O que é uma doença psicossomática?

Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
PAULO CESAR T. RIBEIRO - Psicólogo de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Formado na Univ. de Guarulhos, especializado na área clínica, com certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), extensão e certificação em Filosofia e Meditação (PUCRS), pós graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUC RS) e com diversos cursos de aperfeiçoamento e atualização.
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O que é uma doença psicossomática?
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
Pontos básicos:
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De
modo geral, o preconceito é uma combinação de pensamento estereotipado,
sentimentos negativos e de ódio, e ações discriminatórias direcionadas a
indivíduos ou grupos de indivíduos que são considerados inerentemente
inferiores, socialmente desviantes e merecedores de um status menor
na sociedade. Embora todos os humanos sejam suscetíveis a estereótipos e
preconceitos sobre outros grupos, o racismo se torna um problema sério quando
um grupo, ou membros desse grupo, têm a capacidade de agir de acordo com essas
visões e o valor que atribuem aos outros.
A
vivência de discriminação racial pode criar um estado de vigilância contínua,
resultando em um sofrimento emocional prolongado. É comum que indivíduos que
enfrentam o racismo experimentem sentimentos de inferioridade, angústia,
traumas, desesperança e depressão, o que pode impactar negativamente seu
bem-estar e qualidade de vida. Esses sintomas podem ser somatizados e, na saúde
física se apresentarem como doenças cardiovasculares, úlceras, hipertensão, doenças
inflamatórias, etc. Além disso, é importante considerar o impacto profundo que
isso tem na identidade e na percepção de si mesmo. Muitas vezes, a sociedade
impõe estereótipos e narrativas negativas que podem afetar a confiança e
autoaceitação de forma significativa.
Lamentavelmente,
a crença na democracia racial brasileira vem sendo desconstruída por vários
índices de desigualdade social; ainda que mais de 50% da população do país seja
negra, a produção científica brasileira relativa a racismo e saúde mental não é
significativa. Esse quadro, aliado ao fato de que o racismo pode ser a origem
de doenças psíquicas,
recorrer à psicoterapia
é uma opção.
Como
a Psicoterapia Pode Ajudar?
A
psicoterapia proporciona um ambiente seguro, caracterizado pelo acolhimento,
escuta atenta e suporte emocional para as pessoas que lidam com os desafios que
o racismo impõe. Sendo psicólogo clínico, posso dizer que além de oferecer um
ambiente acolhedor em nossos consultórios, somos pessoas que mostram empatia,
afetividade, consciência social, boa escuta, reconhecimento do impacto do
racismo na saúde
mental, além de paciência, estabilidade emocional, capacidade de análise, discrição,
ética e curiosidade intelectual, típicos do perfil de um psicoterapeuta.
Entre
os principais benefícios da psicoterapia para esses indivíduos, podemos
ressaltar que a psicoterapia:
A psicoterapia se apresenta como um excelente recurso para apoiar pessoas que enfrentam o racismo, permitindo que reinterpretem suas vivências, favorecendo o bem-estar mental, o fortalecimento emocional e o empoderamento pessoal. Ao reconhecer e validar as dores e desafios enfrentados, o psicólogo contribui para a formação de uma identidade positiva, além de proporcionar um enfrentamento mais seguro e confiante diante de situações adversas. Assim, o processo psicoterapêutico não só proporciona alívio para o sofrimento pessoal, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
Além disso, o budismo considera o homem como uma unidade psicossomática,
cujo funcionamento equilibrado é necessário para o bem-estar e saúde mental,
havendo, como sugerido, uma interdependência fundamental entre mente e corpo em
todas as fases de uma doença e na saúde. Ensina o Dhammapada, que “a mente é a
precursora da todos os fenômenos", logo, na perspectiva budista, quando
nos referimos à saúde humana, devemos levar em conta primeiro a saúde mental. Mas,
lembre-se, a saúde mental precisa de cuidados físicos, psicológicos e sociais,
por ser um fenómeno que envolve uma interação entre mente, corpo e ambiente. Quer
dizer, saúde, em geral, resulta de um equilíbrio dinâmico que abrange os
aspectos físicos e psicológicos do homem, bem como as suas interações com o seu
ambiente natural e social. A tarefa da psicoterapia é multidimensional,
exigindo uma abordagem ampla, e isso, no enfoque budista é uma “regra”
indispensável.
Há vários pontos semelhantes na abordagem ocidental e na oriental no que se refere à terapêutica. Citarei alguns:
Creio que escolher atuar também com a psicologia budista deve-se ao fato
do budismo ser uma “filosofia de caráter psicológico”, a qual aponta para um
jeito de conduzir a própria vida evitando o mal, fazendo o bem e purificando a
mente. Isso, obviamente, leva uma pessoa a um estado de paz, sem deixar, porém,
de estar atento à realidade, conscientizando-se dela e aceitando-a tal como ela
é. Tal como nos ensinamentos de Buda, o reconhecimento da existência do
sofrimento é o primeiro passo para, havendo uma correta compreensão dessa
verdade, trabalharmos, paciente e psicoterapeuta, pela diminuição ou cessação
de sua dor, seja emocional, psicológica e, em muitos casos, a dor física.
Um outro bom motivo para ser adepto da psicologia budista está no fato
dela conter a resposta para as pessoas que buscam o sentido da vida, além das
respostas aos diversos problemas psicológicos e sociais, espirituais ou mesmo
místicos dos dias atuais, porém com uma importante característica: a psicologia
budista não propõe soluções baseadas em teorias e especulações, apenas aquelas
que sejam sustentadas pela sabedoria e pelo conhecimento. Isso leva-me, durante
o atendimento psicoterapêutico, a evidenciar ao paciente a importância e
necessidade de se ter uma percepção direta e total da verdade, fazendo-o
entender também que isso só é possível através do esforço próprio, paciência e
inteligência. É importante essa passagem pois, afinal de contas, é o homem quem
traça a rota do seu próprio destino. Nesse ponto, há um encontro com a
Psicologia Humanista e Existencialista que tem entre os seus pressupostos, o
fato de que a cura psicológica é possível estimulando-se o paciente a
autodesenvolver-se, pois todos os homens reúnem em si condições para isso... e
porque, mediante próprio esforço e dedicação, todos tem em suas mãos, a
capacidade de libertarem-se da ignorância e do sofrimento. Em suma, tanto a
psicologia humanista existencialista como a budista pregam que o homem é o seu próprio mestre, capaz de libertar-se dos
condicionamentos e dos apegos - seja a coisas do passado como a nada ainda não
acontecido, conseguindo, assim, viver plenamente o presente e a reconhecer o
mundo e a si próprio tais como são.
Enfim, amigos e clientes, respondendo à questão inicial, sou um budista
psicólogo e não atuo apenas com a psicologia budista, mas reconheço que ela tem
um espaço considerável em meu trabalho pois é sempre um convidar a "vir e
ver", e não vir para crer; com certeza, há muitas oportunidades para,
através dos conceitos propostos pela psicologia budista, convidar os meus
clientes a abrirem os olhos e verem livremente, e não fechá-los, dando ordem a
crer.
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
Para
muitos, o ambiente de trabalho oferece uma estrutura e um propósito que a vida
pessoal parece não conseguir. As regras claras, as hierarquias definidas e as
recompensas tangíveis proporcionam uma sensação de controle e previsibilidade.
Diante das incertezas da vida, o trabalho se torna um refúgio seguro, onde os
objetivos são claros e as conquistas são mensuráveis.
O
workaholic tende a identificar-se fortemente com sua profissão. O
trabalho se torna sua principal fonte de autoestima e realização pessoal e ele frequentemente
pensa sobre trabalho, fica deprimido se não consegue trabalhar quando
espera e não consegue encontrar prazer em atividades não relacionadas à
carreira. Quer dizer, a incapacidade de se desconectar e o medo de ser
substituído são sinais comuns desse comportamento. Essa dependência excessiva
do trabalho pode levar a um isolamento social e a um descuido com outras áreas
da vida, como relacionamentos e saúde. No entanto, devido a perspectivas e
recompensas culturais, como admiração e inveja generalizadas, boa parte
dessas pessoas nessas circunstâncias não consideram seu hábito problemático.
Assim, poucos deles buscam ajuda para seu workaholism. Mas quando estão
à beira do colapso, sentem uma profunda vergonha por não conseguirem
continuar a avançar, temendo decepcionar sua equipe. Eles lutam para se
manterem confiáveis em suas empresas e, mais importante, às pessoas.
Os
workaholics, costumam conceber o mundo de uma forma em preto e branco
onde cada pessoa é apenas trabalhadora ou preguiçosa. Eles também podem “catastrofizar”,
acreditando que erros arruínam reputações. Além disso, tendem a desqualificar
seus traços positivos e realizações de muitas maneiras, geralmente dizendo a si
mesmos que o passado é passado e que o certo é continuar a ganhar seu sustento,
algo bem típico da mentalidade: O que eu fiz ultimamente? São
indivíduos que, normalmente, baseiam sua autoimagem na utilidade e
produtividade; eles não conseguem imaginar apenas serem amados.
Embora
a cultura valorize a dedicação ao trabalho, o “workaholismo” pode ter
consequências negativas para a saúde física e mental. O estresse crônico, a
exaustão e a dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis são alguns
dos problemas enfrentados por esses indivíduos. Além disso, o perfeccionismo e
a busca incessante pela excelência podem levar a um sentimento de insatisfação
constante, pois a meta é sempre algo a ser alcançado. Portanto, as causas do workaholismo
são complexas e podem envolver fatores psicológicos, sociais e culturais. A
busca pela aprovação dos pais, a necessidade de controlar tudo ao redor e a
crença de que o sucesso profissional é a chave para a felicidade são alguns dos
elementos que podem contribuir para o desenvolvimento desse comportamento.
O
tratamento das pessoas que sofrem com o workaholismo envolve um processo
de autoconhecimento e mudança de hábitos. É fundamental que o indivíduo aprenda
a identificar seus pensamentos e crenças disfuncionais, a estabelecer limites e
a encontrar outras fontes de prazer e realização. A psicoterapia pode ser uma
ferramenta eficaz para auxiliar nesse processo.
Enfim, o esse é um problema complexo que exige uma abordagem multifacetada. É importante que a sociedade como um todo reconheça os perigos desse comportamento e promova um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Ao buscar ajuda e adotar hábitos mais saudáveis, os workaholics podem encontrar um caminho para uma vida mais plena e satisfatória.
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
O estupro não só machuca o corpo, mas também afeta a autoestima, a confiança, e o senso de segurança da pessoa no mundo. Sentimentos de vergonha, culpa, medo e muita tristeza intensa são comuns, e muitas vezes, esses sentimentos podem persistir por longos períodos. É nesse momento que a psicoterapia se torna uma ferramenta indispensável.
A psicoterapia oferece um espaço seguro e acolhedor para que as mulheres possam lidar com suas emoções e narrativas traumáticas. Durante as sessões, o terapeuta emprega métodos específicos para ajudar a vítima a:
Para garantir que o processo terapêutico seja efetivo, é fundamental que o
atendimento seja realizado por psicólogos e não com pessoas que adotam linhas
alternativas. Profissionais com essa qualificação estão aptos a gerenciar as
particularidades do trauma, respeitando os limites e o tempo de cada paciente.
Infelizmente, muitas mulheres evitam buscar ajuda psicológica devido ao estigma social e à vergonha. Em sociedades marcadas pelo machismo, ainda há uma tendência a culpar a vítima ou minimizar o impacto do estupro. Esse contexto torna ainda mais urgente a sensibilização sobre a necessidade do acompanhamento psicológico, enfatizando que a vítima nunca é responsável pela violência que sofreu.
A terapia psicológica é uma via de recuperação e fortalecimento para mulheres que sofreram violência sexual. Ela possibilita não só enfrentar os impactos do trauma, como também converter a dor em energia, reconstruindo vidas caracterizadas pela resiliência. É um ato de cuidado consigo mesma e de resistência contra a violência.
Portanto, toda mulher que foi vítima de estupro merece ter acesso a um sistema de apoio psicológico que a ajude a encontrar novamente o equilíbrio e a paz interior. A busca pela psicoterapia é um gesto de coragem e autocuidado que pode transformar vidas.
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
NÃO CAIA EM ARMADILHAS MENTAIS
VEJA COMO DESAFIAR E
REFORMULAR SEUS PENSAMENTOS
Fonte: Revista Forbes
O overthinking é o hábito de pensar demais, analisar excessivamente, remoer ou se preocupar com situações, decisões ou eventos, o que muitas vezes leva a sentimentos de estresse e ansiedade.
Você pode se pegar repassando conversas passadas, pensando em como poderia ter dito algo de forma diferente, ou imaginando cenários futuros que talvez nunca aconteçam.
É fácil criar situações na sua mente que parecem muito maiores do que realmente são, transformando pequenas preocupações em ciclos intermináveis de pensamentos repetitivos.
Ficar remoendo as coisas e pensando “e se…” pode levar a uma ansiedade desnecessária e te prender em um ciclo de pensamentos negativos. É uma armadilha mental que pode ser exaustiva, fazendo até mesmo situações simples tomarem uma proporção muito maior.
Aqui estão duas estratégias simples que você pode usar para se libertar do hábito de pensar demais.
1. Pensamentos intrusivos? Pause e não entre em pânico
Pensamentos intrusivos podem surgir de repente, especialmente quando você está focado em algo importante, como se preparar para uma apresentação ou reunião. Do nada, pode surgir um pensamento: “Vou ser demitido. Não tenho ouvido nada sobre meu desempenho há um tempo.” Isso pode rapidamente se transformar em: “Será que estou indo bem? E se me demitirem amanhã? Tenho dinheiro suficiente guardado?”
Esses pensamentos irracionais, sem nenhuma evidência lógica, podem consumir seu tempo, criando cenários catastróficos e te forçando a lutar contra “demônios” imaginários. Isso pode impactar seu trabalho, produtividade e, em casos mais graves, sua saúde mental e a capacidade de funcionar no dia a dia.
Uma estratégia simples e eficaz é reservar de 5 a 10 minutos todas as manhãs, ou sempre que esses pensamentos intrusivos surgirem, para anotar tudo o que pode estar causando preocupação ou excesso de pensamentos. Dessa forma, você pode liberar esses pensamentos e os analisar mais tarde, com a mente mais clara.
Quando um pensamento negativo ou ansioso surgir, o segredo é reconhecê-lo sem reagir.
O overthinking pode variar desde medos irracionais como “Minha esposa vai me deixar” até preocupações diárias, como o resultado de uma conversa ou reunião importante.Ao invés de deixar esses pensamentos se transformarem em ruminações, pause, respire fundo e anote. Você pode criar um “diário de preocupações”, onde registra qualquer pensamento incômodo que surgir ao longo do dia. Essa prática simples ajuda a tirar esses pesos da mente para uma reflexão posterior, impedindo que eles assumam o controle no momento.
2. Analise e desafie seus pensamentos
O próximo passo é analisar e desafiar seus pensamentos quando você tiver tempo livre ou antes de dormir, compreendendo melhor seus padrões de excesso de pensamentos.
Essa abordagem é baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental, na qual as pessoas são ensinadas a reconhecer e desafiar padrões de pensamento distorcidos. O objetivo é identificar pensamentos que não te ajudam – como pensamentos ansiosos, catastróficos ou supergeneralizados —, rotulá-los e depois desafiá-los, examinando as evidências e considerando alternativas mais racionais.
O processo de análise envolve identificar e categorizar seus pensamentos para conseguir alguma distância emocional e clareza. Por exemplo:
Pensamento catastrófico, ou assumir o pior resultado possível de algo – “Se eu não for bem nessa apresentação, toda minha carreira estará arruinada.”
Medo de rejeição, ou assumir que todos os relacionamentos estão fadados ao fracasso – “Meu amigo não respondeu à minha mensagem, então ele deve estar chateado comigo.”
Supergeneralização, ou fazer uma suposição ampla com base em uma única situação – “Cometi um erro hoje, então devo ser péssimo no meu trabalho.”
Quando pensamentos negativos ou ansiosos surgirem, desafie-os. Questione se os cenários que você está imaginando são realistas ou se está exagerando e criando coisas. Reformular seus pensamentos pode te ajudar a ver as situações com mais clareza e evitar preocupações desnecessárias.
Quando seus pensamentos estiverem cheios de ansiedade ou dúvidas, desafie-os perguntando a si mesmo:
Existe alguma evidência que sustente esse
pensamento, ou estou presumindo o pior?
Estou interpretando essa situação de forma lógica, ou estou deixando minhas emoções interferirem no meu julgamento?
Quais são as chances desse pior cenário realmente acontecer?Esse pensamento está baseado em fatos ou medos?
Por exemplo, depois de uma conversa com seu chefe, você pode começar a pensar: “Por que eu disse aquilo? Foi tão estranho. Ele me elogiou, mas será que foi genuíno? E se ele estava sendo sarcástico e preparando o terreno para me dar uma má notícia depois? Meu desempenho deve estar caindo. Ele não falaria comigo assim de outra forma.”
Veja como você poderia desafiar o overthinking:
Identifique o pensamento. “Meu chefe me elogiou, mas talvez ele estivesse sendo sarcástico ou preparando uma má notícia.”
Examine as evidências. Pergunte a si mesmo: “Existe alguma evidência concreta de que meu chefe estava sendo sarcástico? Algo no tom ou nas palavras dele sugeriu isso? Houve algum sinal de que meu desempenho está caindo?”
Considere explicações alternativas. “Talvez meu chefe estivesse genuinamente me elogiando pelo meu bom trabalho. Não há razão para acreditar que ele estava sendo sarcástico, especialmente porque ele não me deu nenhum feedback negativo recentemente.”
Questione a probabilidade. “Quais são as chances de meu chefe estar me preparando para uma má notícia com sarcasmo? Se houvesse algum problema com meu desempenho, ele não seria mais direto ou traria isso em uma reunião formal?”
Reformule o pensamento: “É mais provável que o elogio tenha sido genuíno. Meu chefe não indicou nenhum problema com meu trabalho, então provavelmente estou exagerando porque estava nervoso.”
Em resumo, reconhecer e desafiar pensamentos
distorcidos é uma habilidade que leva tempo para se desenvolver. Com a prática,
você pode deixar de ser uma pessoa consumida por preocupações constantes e
pensamentos catastróficos para abordar as situações com uma perspectiva mais
racional e equilibrada.
Autor: Mark Travers, colaborador da Forbes USA, psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro
Ontem, 10/02/2025, uma excelente notícia foi publicada no noticiário da Rede Globo: “Estudo mostra que emoções positivas ajudam a combater a hipertensão”. Esse artigo aborda essa reportagem sob a ótica de um psicólogo.
A ciência tem investigado a conexão entre mente e corpo, e novos estudos confirmam que as emoções positivas têm um papel fundamental na saúde física. Uma pesquisa revelou que pacientes hipertensos que tiveram contato com mensagens de motivação apresentaram uma diminuição considerável da pressão sanguínea. A descoberta indica que, além do tratamento convencional, elementos psicológicos e emocionais podem ser fortes aliados na administração da hipertensão.
A hipertensão arterial é uma tradição científica sob a ótica da medicina, mas diversos pesquisadores da área da psicologia e psicoterapia realizaram estudos, investigando a influência de fatores psicológicos no desenvolvimento e manejo da doença, bem como a eficácia de intervenções psicoterapêuticas no tratamento de pacientes hipertensos. Do ponto de vista psicológico, a pressão alta pode estar associada a fatores emocionais, padrões de comportamento e aspectos de personalidade que influenciam a regulação da pressão arterial.
A hipertensão é quando a pressão arterial está sempre elevada, aumentando a carga do coração e podendo causar sérios problemas. Ela afeta a saúde e aumenta o risco de doenças cardíacas, AVC, doenças renais e outras complicações. Se descontrolada pode diminuir a expectativa de vida e prejudicar a qualidade de vida, logo, é fundamental conhecer os riscos e efeitos dessa condição para uma prevenção e tratamento eficazes. O tratamento tradicional inclui medicamentos e mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios. Mas compreender a importância das emoções positivas na prevenção e tratamento da hipertensão é também é muito importante.
Emoções positivas incluem alegria, gratidão, esperança, amor, humor e satisfação. Elas são essenciais para o bem-estar mental e emocional. É necessário conhecê-las, pois elas promovem a saúde e auxiliam na redução da hipertensão. Cultivar emoções positivas pode levar a uma vida mais satisfatória. Devemos, então, reconhecer os tipos de emoções positivas e suas características para integrá-las eficientemente em nossa rotina.
Emoções positivas afetam o corpo e a mente de forma significativa. Reduzem a pressão arterial, reduzem a inflamação, fortalecem a imunidade e beneficiam a saúde do coração. Além disso, podem melhorar o humor, aumentar a resiliência emocional e proporcionar uma perspectiva mais positiva da vida; há também pesquisas que mostram que emoções como felicidade, gratidão e amor têm um efeito benéfico na pressão arterial. Compreender essa relação é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento da doença hipertensiva. Deve ser destacado, contudo, que essas conclusões devem ser interpretadas como um adicional ao tratamento médico, e não como uma alternativa aos medicamentos.
A hipertensão arterial reflete também o estado emocional e psicológico da pessoa, não sendo apenas uma questão médica. A psicoterapia, seja como complemento à medicação ou como estratégia para a prevenção e o controle da doença, pode oferecer ferramentas poderosas. No tratamento psicoterápico o paciente poderá processar modificação de padrões de pensamento e comportamento que podem contribuir para o tratamento da pressão alta, gerenciar o estresse, desenvolver habilidades de enfrentamento e assim, promover mudanças positivas no estilo de vida e aumentar a ativação do sistema nervoso simpático.
Diversas atividades podem proporcionar bem-estar emocional. Essas atividades incluem meditação, que relaxa a mente e diminui o estresse, e exercícios físicos regulares, que melhoram a saúde e elevam o humor. Estar em contato com a natureza, como caminhadas em parques ou passeios em áreas verdes, é essencial para melhorar o estado emocional. Hobbies, que vão de atividades artísticas a esportivas, são recomendados por promoverem a expressão pessoal e aliviarem o estresse. A busca por conexões sociais saudáveis é crucial, pois relacionamentos positivos oferecem suporte emocional em momentos difíceis. Além disso, é importante buscar profissionais de saúde mental, como psicoterapeutas e psiquiatras, que estão preparados para oferecer um apoio emocional apropriado e ajudar na construção de um estado mental saudável e equilibrado. Recomenda-se, igualmente, a definição de metas realistas e comemorar conquistas diárias, por menores que sejam, para elevar a autoestima. Evidentemente, as fontes de estresse e dificuldades desnecessárias devem ser evitadas, ao mesmo tempo em que se cultivar pensamentos positivos diante dos desafios diários. Essas práticas podem transformar a perspectiva e aumentar a qualidade de vida.Estudos indicam que alguns traços de personalidade estão ligados ao risco de hipertensão. Indivíduos com personalidade tipo A, que apresentam competitividade, impaciência e hostilidade, tendem a ter maior risco de pressão alta. Esses indivíduos reagem mais intensamente ao estresse, mantendo o sistema cardiovascular sob tensão. Por outro lado, pessoas que cultivam emoções positivas, como gratidão e otimismo, geralmente têm melhor regulação da pressão arterial. Isso sugere que "hábitos psicológicos externos" são fundamentais para o tratamento da hipertensão.
Nos atendimentos psicológicos que
faço, notei que muitos hipertensos têm sofrimento emocional reprimido ou estão
em constante alerta, fazendo da psicoterapia um suporte para desenvolver uma
relação mais saudável consigo mesmos, aliviando a carga emocional que causa
sintomas físicos. A pressão alta pode refletir conteúdos psíquicos não
tratados, medos e dificuldades em conflitos emocionais, sendo essencial um
processo terapêutico para ajudar na autorregulação emocional, resiliência e
estratégias saudáveis para lidar com o estresse cotidiano. As questões como
isolamento social, problemas familiares e conflitos interpessoais podem gerar estresse
constante em muitos hipertensos.
Da mesma forma que evitar o consumo de álcool, não fumar e praticar exercícios físicos, cultivar pensamentos positivos e expressar gratidão podem ser considerados estratégias cruciais para uma vida mais longa e saudável.
Enfim, está confirmado cientificamente o que muitas filosofias de vida já sugeriam: o poder da positividade e do otimismo pode impactar a saúde física. Os estudos apontam para uma relação positiva entre emoções positivas e a prevenção e tratamento da hipertensão, sendo o estímulo de emoções positivas, um promotor de impactos significativos na redução da pressão arterial e na promoção da saúde cardiovascular. Portanto, adotar uma mentalidade mais otimista, praticar a gratidão e encontrar propósito de vida podem ser aliados valiosos no controle da hipertensão. Pequenos gestos, como mensagens motivacionais, podem contribuir para uma vida mais longa e saudável.
A hipertensão não deve ser vista apenas como
um problema físico e biológico, mas como uma condição que pode ser influenciada
por fatores psicológicos e emocionais. A integração entre psicologia e medicina
pode oferecer abordagens mais eficazes para o tratamento da hipertensão,
ajudando os pacientes a lidar melhor com o estresse e a promover hábitos de
vida mais saudáveis.
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