Aqueles que têm uma personalidade masoquista acreditam que só eles são
os culpados pelos problemas, não apenas os problemas que
surgem no ambiente dessa pessoa, mas também com aqueles com os quais ela não tem
absolutamente nada a ver!!!
Certamente você também já passou por uma situação em que uma pessoa
deixa a outra entender que alguém é culpado por alguma coisa. Nesse
momento, as pessoas masoquistas pensam imediatamente em si mesmas, embora não
sejam diretamente culpadas. O fato é que quando uma pessoa tem
uma personalidade masoquista, ela sempre se sente culpada, cria situações
nas quais ela é inevitavelmente a culpada, ou seja, essa pessoa está realmente
procurando o sofrimento e acredita que o merece, mesmo quando isso não é
verdade.
Você pode estar se perguntando se você, ou alguém próximo a você, tem
uma personalidade masoquista. Não é exatamente fácil identificá-las, mas,
com certeza, sabemos que os masoquistas carregam um forte sentimento de
culpa e que, às vezes, outros se aproveitam disso para culpá-los injustamente
por algo. Relacionei, abaixo, algumas características das pessoas masoquistas,
isto é, os seus traços típicos, que você pode (espero que não) reconhecer em si
mesmo ou nos outros:
- Você trabalha até a exaustão sendo abusivo consigo mesmo, pois se esforça para ir além de seus limites.
- Você se sente humilhado por dentro (mesmo sendo igual a todos!!) e nunca toma medidas para mostrar aos outros como você realmente se sente.
- Você, muitas vezes, se sente atraído por relacionamentos abusivos, nos quais continua a ser humilhado e envergonhado. Suportar essa dor - e não mostrar que dói - é a maneira masoquista de manter algum sentimento de orgulho de si mesmo.
- Você se sente mal-amado no mundo: sempre teve que trabalhar um pouco mais para ser aceito pelas pessoas ao seu redor, mas isso nunca é suficiente.
- Seu Crítico Interno ataca tudo o que você faz, levando-o a extremos para provar seu valor, ou seja, você se sacrifica para se sentir necessário.
- Você acha impossível dizer “não” ou se afirmar. Em vez disso, tenta agradar, mesmo estando ressentido por dentro.
- Você reclama de falta de sorte na vida, mas nunca faz nada a respeito, recusando até mesmo tentativas dos outros em ajudá-lo. Nesse sentido, as ações positivas de amigos, colegas e parentes são desconsideradas em vez de aproveitá-las.
- Quando você está indo bem e está prestes a conseguir um bom resultado, se sabota, isto é, bloqueia-se e age para que o que está fazendo não acabe bem.
- Você, inconscientemente ou não, busca o próprio sofrimento - o sentimento de dor e o insucesso sempre compõem o papel de vítima. Contudo, ao mesmo tempo, tem medo de que as coisas tenham sempre um final trágico.
- Você se culpa por tudo e pensa o tempo todo: "a culpa é minha, eu mereço o castigo".
- Você se sente preso a ciclos intermináveis de autodestruição. Acredita que é impossível desfrutar do prazer sem a culpa ou vergonha que lhe acompanha. Você se sente sem esperança sobre o futuro.
E como
ajudar a si mesmo, se você tiver traços de uma personalidade masoquista? Seguem
algumas sugestões:
- Procure um psicoterapeuta: A psicoterapia pode ajudá-lo a entender a história do seu passado a qual pode incluir elementos autodestrutivos. Através da consciência sobre o seu passado, você pode começar a fazer escolhas conscientes no seu presente, adquirindo cada vez mais consciência de seus gatilhos.
- Cuide da sua ansiedade: Pode ser assustador quando você começa a fazer mudanças em sua vida. Depois de uma vida sem correr riscos, é capaz da ansiedade surgir quando você começa a fazer algo por si próprio. Um psicólogo certamente lhe ajudará com estratégias para conter a sua ansiedade, além de oferecer um espaço seguro onde você não será punido por falar a verdade.
- Enfrente seu Crítico Interior: O que ele quer? Quando é acionado? De quem é a voz? Compreender o seu Crítico Interior pode ser o primeiro passo para gerenciá-lo e impedir que ele arruíne sua vida.
- Assuma a responsabilidade pessoal: Você pode assumir o controle de suas emoções, sentimentos e ações sem culpar outras pessoas por eles. Isso inclui entrar em contato com sua raiva sobre o que lhe aconteceu quando criança e encontrar maneiras construtivas de expressá-la. Mais uma vez, seu psicoterapeuta pode ajudá-lo a encontrar um caminho.
- Chore pelo que viveu: Você pode se sentir triste pelo amor dos pais que não lhe foi o bastante em sua infância. Trabalhar as feridas da infância e permitir que elas se curem é um trabalho incrivelmente doloroso, porém, com o apoio terapêutico, lamentar seu passado pode libertá-lo para viver uma vida de sua própria escolha.
Creio
que você não está feliz assim, está? Em algum momento, você será
apenas um monte de tristezas que não desejará mais ser e ninguém mais vai
pensar em você. À medida que se apega ao seu sofrimento, os outros se
aproveitarão para aumentá-lo. Se você não for o único preocupado com sua
própria felicidade e bem-estar, ninguém mais o será, logo, deve cuidar de si
mesmo e perceber que nunca será feliz num papel de mártir. Pense em você por um
momento. Seja um pouco egoísta, pensando em si mesmo, e verá que se
sentirá melhor e até perceberá a realidade que você mesmo criou.
Você
não é uma pessoa ruim. Quando sofre, se submete, dá tudo de si, por que se sentir culpado? Liberte-se dessa culpa que está ancorada tão profundamente
dentro de você e assuma que você, e mais ninguém, é o único responsável por
esse sentimento de culpa e por permitir que isso aconteça.
Todos
nós buscamos a felicidade, incluindo você. Sempre haverá momentos em que sentiremos
tristeza, mas isso não acontece todos os dias! Como disse, seja um pouco
egoísta de vez em quando, não se esqueça de si mesmo e seja uma pessoa
autoconfiante. Você não pode se culpar por tudo, pensar que é uma pessoa má se
não der tudo o que tem aos outros. Você é valioso e tem que pensar em si mesmo
também! Você caminha nesta terra para ser feliz e não para sofrer.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
- Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
- Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
- Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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