientação sexual, raça, cor, etnia, religião, cultura e idioma, e onde existir barreiras, seja de qualquer tipo, a sociedade, principalmente os de mais idade, deve se unir para derrubá-las. Mas não importa se tivemos a sorte de viver uma vida longa ou não, é uma certeza que os estereótipos imprecisos sobre o envelhecimento prejudicam a todos nós e precisam ser eliminados.

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

É NECESSÁRIO CONTROLAR A RAIVA

É preciso falar sobre a raiva, uma emoção como qualquer outra que faz parte de nossas vidas. Não é tão grave em si, porém, seja explosiva ou contida, pode causar alguns prejuízos à saúde mental e ao corpo. a raiva é prejudicial ao nosso corpo – a maneira como lidamos com a raiva é que pode ser problemática! A verdade é que é importante que se resolva as diferenças sem se deixar envolver por elas, e prá conseguir essa “façanha”, vamos entender o que é a raiva.

Repetindo, a raiva é uma emoção que, em sua manifestação, envolve a amígdala (uma estrutura localizada no cérebro) e que engloba nossas emoções primitivas e reações de sobrevivência. Quando uma situação é percebida como injusta ou frustrante, essa estrutura gera a raiva e essa desencadeia comportamentos agressivos: gritos, gestos bem como as manifestações fisiológicas associadas: fluxo sanguíneo, aceleração, dilatação das pupilas. Em muitos casos, o estímulo que pode gerar a raiva é processada e se torna consciente, o que dá a possibilidade de acalmar a emoção antes de desencadear um comportamento agressivo.

Cabe destacar que há temperamentos mais sensíveis e outros menos, alguns mais, outros menos capazes de regulação emocional. Os hipersensíveis, os hiper-reativos têm mais dificuldades pois nessas pessoas, a reação da amígdala favorece a reação excessiva – provável consequência de alterações causadas por fatores genéticos, ambientais ou familiares. Mas perder ou manter a calma também é uma questão de educação; sabemos, por exemplo, que para nos asiáticos é mais raro que fiquem com raiva, comportamento que consideram particularmente inadequado: eles foram criados assim!

É notório que a raiva também acontece por conta própria como resultado da presença de algo irritante, uma necessidade não satisfeita ou um desejo não realizado. Também pode ser uma forma de liberar outras emoções reprimidas como o medo, a ansiedade, a tristeza. O difícil controle destas emoções leva a um acesso de raiva durante o qual tudo “explode”. Entretanto, saliento que como todas as emoções, a raiva é natural e é um sinal de alerta quando uma de nossas necessidades não está sendo atendida ou quando nos sentimos inseguros.

Há situações em que a raiva atua como uma verdadeira proteção à pessoa, quer dizer, ela serve para colocar barreiras, para dizer “pare!” a uma situação que não lhe convém - dá uma impressão de recuperar o controle e a segurança. No entanto, além de cansar em excesso a pessoa que já passou por isso, pode influenciar negativamente o relacionamento com o outros porque essa raiva pode se transformar em agressividade. Para evitar isso, é importante entender essa emoção raivosa e aprender a canalizá-la.

Observe que estou confirmando que a raiva é uma emoção que surge quando alguém ou alguma coisa confronta e danifica os valores pessoais, se opõe ao outro ou o deixa frustrado. É uma emoção que dá a impressão de poder quando o indivíduo se defende dos ataques externos. Se a expressarmos de forma útil e construtiva, a raiva pode levar a uma mudança positiva. Por exemplo, as pessoas que se irritam com a injustiça social geralmente alcançam resultados positivos levantando a voz e, assim, provocando mudanças duradouras em seu ambiente. Mas, quando a raiva o domina e estraga o melhor de si, pode levar a sérios problemas na vida familiar, no trabalho ou até mesmo ser uma ameaça à saúde. A raiva mal administrada pode levar a agressões a outras pessoas, violência doméstica, acidentes de carro ou outro comportamento violento. Os indivíduos que não conseguem controlar a raiva têm maior probabilidade de adoecer e têm dificuldade em lutar contra as doenças. Aprender a controlar a raiva envolve resolver problemas, não ser escravo das emoções, não ficar com raiva com muita frequência ou por muito tempo.

Existem quatro situações típicas que desencadeiam a raiva, sendo que algumas situações pertencem a mais de uma categoria: 1. frustração (a raiva é uma reação comum quando tentamos realizar algo importante e algo inesperado impede o sucesso), 2. irritação e 3. nervosismo (os aborrecimentos diários são chatos e podem desencadear raiva), e 4. injustiça (ser tratado injustamente também pode desencadear raiva).

E como saber se minha raiva é um problema? Nesse caso, convém observar algumas coisas. Se ela for frequente demais é uma delas. Às vezes apropriada e útil, a raiva nos leva a resolver problemas. No entanto, se enfrentarmos muita raiva quase todos os dias, a qualidade de vida, as relações sociais e a saúde podem sofrer um grande golpe. Analise também a intensidade e o tempo da raiva. Se ela perdura por muito tempo acaba interferindo no humor e psicossomatizando; lembre-se que quando estamos constantemente com raiva, até mesmo os menores detalhes podem nos irritar. Uma outra coisa é que é mais provável que nos tornemos agressivos quando nossa raiva for intensa. Atacar os outros, verbal ou fisicamente, não é uma forma eficaz de resolver conflitos e pode levar à violência. Será especialmente preocupante se a raiva perturbar o trabalho e as relações sociais visto que sendo intensa e frequente, pode levar a problemas nos relacionamentos com colegas de trabalho, familiares e amigos

Se você sente que sua raiva está fora de seu controle ou que está tendo um impacto muito grande em sua vida e em seus relacionamentos com outras pessoas, é útil fazer uma psicoterapia voltada para o controle da raiva. Reforço que a raiva não é uma emoção de todo ruim, mas que assim pode se tornar se for muito frequente e você não conseguir mais controlá-la. Como todas as outras emoções, é necessário aprender a administrá-la. Trata-se de aprender a lidar com a emoção de maneira diferente, acalmá-la através de uma reavaliação durante a psicoterapia, o que implica em voltar à realidade.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.