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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

PSICOTERAPIA, FOCO NA CONSCIÊNCIA E EM MUDANÇA PESSOAL

(Reflexões a partir do livro “Tornar-se Presente”, de J. Stevens)


Você quer fazer mudanças em si mesmo e se tornar “uma pessoa melhor”? Uma resposta muito simples porém difícil de ser realizada é: Amplie a sua consciência!

Por que digo isso? Simplesmente  porque crescimento psicológico é sinônimo de expansão de consciência - quanto mais consciente você estiver, melhor será sua percepção imediata e você terá mais clareza do que se passa dentro de você mesmo e nas outras pessoas.

Quando uma pessoa faz psicoterapia, logo entende que a idéia de expansão da consciência tem o objetivo de alcançar a intuição das essências, isto é, alcançar o conteúdo inteligível e ideal dos fenômenos captados de forma imediata. Esse insight psicoterapêutico leva a pessoa a focalizar a própria consciência em várias direções que devem ser “trabalhadas” durante a psicoterapia, como a percepção, a imaginação, desejos, especulação, volição, paixão, etc. A consequência é uma melhor compreensão das suas próprias intenções e maior comprometimento consigo mesmo e com os demais.

Claro que toda consciência é “consciência de alguma coisa”, então, a mudança só será possível se houver conhecimento da direção necessária. Consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos com os quais se visa algo. Assim, a simples tomada ou expansão de consciência já é suficiente para que as pessoas processem, em seus próprios ritmos, as mudanças necessárias e desejadas para que se tornem “pessoas melhores”.

Também é bom saber que você também pode estimular o seu autocrescimento sozinho, afinal há uma porção de livros sobre isso. Esses livros contém um monte de sugestões de como mudar, contudo há uma questão muito importante nessa alternativa de crescimento e mudança: quando você tentar mudar seguindo as sugestões dos livros de auto-ajuda ou outros tipos de livros, você poderá se manipular e se torturar, ficando dividido entre uma parte que quer mudar e outra que resiste. Mesmo que você consiga mudar dessa forma, o preço é o conflito, confusão e incerteza. Quanto mais você tentar mudar, pior a situação vai se tornar. Acredito que seja mais útil você se tornar mais consciente de si próprio como é agora. Antes de tentar se modificar, impedir ou evitar algo que não gosta de si mesmo, é mais efetivo tentar conservar isto, e se tornar mais consciente do que existe. A psicoterapia é uma excelente via para essa tomada de consciência e realização da autotransformação que deseja.

A mudança pessoal não é um processo tão simples como muitos pensam. Você não pode melhorar a sua própria forma de atuar, pode somente interferir, distorcendo-a ou disfarçando-a. Só quando você se encontra realmente em contato com a própria experimentação, aí você descobrirá que a mudança ocorre, sem esforço ou planejamento. Tendo consciência total, você pode deixar acontecer o que tiver de acontecer, com a confiança de que vai dar certo. Você pode aprender a se soltar, viver e deixar fluir o que com você ocorre e aquilo que experimenta, sem frustrar-se com as exigências de ser diferente, entendeu? Toda a energia que você mobilizar para a batalha entre tentar mudar e resistir à mudança poderá ser usada na participação ativa ou passiva do que acontece em sua vida. Isto o ajudará a descobrir sua própria realidade, sua própria existência, sua própria humanidade e se sentir bem com ela, independentemente do modo que os outros acham que deveria ser.

Por fim, gostaria de lhe dizer que se muitos de nós entrarmos em contato com a nossa própria realidade humana expandindo as nossas consciências, talvez possamos construir uma sociedade que seja apropriada ao que nós somos e não ao que “deveríamos” ser.

Schopenhauer disse: “Não toma os limites de seu próprio campo de visão como sendo os limites do mundo”.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

VAMOS MUDAR A FORMA DE VER AS COISAS

Não só durante os atendimentos psicológicos como também em palestras, venho observando a generalização de um sentimento de impotência frente aos obstáculos, parecendo haver uma resistência crescente, do mundo, aos esforços para mudá-lo, se possível para melhor.

Aprofundando a observação e análise, podemos concluir que estamos sendo derrotados, num volume crescente de iniciativas, menos pelas ferramentas usadas que pelo modo como pensamos as coisas. Muito provavelmente, a razão disso é o fato de que fomos treinados a pensar nos padrões da lógica formal e de uma visão mecanicista do mundo. O interessante é que isso remonta à Antiga Grécia, com Demócrito dizendo que “o mundo consiste, essencialmente, de coisas e que quaisquer alterações que observamos são secundárias, originando da maneira como as coisas interagem entre si”. Em traços muito largos, podemos afirmar que Isaac Newton e, antes dele, Descartes, deram sentido a esse pensamento, cabendo ao último determinar uma rigorosa separação entre Eu e o Mundo - o Sujeito e o Objeto. Ocorre que esse modo de pensar, fundado em seqüências causais simples e lineares, tornou-se paradigma do “senso comum”: por ser lógico, fez-se aceitável; por ser empírico, fez-se objetivo; por ser prático, em muitas ocasiões, fizemo-nos seu prisioneiro.

Ocorre que a sociedade contemporânea (que já foi descrita como de “Ambientes de Interações Complexas”) questiona a base deste modelo de pensamento, já que não nos basta mais ter clareza sobre os Elementos que podem ser estudados isoladamente e com grande precisão. É imprescindível pensar também nos processos, com suas múltiplas possibilidades de interações e em seus resultados inusitados. Heráclito de Éfeso, no século VI a.C., já supunha que tudo está em movimento e que as transformações são processos de interação dinâmica e cíclica dos opostos, que, aos pares, constroem a unidade do real.

Assim, propomos que se incorpore ao modelo de pensamento vigente, a noção de processos e de integração entre as partes, de modo que não seja estranha a idéia de que a exigência reflexiva fundamental do conhecimento é saber pensar o próprio pensamento. Precisamos pensar-nos ao pensar, conhecer-nos ao conhecer. Assim procedendo, estaremos criando espaços em nossas mentes para incluir, por exemplo, nos processos decisórios, a busca de sínteses significativas com uso da intuição e da criatividade, sem deixar-nos influenciar por soluções esquemáticas e simplificadoras.

Não pretendemos privilegiar Elementos ou Processos – apenas alertar que os “Ambientes de Interações Complexas” exigem uma síntese das duas vertentes do pensamento. Pouco resulta elegermos prioridades sem levar em conta suas ligações sistêmicas com outras dimensões do ambiente, assim como será operacionalmente inútil permanecermos contemplativos e perplexos diante da fantástica complexidade do mundo. O nosso desejo é, principalmente, o de estimular a revisão do modo de pensar de cada um, ainda que essa decisão seja, na verdade, um gesto de grande coragem intelectual, menos pelo risco que se corre e mais pela “mão-de-obra” que dá.

SER OU NÃO SER FELIZ, ESSA É A QUESTÃO!


Busco estar sempre atento aos "sinais" que a vida me apresenta e a esses sinais dar respostas que possam ser colhidas como positivas para as pessoas e, pelo que creio, para o equilíbrio cósmico. Por este motivo, optei em republicar este artigo (com pequenas alterações) pois creio que dessa forma, estarei ajudando a muitos que o lerem.

Sendo um psicoterapeuta, considero que um dos meus principais objetivos é fazer com que o equilíbrio e o bem estar mental e emocional seja recuperado pelas pessoas que me procuram, mas quero dar ênfase, nesse artigo, a um tipo especial de paciente, um tipo de personagem interessante e que eu denomino de “Indivíduo-Hamlet” (criei esse apelido inspirado no personagem da obra "A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca" de William Shakespeare. Hamlet, assoberbado por conflitos existenciais, afasta-se da felicidade e mostra-se, então, melancólico e deprimido. Sua frase mais conhecida é: “Ser ou não ser, eis a questão!”).
É muito comum as pessoas sentirem um pouco de raiva quando se encontram com esse personagem, pois tendem a vê-lo “chorando de barriga cheia”, ao mesmo tempo em que ele se esforça para mostrar prá todo o mundo que “era feliz e não sabia”. Depois da raiva, o estágio seguinte da reação é o da compreensão e compaixão para com o amigo/parente que vive esse papel de “Indivíduo-Hamlet”. É nesse estágio que os amigos tendem a dar “dicas” para que o Hamlet torne-se feliz na vida. Às vezes, dá certo; noutras, estimulam novas reações de ambos que podem acarretar em discussões e agressões pessoais.

Muitos profissionais da Saúde, reconhecidamente os psicólogos, trabalham para que essas pessoas sejam felizes em suas atividades pessoais e profissionais, seja pelo reconhecimento do seu potencial (aparente e subjacente) e necessidade de crescer em seus aspectos ainda não desenvolvidos, seja pela compreensão de seus papéis ou qualquer caminho que se faça valer.

A primeira maneira de se contribuir com um “Indivíduo-Hamlet” é não reforçar a sua contínua lamúria, esse queixume interminável acerca do peso que acredita carregar. Ele deve conscientizar-se que a cada dia, a cada experiência, muda o status quo de suas relações com os demais, e adquire condições de definir ou reforçar sua motivação para o que acredita ser o sentido de sua existência. Não há castigo mais terrível que uma vida inútil e sem esperanças, e essa é a carga desta pessoa enquanto mantiver o seu queixume. Para sair desse sofrimento, é imperioso que o “Indivíduo-Hamlet” esteja focado na construção do futuro, para si, para os outros, para a humanidade. Ele tem que descobrir a beleza e o prazer de estar numa nova situação, reconhecer que ajusta-se às mudanças da vida e que isso é alimento para a sua capacidade criadora; claro está, portanto, que ele deve trabalhar para superar os obstáculos e encontrar a sua felicidade. Nesses termos, as suas dificuldades e frustrações devem ser resolvidas consigo mesmo, sem agredir os amigos, parentes, companheiros, infelizmente algo que é usado nos casos mais graves.

A psicoterapia é uma preciosa ferramenta pois a expansão de consciência torna as pessoas melhores e motivadas para a vida. A consciência e a disciplina interior são um convite à atenção e ao esforço bem direcionado. O “Indivíduo-Hamlet”, por não ser uma pessoa feliz, não está preparado para esse caminho. Felicidade é fruto de vontade própria! É algo interior, íntimo, que faz a pessoa decidir se chegou a hora ou não de ser feliz com alguma coisa; é ter uma misteriosa certeza de que, aconteça o que for, será feliz! “Indivíduos-Hamlet” sentem medo e isso os torna infelizes. Esperam que a felicidade caia do céu, deixando, portanto de se empenharem na inevitável e inexorável luta, na qual é preciso estar sempre pronto a contestar o que quer que seja, tanto no plano individual como no social: é essa disposição que permite enfrentar mudanças (voluntárias e involuntárias) sem sentí-las como ameaças.

Uma outra forma de ajudar a pessoa a deixar de ser Hamlet é estimular a sua pró-atividade: as pessoas felizes agem! Suas ações são tanto instrumento de sensibilidade, voltadas para o enriquecimento interior, quanto meios de provocar mudanças no mundo exterior. Seu esforço se dá no sentido de encontrar um saudável equilíbrio entre a aceitação daquilo que existe e a possibilidade de introduzir modificações. Embora para realizar-se seja gratificante dedicar-se de corpo e alma mesmo aos projetos mais humildes, isso não exclui a busca da perfeição, que é super-gratificante para si mesmo e para os demais. Observem, por exemplo, que os indivíduos felizes não se enquadram entre os que vêem o trabalho apenas como lucro, lucro com poder, poder/felicidade. Para uma pessoa feliz, o lucro não exclui a criatividade e é uma necessidade ao mesmo tempo social e individual.

O “Indivíduo-Hamlet” não tem amigos. Apenas entre os felizes é que se nota uma significativa insistência sobre o valor da amizade e do amor; e a importância desse fato é indiscutível pois o estudo do comportamento humano confirma sobejamente a importância das sólidas relações afetivas para o equilíbrio da personalidade e a realização no trabalho, atividade própria dos seres humanos e que tem, por fim, "produzir" cultura / mudanças na cultura.

Se é verdade que ser feliz exige esforço e vontade, vale a pena considerar que fraqueza de vontade por nascimento é coisa que não existe. A força de vontade, inerente ao ser humano, não é estática, se apresenta em cada caso como função de vários fatores, a saber: conhecimento claro do que se quer, decisão consciente e um certo treino. 

“Indivíduos-Hamlet” parecem dominados pela fórmula fatalista: “a vida é assim mesmo”, ou “assim tinha que ser”. Não sabem que esse fatalismo neurótico significa uma fuga à responsabilidade para consigo próprio e, em decorrência, com os que os rodeiam, com a empresa onde trabalham, com a familia, com os vizinhos de condomínio/rua, com os colegas, etc. A atitude frente à vida de uma pessoa tem certa margem de liberdade de movimento em face do que há nela, assim, como já comentado, trata-se de optar, por vontade própria entre ser feliz ou não.

Se, depois de tudo, alguém duvidar que a procura da felicidade compensa, nada mais convincente do que recentes constatações de pesquisadores do National Cancer Institute, dos EUA. É sabido que stress, emoções e choques no plano afetivo subvertem nosso equilíbrio bioquímico, e que a capacidade dos tecidos de se defenderem dessas ameaças varia de um para outro indivíduo. É igualmente sabido, conforme corroboram esses estudos, que os felizes são setenta vezes menos suscetíveis de contrair doenças, inclusive câncer.

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SAÚDE MENTAL EM SITUAÇÕES DE LESÃO FÍSICA OU ORTOPÉDICA


Há situações em que problemas psicológicos e emocionais são causados ou potencializados por doenças físicas. Sabemos que há uma conexão clara entre a saúde mental e física, o que permite dizer que quando uma não vai bem, a outra também é afetada de alguma forma. Doenças crônicas, como câncer, doenças cardíacas, diabetes e outras doenças podem tornar o indivíduo mais propenso a ter ou desenvolver uma condição de saúde mental; é comum, por exemplo, sentir-se triste ou desanimado após sofrer um ataque cardíaco ou tentar controlar uma condição crônica, como a dor.

Por certo, devido à dor e diminuição da funcionalidade, viver com distúrbios músculo-esqueléticos pode afetar negativamente a qualidade de vida do paciente. O estilo de vida limitado por efeito de problemas ortopédicos tem uma influência considerável na saúde mental e pode causar dificuldades emocionais, como depressão, ansiedade, baixa autoestima, tristeza, mau humor excessivo ou outras tensões psicológicas, sem falar que a dor pode manter uma pessoa acordada durante toda a noite. Quer dizer, o custo físico e a mudança no estilo de vida podem ser esmagadores - uma lesão pode impedir a pessoa de participar de atividades que gosta, forçá-la a contar com a ajuda de outras pessoas e tirar sua mobilidade independente.

É fácil perceber as lesões físicas de um paciente, mas,... e quanto à luta interior que ocorre quando alguém sofre uma lesão? Embora não possa ser visto facilmente, muitas vezes está fortemente presente, sendo os problemas de saúde mental, um obstáculo real e comum no caminho para a recuperação. Muitas vezes, até mesmo ferimentos leves podem ter um impacto significativo. Além disso, quanto mais a personalidade ou identidade de uma pessoa estiver conectada à sua forma física ou habilidade/desempenho, maior será a reação emocional. Nossos corpos e mentes não estão separados, por isso não é de surpreender que problemas na saúde física possam afetar a saúde mental e vice-versa. A maneira mais simples de pensar sobre a conexão corpo-mente é que tudo começa no cérebro. Como exemplo, as pessoas que têm mobilidade reduzida por conta de uma lesão têm um risco maior de desenvolver um humor deprimido, e podem, também, estar perdendo o aumento hormonal que o movimento ativo e o exercício podem fornecer. É um ciclo vicioso de pensamentos negativos, que se alimentam uns dos outros e aumentam a dificuldade de recomeçar a se movimentar.

Evidentemente, o que me preocupa e justifica esse breve artigo é o fato desses problemas de saúde mental serem frequentemente negligenciados e de haver o pensamento de que o suporte para o sofrimento psicológico de pacientes com traumas e outros problemas ortopédicos é ofuscado pelo foco no tratamento eficaz da fratura do paciente. Em oposição a esse pensamento, há um número significativo de médicos que concordam que o bem-estar mental de um paciente não pode ser separado de sua recuperação física, portanto sendo importante não ignorar sentimentos de medo, ansiedade, desesperança e tristeza que não se dissipam facilmente.

Se você percebe ou desconfia que seu “psicológico” está impactado por um tratamento ortopédico, converse com seu médico. Mas tente entender o que a sua lesão significa para você. Se você se sentir sobrecarregado por uma lesão, tente listar para si mesmo algumas das maneiras pelas quais você está funcionando bem. Reconheça o que você se orgulha em si mesmo e lembre-se que você é mais do que sua deficiência. Assuma a responsabilidade sem se culpar - a autocrítica interfere no processo de cura, enquanto assumir a responsabilidade pela reabilitação ajuda na recuperação, mas isso é, obviamente, muito mais fácil de dizer do que feito. Com certeza, ficar revendo repetidamente os erros não ajudará a encontrar uma maneira de seguir em frente. Apoie-se em amigos e familiares (mas não muito): obter ajuda, deixar as pessoas saberem o quanto você se sente vulnerável não significa que você está se tornando um fardo ou desenvolvendo uma dependência doentia. Na verdade, há uma força que vem do reconhecimento de nossa necessidade pelos outros. E, novamente, procure maneiras de aprimorar o que você pode fazer por si mesmo. Praticar a autocompaixão é uma maneira importante de quebrar as garras da depressão e da ansiedade causadas pela dor. Por fim, é importante saber que coisas boas podem surgir de experiências ruins. Essas são apenas umas poucas “dicas” para você se recuperar bem e em tempo menor. Agora, veja o que um paciente de psicoterapia falou para mim: "quem teria pensado que, com esse processo terrível, eu descobriria partes valiosas de mim que nem sabia que existiam antes?"

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Após divulgação do artigo acima, houve esse rápido diálogo com uma pessoa:

Leitor: "Você pode, por favor, desenvolver um pouquinho mais o seu raciocínio a respeito de “Praticar a autocompaixão é uma maneira importante de quebrar as garras da depressão e da ansiedade causadas pela dor”?

Respostatentarei destrinchar o que seria “praticar a autocompaixão para lidar com a depressão e ansiedade causadas pela dor”, mas isso terá que ser num “textão”.

A gente vive numa sociedade que, infelizmente, provoca a todos para que sejam os melhores em tudo e não aceitem erros ou falhas. Claro que isso eleva, sobremaneira, a autocrítica e a tendência ao perfeccionismo. De modo geral, e com um bom toque de budismo (minha escolha filosófica e religiosa), compaixão tem a ver com eliminar o sofrimento e alcançar a felicidade, o que é importante a qualquer pessoa e da sociedade. Por sua vez, a autocompaixão é ser gentil consigo mesmo quando as coisas não estão boas ou percebemos algo que não gostamos em nós mesmos. É não ser frio e um autocritico severo. Através da autocompaixão confirmamos que a condição humana é imperfeita, e isso nos faz mais conectados aos outros quando sofremos ou falhamos... Implica, também, em conscientização e na aceitação das emoções dolorosas quando elas surgem. É lidar com a realidade de modo direto e simples, ao invés de suprimir a dor ou torná-la um drama pessoal exagerado. Assim, vemos a situação de modo bastante clara.

Caro amigo, é muito bom quando identificamos as nossas expressões neuróticas (pensamentos confusos e emoções perturbadoras)! A autocompaixão não exige que nos avaliemos positivamente ou que nos vejamos como melhores do que outros. Pelo contrário, as emoções positivas da autocompaixão surgem exatamente quando a autoestima cai, e essa queda ocorre com muita frequencia nas condições de uma doença que faz a dor. Autocompaixão, podemos dizer, significa que o senso de autovalorização é estável e disponível para nos fornecer cuidados em momentos de necessidade, favorecendo a diminuição da ansiedade, depressão e elevação da felicidade.

É um “envolvimento” com a bondade, conectividade e equilíbrio emocional consigo próprio, uma espécie de provisão de segurança emocional importante para nos vermos com clareza e para que façamos as mudanças necessárias para minimizar sofrimentos como angústia, ansiedade e depressão. Podemos aprender a nos sentir bem, não porque somos especiais e acima da média, mas porque somos seres humanos dignos de auto-respeito. Veja que a autocompaixão é tratar-se da mesma forma como trataríamos um amigo em qualquer situação. De modo algum, a autocompaixão pode ser vista como pena de si mesmo, fraqueza, ser uma pessoa boba” ou se tornar alguém de pensamentos e ações irrealistas. Mas com certeza, é uma espécie de autobondade.

Como aconselhamento, diria que uma pessoa pode falar consigo mesmo de forma a diminuir os pensamentos trágicos..., pode se fazer presente diante do próprio sofrimento, sem negá-lo..., deve validar-se pois reconhecer o que você está sentindo é fundamental para aliviar o próprio sofrimento. Dê nome às emoções difíceis que está sentindo mas não as julgue.

Enfim, meu caro, autocompaixão está mais para a prática madura, saudável e libertadora de aceita a si mesmo e a realidade em que vive, buscando a melhor solução e não manter o foco apenas no problema - porém aceitando que erros são possíveis, logo, permitindo-se não dar conta de tudo!

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ANSIEDADE ENTRE LGBTQIA+

Embora as atitudes em relação à comunidade LGBTQIA+ tenham mudado drasticamente nos últimos anos, pessoas com essas identidades continuam enfrentando discriminação e assédio em todo o Brasil. Uma consequência disso, é o fato do risco de problemas e dificuldades psicológicas ser muito mais alto entre a comunidade LGBTQIA+ do que no público em geral. Na verdade, até 60% dessas pessoas desenvolve ansiedade e depressão em suas vidas, o que permite que se afirme que a ansiedade é um importante problema de saúde mental na comunidade LGBTQIA+. Estigma, discriminação, microagressão e diversos traumas contribuem para o estresse e sentimentos de ansiedade, sendo que as complicações da ansiedade não tratada podem ser graves e podem incluir até suicídio.

É importante observar que essas altas taxas na comunidade LGBTQIA+ não significam que essas pessoas sejam fracas do que qualquer outra pessoa. Em vez disso, todos deveriam ver essa situação como resultado do preconceito que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam todos os dias. Por exemplo, uma fonte de ansiedade para essa comunidade é o simples fato de fazer parte de uma comunidade discriminada e oprimida, seja por raça, gênero, orientação sexual ou religião: isso causa estresse e ansiedade. Cada microagressão ou ato totalmente odioso causa uma certa quantidade de estresse em toda a comunidade.

Infelizmente, grande parte da ansiedade na comunidade LGBTQIA+ vem de experiências traumáticas. Supõe-se que cerca de 80% dos adolescentes da comunidade já foram assediados ou agredidos pelo menos uma vez e cada vez que isso acontece, é mais provável que uma pessoa considere se machucar. É preciso que se fale que altas taxas de ansiedade andam de mãos dadas com a depressão – é um risco para a vida! Muitos jovens gays do ensino médio têm muito mais chances de considerar o suicídio do que seus colegas, sendo que quase metade de todas as pessoas “trans” de todas as idades já considerou o suicídio em algum momento.

Um efeito da constante discriminação, hostilidade e mensagens homofóbicas (apenas esses a título de exemplo) que não se pode negar é a homofobia internalizada, ou seja, o(a) homossexual ter a crença de que ser LGBTQIA+ é errado. A meu ver, isso é torturante, uma vez que é uma crença contra sua própria natureza acompanhada de auto aversão, insegurança e ansiedade. Observe que ser LGBTQIA+ não garante um diagnóstico de ansiedade ou de saúde mental mais grave, mas as condições sociais e as mensagens internalizadas certamente garantem níveis mais altos desses transtornos nesta comunidade.

Você já deve ter percebido a necessidade do suporte psicológico para sair do quadro de ansiedade. Para muitos heterossexuais, as famílias fornecem o primeiro apoio psicológico nos períodos de crise psico-emocional. No entanto, esta via de apoio não é uma opção para muitas pessoas LGBTQIA+. Nesta população, um grande número de indivíduos foi expulso de suas casas ou condenado ao ostracismo por suas famílias.

Um ponto a ser destacado, nesse caso, é que a falta de apoio familiar e o risco de ser excluído pela família certamente provocam maiores níveis de ansiedade na população LGBTQIA+. Assim, creio ser indispensável que, no caso de apoio psicológico, o profissional tenha compaixão e uma compreensão clara dos muitos fatores em jogo. Somente se houver compreensão compassiva será possível acessar o íntimo dessas pessoas quando buscarem suporte profissional para o tratamento da ansiedade. 

Claro, o tratamento profissional é essencial. É difícil lidar com essa situação sozinho. A ansiedade, em qualquer pessoa, pode causar problemas significativos, tanto para a saúde física quanto mental. Se não for abordada e tratada, esse quadro provavelmente não melhorará. Os cuidados profissionais de saúde mental são, portanto, essenciais para aprender a lidar, gerenciar e reduzir a ansiedade. Estou dizendo, assim, que o principal componente de um plano de recuperação psicológica frente a um transtorno de ansiedade é a psicoterapia, com um psicólogo experimentado e que saiba ajudar os pacientes a falarem sobre seus sentimentos e também estimular práticas para o controle da ansiedade. A ansiedade é, de fato, um problema de saúde mental comum, mas é grave. Prá melhorar, é necessário encarar os próprios demônios!!

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CONSTRUINDO UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL

Demorei um pouco para publicar um novo artigo pois estava, com muito zelo, preparando esse que hoje estou divulgando. Vamos falar de relacionamentos amorosos, um assunto para você que está querendo manter um novo relacionamento romântico bem positivo ou consertar o que não está bom. Esse artigo pretende dar subsídios que possam ajudar os membros de um casal a se sentirem amados e mutuamente conectados.

Está mais do que comprovado que os relacionamentos românticos vivem seus momentos bons e ruins. Todos passam por “altos e baixos” e relacionar-se exige trabalho, comprometimento e vontade para haver uma boa adaptação com o parceiro de vida. Seja um novo relacionamento ou um casal formado há anos, há etapas que, cumpridas, tornam as chances para a construção de um relacionamento saudável bastante elevadas. Mesmo que você tenha vivido muitos relacionamentos fracassados ou tenha lutado para reacender o fogo do romance no idílio atual, sempre é possível encontrar maneiras de se manter conectados, encontrar satisfação e desfrutar de uma felicidade duradoura.

Cada relacionamento é único, sendo que as pessoas se unem por muitos motivos diferentes. Parte do que define uma saudável convivência é compartilhar um objetivo comum – o que você deseja que o relacionamento seja e para onde deseja ir? Bem, isso só é possível saber através de uma conversa profunda e honesta com seu “tesouro afetivo”. Todavia, existem algumas características que a maioria das relações sadias possuem e conhecer esses princípios básicos pode, de fato, ajudar a manter um relacionamento com significado, gratificação e bem emocionante, quaisquer que sejam os objetivos pelos quais o casal busca alcançar ou os desafios que estão enfrentando juntos.

Certamente você mantém uma conexão emocional significativa com seu parceiro e cada parte do casal faz o outro se sentir amado e emocionalmente realizado. Observe que há uma diferença entre “ser amado” e “se sentir amado”. Quando alguém se sente amado, também se sente aceito e valorizado pelo seu companheiro, como se alguém realmente o entendesse. Alguns envolvimentos ficam presos à coexistência pacífica, porém sem que os parceiros efetivamente se relacionem com intensidade emocional. Quer dizer, embora a união possa parecer estável, a falta de envolvimento contínuo e conexão emocional estão servindo apenas para aumentar a distância entre essas pessoas.

Outro aspecto de uma relação é não ter medo de haver um respeitoso desacordo. Alguns casais conversam baixinho, enquanto outros levantam a voz e discordam veementemente. Penso, sobre isso, que a chave para uma boa interação é não ter medo dos conflitos. Os amantes precisam se sentir seguros para expressarem o que incomoda sem medo de retaliação, além de serem capazes de resolver conflitos sem humilhação, degradação ou insistência em estarem certos.

Reflita, igualmente, sobre os relacionamentos e interesses externos. Apesar das alegações da ficção romântica ou filmes, ninguém pode atender a todas as suas necessidades. Na verdade, esperar demais de seu parceiro pode colocar uma pressão doentia num relacionamento. Para estimular e enriquecer o relacionamento romântico, é importante manter a própria identidade fora do relacionamento, preservar as conexões com familiares e amigos e manter os hobbies e interesses.

Você se comunica aberta e honestamente com seu cônjuge, seu namorado ou “ficante”? Uma boa comunicação é fundamental para qualquer relacionamento! Esclarecendo, quando ambos sabem o que desejam do relacionamento e se sentem à vontade para expressar suas necessidades, medos e desejos, há um aumento da confiança e fortalecimento do vínculo no casal. Claro que estar apaixonado contribui bastante, mas, ainda assim, vamos refletir sobre “apaixonar-se versus permanecer apaixonado”. Para a maioria das pessoas, apaixonar-se geralmente parece simplesmente acontecer, sendo que permanecer apaixonado – ou preservar aquela experiência de “apaixonar-se” – requer comprometimento e trabalho. Considerando as recompensas, vale a pena o esforço nesse sentido; um relacionamento romântico saudável e seguro serve como uma fonte contínua de apoio e felicidade em sua vida - nos bons e nos maus momentos - fortalecendo todos os aspectos do seu bem-estar. Ao tomar medidas para preservar ou reacender a experiência de apaixonar-se, uma pessoa pode construir um relacionamento significativo que pode durar por toda a vida. Muitos casais se concentram em seu relacionamento apenas quando há problemas específicos e inevitáveis ​​a serem superados. Depois que os problemas são resolvidos, eles geralmente voltam a atenção para suas carreiras, filhos ou outros interesses. No entanto, os relacionamentos românticos exigem atenção e comprometimento contínuos para que o amor floresça. Enquanto a saúde de um relacionamento romântico for importante para você, isso exigirá sua atenção e esforço. E identificar e corrigir um pequeno problema muitas vezes pode ajudar a evitar que ele se transforme num problema muito maior no futuro.

Espero que esse “preâmbulo” sirva para motivar o leitor a considerar as sugestões que seguem. Tenho certeza que elas podem ajudar a preservar a experiência do “apaixonar” e manter o atual relacionamento romântico continuadamente saudável!

1 - Passe um tempo “de boa qualidade” frente a frente: A paixão se instala ao olharmos e ouvirmos um ao outro. Se você continuar a olhar e ouvir com a mesma atenção, conseguirá sustentar a experiência de se apaixonar a longo prazo. Provavelmente você tem boas lembranças de quando estava namorando seu ente querido: tudo parecia novo e empolgante e, presumivelmente, ficou horas conversando ou inventando coisas novas e empolgantes para experimentar. No entanto, com o passar do tempo, as demandas do trabalho, família, outras obrigações e a necessidade que todos contamos de ter um tempo para nós mesmos podem tornar mais difícil encontrar as oportunidades para o casal ficar junto. Muitos descobrem que o contato face-face dos primeiros dias de namoro é gradualmente substituído por textos apressados, mensagens instantâneas e e-mails. Mesmo sendo a comunicação digital algo ótimo para muitos propósitos, ela não afeta positivamente o cérebro e o sistema nervoso tal como a comunicação face-a-face. Enviar um texto ou uma mensagem de voz para o seu parceiro dizendo “eu te amo” é ótimo, mas se você raramente olhar para ele ou tiver tempo para sentar-se com seu amado, ele poderá pensar que você não o entende ou não o aprecia – assim, vão ficando mais distanciados ou desconectados como casal! As pistas emocionais que os dois precisam para se sentirem amados só podem ser transmitidas pessoalmente, então não importa o quão ocupada a vida fique, é importante e imprescindível arranjar tempo para ficarem juntos. Isto posto, comprometa-se a passar algum tempo de qualidade juntos frequentemente; não importa o quão ocupado estejam, reservem alguns minutos todos os dias (deixando de lado os dispositivos eletrônicos, parando de pensar em outras coisas) e verdadeiramente se concentrem e se conectem entre si; encontrem algo que vocês gostem de fazer juntos, seja um hobby compartilhado, uma aula de dança, uma caminhada diária ou uma xícara de café ou chá em algum momento do dia; tente algo novo juntos visto que fazer isso pode ser uma maneira divertida de se conectar e manter as coisas bem interessantes. Acredite que isso pode ser tão simples quanto experimentar um novo restaurante ou fazer uma viagem de um dia a um lugar onde você nunca esteve antes. Praticamente estou me referindo a concentrar-se em se divertir juntos; os casais costumam ser mais divertidos e brincalhões nos estágios iniciais de um relacionamento, apesar disso, essa atitude lúdica, às vezes, é esquecida principalmente quando os desafios da vida começam a atrapalhar ou velhos ressentimentos principiam um certo acúmulo. Manter o senso de humor pode realmente ajudá-lo a superar os momentos difíceis, reduzir o estresse e resolver os problemas com mais facilidade. Pense em maneiras lúdicas de surpreender seu parceiro como trazer flores para casa ou reservar inesperadamente uma mesa no restaurante favorito. Brincar com animais de estimação ou crianças pequenas também pode ajudá-lo a se reconectar com seu lado brincalhão. Poucos tem consciência de que uma das maneiras mais poderosas de se manter próximo e conectado é focar em algo que ambos valorizam fora do relacionamento diário: o voluntariado para uma causa, projeto ou trabalho comunitário que tenha significado para vocês dois pode manter um relacionamento novo e interessante. Trata-se de algo que pode expô-los a novas pessoas e ideias, oferecer a chance de enfrentar novos desafios juntos e indicar novas maneiras de interagir um com o outro. Sobre isso, creio que além de ajudar a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão, fazer coisas para beneficiar os outros proporciona um imenso prazer. Os seres humanos são compassivos e “programados” para ajudar os outros. Quanto mais você ajudar, mais feliz se sentirá — como indivíduos e como casal.

2 - Mantenha-se conectado por meio de uma boa comunicação: Isso é parte fundamental de uma história amorosa positiva. Quando você experimenta uma conexão emocional com essa qualidade com seu parceiro, você se sente seguro e feliz. Quando as pessoas param de se comunicar bem, deixam de se relacionar bem, e momentos de mudança ou estresse podem realmente trazer à tona a desconexão. Pode parecer simplista, mas uma pessoa enquanto estiver se comunicando, geralmente poderá resolver quaisquer problemas que enfrentar. Diga ao seu parceiro o que você precisa - não o faça adivinhar - mesmo que nem sempre seja fácil falar sobre o que lhe faz falta. Por um lado, muitos não gastam tempo suficiente pensando sobre o que é verdadeiramente importante para numa união. E mesmo que saiba o que precisa, falar sobre isso pode fazer você se sentir vulnerável, constrangido ou até envergonhado. Mas olhe para isso do ponto de vista do seu parceiro: proporcionar conforto e compreensão a alguém que se ama é um prazer e não um fardo. Se vocês se conhecem há algum tempo, pode supor que seu parceiro tem uma boa ideia do que você está pensando e do que precisa. Mas, atenção - o seu parceiro não é um leitor de mentes! Mesmo que ele tenha alguma ideia, é muito mais saudável expressar suas necessidades diretamente para evitar qualquer confusão. Além do mais, as pessoas mudam e o que você precisava e queria há cinco anos, por exemplo, pode ser muito diferente agora. Então, em vez de deixar o ressentimento, mal-entendido ou raiva crescer quando seu parceiro erra seguidamente, adquira o hábito de dizer-lhe exatamente o que você necessita. Ademais, falando ainda sobre comunicação positiva, sempre é bom anotar as dicas não-verbais do seu companheiro - grande parte da nossa comunicação é transmitida pelo que não dizemos. Sinais não-verbais (que incluem contato visual, tom de voz, postura e gestos como inclinar-se para a frente, cruzar os braços ou tocar a mão de alguém) comunicam muito mais do que palavras. Quando você puder captar as dicas não-verbais ou a “linguagem corporal” de sua “cara metade”, poderá afirmar como ele realmente se sente e responder de acordo. Para que um relacionamento funcione bem, cada pessoa precisa entender suas próprias pistas não-verbais e as de seu parceiro. As respostas dele podem ser diferentes das suas; por exemplo, uma pessoa pode achar um abraço depois de um dia estressante um modo de comunicação amoroso - enquanto outra pode apenas querer dar um passeio juntos ou sentar-se e conversar. Também é importante certificar-se de que o que você diz corresponde à sua linguagem corporal. Se você disser "estou bem", mas cerrar os dentes e desviar o olhar, seu corpo estará sinalizando claramente que você pode estar tudo, menos "bem". Quando você sente sinais emocionais positivos de seu parceiro, você se sente amado e feliz; quando você envia sinais emocionais positivos, seu parceiro sente o mesmo. Quando você para de se interessar pelas suas próprias emoções ou pelas emoções do seu companheiro, estará prejudicando a conexão entre vocês e, ademais, sua capacidade de se comunicar será invalidada, em especial nos momentos estressantes. Para mais, creio que vale recomentar que seja, também, um bom ouvinte. Embora em nossa sociedade uma grande ênfase seja colocada na fala, se você aprender a ouvir de uma maneira que faça a outra pessoa se sentir valorizada e compreendida, poderá construir uma conexão mais profunda e forte. Há uma grande diferença entre ouvir dessa maneira e simplesmente ouvir. Quando você efetivamente ouvir — quando estiver envolvido com o que está sendo dito — será capaz de ouvir as entonações sutis na voz de seu parceiro que lhe diz como ele realmente está se sentindo e as emoções que está tentando comunicar. Ser um bom ouvinte não significa que tenha que concordar com tudo que seu parceiro diz ou mudar de ideia, entretanto, o ajudará a encontrar pontos de vista comuns que podem ajudar na resolução de conflitos. Falando em estresse, gerencie-o! Estando estressado ou emocionalmente sobrecarregado, é mais provável que você deduza equivocadamente o seu parceiro romântico ou que envie sinais não-verbais confusos ou desconcertantes ou caia em padrões de comportamento instintivos doentios. Quantas vezes você ficou estressado e perdeu o controle com seu ente querido e acabou dizendo (ou fazendo) algo de que se arrependeu mais tarde? Se você aprender a controlar rapidamente o estresse e retornar a um estado calmo, não apenas evitará tais arrependimentos, mas também ajudará a evitar conflitos e mal-entendidos - e até mesmo ajudará a acalmar seu parceiro quando os ânimos aumentarem.

3 - Mantenha ativa a intimidade física: O toque é uma parte fundamental da existência humana. Vários estudos mostram a importância do contato regular e afetuoso para o desenvolvimento do cérebro e felicidade de um casal. O contato afetuoso aumenta os níveis de oxitocina no corpo, um hormônio que influencia o vínculo e o apego, se bem que embora o sexo seja frequentemente a pedra angular de um relacionamento bem engajado, não deve ser o único método de intimidade física. O toque frequente e afetuoso — dar as mãos, abraçar, beijar — é igualmente importante. Claro, é importante ser sensível ao que seu parceiro gosta pois toques indesejados ou aberturas inadequadas podem deixar a outra pessoa tensa e recuar, exatamente o que não se deseja. Tal como acontece com tantos outros aspectos de um vínculo saudável, isso pode se resumir a quão bem você comunica suas necessidades e intenções ao seu parceiro. Mesmo se você tiver cargas de trabalho urgentes ou filhos pequenos com que se preocupar, ainda assim poderá manter viva a intimidade física reservando algum tempo regular para o casal, seja na forma de um encontro noturno ou simplesmente num momento ao final do dia, quando vocês puderem se sentar e conversar ou, simplesmente, dar as mãos.

4 - Aprenda a dar e a receber em seu relacionamento: Se você espera conseguir 100% do que deseja em seu relacionamento, prepare-se para uma decepção. Relações saudáveis ​​são construídas com base em compromissos, no entanto, é preciso trabalho por parte de cada um para garantir que haja uma troca razoável. Reconheça o que é importante para o seu parceiro pois saber o que é importante para ele ajuda muito a edificar boa vontade e uma atmosfera de compromisso. Por outro lado, também é importante que seu parceiro reconheça seus desejos e que você se manifeste claramente. Apenas dar / ceder continuamente aos outros às custas de suas próprias necessidades só aumentará o ressentimento e a raiva. Mas não queira “vencer” todo o tempo! Se você abordar seu parceiro com a atitude de que as coisas devem ser do seu jeito, então será difícil chegar a um acordo. Às vezes, essas atitudes surgem porque suas necessidades não foram atendidas quando mais jovem ou por conta de anos de ressentimento acumulado, o que deixa a relação em ponto de ebulição. Tudo bem ter fortes convicções sobre algo, mas seu parceiro também merece ser ouvido, logo seja respeitoso com a outra pessoa e seu ponto de vista. Aprenda a resolver conflitos respeitosamente e considere que o conflito é inevitável em qualquer relacionamento; para manter um relacionamento forte, ambas as pessoas precisam sentir que foram ouvidas. O objetivo não é ganhar, e sim manter e fortalecer o relacionamento. Certifique-se de estar lutando de forma justa mantendo o foco no problema em questão e respeitando o outro nem inicie discussões sobre coisas que não podem ser mudadas. Com esse mesmo espírito, evite atacar alguém diretamente – ao invés disso, use o pronome “eu” para comunicar como você se sente. Por exemplo, em vez de dizer: “Você me faz sentir mal”, tente falar: “Eu me sinto mal quando você faz isso”. Além disso, não utilize argumentos antigos para o assunto atual; em vez de olhar para conflitos ou ressentimentos do passado e atribuir culpas, concentre-se no que é possível ser feito aqui e agora para resolver o problema. Com certeza, esteja disposto a perdoar. Você sabia que é impossível resolver conflitos se você não quiser ou não conseguir perdoar os outros? E, se os ânimos esquentarem, faça uma pausa e reserve alguns minutos para aliviar o estresse e se acalmar antes de dizer ou fazer algo do qual se arrependerá. Lembre-se sempre que você está discutindo com a pessoa que ama, logo, saiba quando deixar silenciar e não dar importância a algum tema.  Se você não pode chegar a um acordo, concorde com a discordância do seu parceiro. São necessárias duas pessoas para manter uma discussão e, caso o conflito não os leve a lugar nenhum, vocês podem optar por se desvencilharem e seguir em frente.

5 - Esteja preparado para os “altos e baixos”: É importante reconhecer que há “altos e baixos” em todos os relacionamentos. Você não estará sempre na mesma página - às vezes, um parceiro pode estar lutando com um problema que o estressa, como a morte de um familiar próximo. Outros eventos, como a perda de emprego ou problemas graves de saúde, podem afetar a ambos e dificultar o entrosamento entre os dois. Você pode ter uma ideia sobre como administrar as finanças ou criar os filhos e seu parceiro pensar de modo bem diferente, e pessoas diferentes lidam com o estresse de modo oposto, e, assim, mal-entendidos rapidamente se transformam em frustração e raiva. Não desconte seus problemas no seu parceiro – antes disso, lembre-se que o estresse pode nos deixar de temperamento curto. Se você está lidando com muitas tensões, pode ser mais fácil desabafar com seu parceiro. Brigar deve parecer ser, inicialmente, uma libertação, mas lentamente envenena sua afinidade com o outro. Encontre outras maneiras saudáveis ​​de gerenciar seu estresse, raiva e frustração visto que forçar uma solução pode causar ainda mais problemas. Cada pessoa lida com problemas e questões à sua maneira. Lembre-se de que vocês são uma equipe, portanto, avançar juntos pode ajudá-los a superar os pontos difíceis. Olhe para trás, para os estágios iniciais de seu relacionamento. Compartilhe os momentos que serviram para unir vocês, examine o ponto em que começaram a se separar e resolvam como devem trabalhar juntos para reacender a experiência de se apaixonar. Esteja aberto a mudanças – ela é inevitável e acontecerá, quer você aceite ou lute contra ela. Considere obviamente que a flexibilidade é essencial para se adaptar às mudanças que sempre ocorrem em qualquer relacionamento e permite que vocês cresçam juntos nos bons e nos maus momentos.

Se você precisar de ajuda profissional para si mesmo ou para o casal, entre em contato! Às vezes, os problemas num relacionamento podem parecer muito complexos ou opressores para que sejam resolvidos exclusivamente pelo casal. A psicoterapia individual, por sua vez, pode dar o suporte necessário para a pessoa entender os conflitos, resolvê-los e prestar orientações no ambiente familiar.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

NÃO CONSIGO INICIAR OU MANTER UM RELACIONAMENTO AMOROSO

Muitas pessoas recorrem à ajuda psicológica por estarem frustradas com seus relacionamentos ou porque tiveram vários e sucessivos relacionamentos ruins ou simplesmente porque tem dificuldades para encontrar alguém! Se você está se perguntando por que não consegue encontrar a sua alma gêmea, você não está sozinho. Realmente muitos são aqueles que almejam encontrar o amor de suas vidas, a pessoa que preencherá o coração e que, no entanto, estão desapontados e deprimidos pois não conseguem construir um relacionamento estável sem saber como isso ocorre nem o porquê!

Por certo, recorrer a um psicólogo pode contribuir para reverter essa situação posto que as circunstâncias de cada pessoa são únicas e qualquer coisa (desde traumas de infância não resolvidos até a maneira como ocupa o seu dia-a-dia) pode estar prejudicando alcançar esse objetivo. Pode ter experimentado aplicativos de namoro, conhecer pessoas à moda antiga ou até mesmo ser apresentado a outros a partir de situações preparadas pelos amigos e familiares mas, ainda assim e apesar de todos os seus esforços, a pergunta persiste: “Por que estou solteiro? Como isso é possível?” Como psicoterapeuta, vi isso várias vezes e sei que há certas atitudes e comportamentos muito comuns que as pessoas fazem e que as impedem de encontrar e manter conexões reais e duradouras. A pessoa não percebe o que está sabotando sua vida amorosa, mas o primeiro passo para uma mudança positiva é reconhecer o que está fazendo de inapropriado, assumir a responsabilidade e mudar seus hábitos.

Infelizmente, não existe uma fórmula mágica para encontrar a “cara-metade” nem um  artigo vai resolver todos esses problemas, pois é preciso que se faça as mudanças necessárias continuamente, além de repensar a concepção do que seja um “date”, isto é, um encontro com alguém. Isso é alcançado através da psicoterapia, um processo que leva ao encontro consigo mesmo, com o seu ser profundo. A terapia responde a uma busca pelo Eu, por significado e consciência, o que ajuda a pessoa a conhecer-se melhor, reencontrar-se, libertar-se, amar-se melhor e realizar todas as potencialidades do seu ser. A psicoterapia visa tratar o mal-estar que todo mundo pode sofrer em algum dia na vida e que, dependendo da pessoa e das circunstâncias, pode se manifestar no domínio psicológico, existencial, afetivo, sexual, relacional ou social.

Aos que treinam para melhorar a aparência física para impressionar e atrair os outros, devo dizer que é preciso mais do que um corpo, um carro bacana ou um bom saldo bancário para conseguir despertar o interesse de outra pessoa e ter, com ela, um envolvimento duradouro. As mulheres e os homens contemporâneos querem relacionamentos genuínos, com quem possam compartilhar os fardos e as alegrias da vida - uma verdadeira alma gêmea. Embora abdominais e condição financeira sejam bons, o fato é que os interesses de vida, princípios e valores pessoais importam muito. É por conta disso que as conexões ocorrem e se tornam fortes e duradouras. A sensibilidade, inteligência, sagacidade e bondade são pontos que agradam imensamente a homens e mulheres quando a meta é conquistar o outro.

Um dos pontos bons da psicoterapia é a recuperação ou desenvolvimento da autoconfiança e da autoestima, importantes por desempenharem um papel vital quando se trata de amor. Infelizmente há pessoas que não conseguem encontrar o amor porque não acreditam que são dignas de tê-lo. Esses tipos de crenças geralmente têm raízes que remontam à infância e podem ter um grande impacto em nossas vidas e são resolvidas com o processo psicoterápico.

Há os que recorrem a livros de autoajuda, os quais são úteis em certos casos, mas que, em sua maioria, sugerem soluções sem o devido conhecimento da personalidade do leitor. É comum que os autores de livros de autoajuda sugiram truques para os relacionamentos, contudo, esses truques podem ser um problema se a intenção for a de manter relacionamentos ao longo do tempo. Também parece importante ressaltar que, muitas vezes, o leitor tende a ficar muito ansioso com a aplicação destes recursos. 

O comentário que costumo fazer para os clientes com dificuldade para encontrar a “alma gêmea” é que conhecer alguém não deve ser a prioridade: eles devem concentrar-se em si mesmos antes de tudo - isso os ajudará a recuperar a serenidade e a se sentirem melhores. Conhecer alguém não sendo mais a prioridade, faz com que o indivíduo fique menos estressado e isso ajudará a desbloquear a situação.

Mas, afinal, o que fazer para conhecer alguém?

Bem, em primeiro lugar, deve parar de procurar desesperadamente. A coisa mais importante para conhecer alguém é não “forçar as coisas” tentando encontrar namorados em cada esquina. Muita gente comete o erro de encontrar-se com pessoas sem usar qualquer filtro. Se o desejo de encontrar alguém for muito intenso, pode haver uma tendência a se envolver em trocas com o primeiro a chegar, correndo o risco de mais um fracasso.

O indivíduo deve concentrar-se nos critérios fundamentais para ele, sejam físicos, morais ou de personalidade; É bom ser equilibrado: nem muito seletivo nem muito negligente pois ter muitos critérios eliminará muitas pessoas. Por outro lado, poucos critérios levarão à decepção, já que todos temos pré-requisitos para construir um relacionamento saudável.

A autenticidade é fundamental, então, deve agir sem fingimentos, senso “você mesmo”. Todos querem causar uma boa impressão no primeiro encontro, e se esforçam para fazerem o melhor e não revelar os próprios defeitos. Isso é normal, mas muitos tendem a seguir em frente mascarados emocionalmente, projetando uma imagem que não é real, e sim um "eu ideal". Essas pessoas inclinam-se a adoçar os cenários, até mesmo a mentir, dizendo que gostam de coisas não sendo verdadeiras ou agindo de uma forma que lhes é estranha na realidade. Obviamente, isso é desnecessário. Quer dizer, o sujeito pode ter um primeiro encontro incrível, iniciar o relacionamento, mas chegará um momento em que não poderá mais esconder sua verdadeira personalidade. Por exemplo, não se pode fingir interesse pelo futebol a vida toda se não for um fã desse esporte, assim como não se pode fingir serenidade sendo, na verdade, muito ciumento. Nessas condições, o relacionamento é colocado em risco, com reais chances de machucar a si mesmo e à outra pessoa, além de desperdiçar o tempo de ambos.

A esta altura, você deve ter percebido e compreendido a importância de se trabalhar as próprias dificuldades. Sim, é possível trabalhar nossas falhas ou características que não gostamos por meio do desenvolvimento pessoal; você pode fazer isso sozinho ou com um psicólogo numa psicoterapia, o que é mais recomendado pelo fato de estar contando com o suporte de um especialista. Muitos tópicos são abordados na terapia para promover a melhoria pessoal, tais como, ciúme, baixa autoestima (para valorizar a si mesmo de forma honesta e sem autopunição), timidez (para melhorar as habilidades sociais desafiando a si mesmo), agressividade (para aprender a deixar a agressividade e parar de ficar na defensiva bem como ser mais receptivo aos outros), impulsividade (ao invés de dizer o que pensa sem filtro, aprender a controlar-se e a ser sincero sem cometer “sincericídio”), e muitos outros tópicos. Trabalhando suas fraquezas, não apenas você terá mais facilidade em conhecer alguém, como também se sentirá mais sintonizado consigo mesmo, livre de conflitos internos.

É uma espécie de autocrítica supervisionada, com a detecção dos erros que você costuma cometer quando está num relacionamento, ou seja, olhar para trás para avaliar seus relacionamentos anteriores e valorizá-los. Onde você pode ter errado para não errar novamente? Será que sempre se sente muito apaixonado? Ou, ao contrário, você segue seu caminho como se fosse um solteiro convicto? Às vezes, você pode exigir demais da outra pessoa sem, por sua vez, trabalhar em seus próprios defeitos quando o outro pediu. Você também pode estar querendo viver um relacionamento sem ter que desistir de nada nem de ninguém!! Enfim, tanto os excessos quanto as falhas são problemáticos, sendo importante encontrar o seu equilíbrio e não querer mudar nem o outro nem a si mesmo por completo.

É evidente que você deve respeitar e valorizar as pessoas que conhece. Algumas vezes pode ser rude, especialmente se sofreu em relacionamentos anteriores e construiu uma “casca” ou “couraça” para se proteger. Uma experiência ruim do passado não é culpa de quem você está conhecendo e ela não precisa sofrer, pense bem. Você pode diminuir ou mesmo dissolver essa “casca” e curar suas feridas do passado, com o cuidado de não fazer alguém que não merece pagar por isso. Não se revelar ou fazer mal por medo de sofrer pode causar o fracasso de um relacionamento. Sim, é bom contar com a psicoterapia...

Além disso, há pessoas procuram a terapia porque, embora apaixonadas, não sabem demonstrar esse amor acabando por menosprezar o outro conscientemente para esconder seus sentimentos. Claro que sendo assim, vai acabar sozinha porque aquela pessoa que valia a pena não suportará por muito tempo esse comportamento. Outros não valorizam suficientemente o parceiro, o amor ou o esforço oferecido, fazendo com que e parceiro se canse de dar sem receber nada em troca. É normal não se revelar completamente num primeiro encontro e ser cauteloso, mas apenas até certo ponto. Tente se revelar pouco a pouco e veja o que acontece.

Como dissemos acima, não existe receita milagrosa para encontrar o amor. Na verdade, não é tão fácil quanto parece e pode ser explicado de forma simples: somos como figurinhas de cera, com nossa forma se moldando, ao longo dos anos, nossos encontros e nossas pessoas de referência. Na idade adulta, esta forma é finalizada e solidificada. Quando encontramos alguém, nossas duas estatuetas devem ser capazes de se moldar uma à outra. É uma tarefa complexa, porque é uma questão de encaixar o máximo de cavidades e relevos possíveis de forma coerente e sem que nenhum dos protagonistas mude muito a sua forma inicial. Em todo o caso, se sentir que a situação o está pesando, não hesite em contatar um profissional de psicologia para ajudá-lo a resolver a situação.

Como conclusão, gostaria de comentar que está cada vez mais fácil fazer psicoterapia. O atendimento online, por exemplo, acrescentou muitas facilidades como não ter que se deslocar e enfrentar congestionamentos ou transportes públicos muito cheios, a possibilidade de fazer o tratamento no conforto de lar, uma maior flexibilidade de horários, poder escolher um terapeuta estando numa cidade ou país distante e muito outras facilidades.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
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