PAULO CESAR T. RIBEIRO - Psicólogo de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Formado na Univ. de Guarulhos, especializado na área clínica, com certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), extensão e certificação em Filosofia e Meditação (PUCRS), pós graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUC RS) e com diversos cursos de aperfeiçoamento e atualização.
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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.
UMA PESSOA “GAY” DEVE FAZER PSICOTERAPIA APENAS COM UM PSICÓLOGO “GAY”?
Como
eu disse, no vídeo, de vez em quando, alguém me pergunta: “Paulo, como eu sou “gay”, você
acha que eu deveria fazer terapia com
um psicólogo “gay” ou isso não é importante? O que faz mais sentido para mim?
Sou
psicólogo, meu nome é Paulo Cesar, e acho essas perguntas interessantíssimas! É realmente uma dúvida legítima, merecedora de resposta com detalhes e que possa ajudar nas reflexões de homoafetivos e demais
pessoas LGBTQIA+ sobre suas psicoterapias, e também para orientar os amigos e
parentes dessas pessoas a respeito disso. Então, vamos em frente com os devidos
esclarecimentos.
Por
conta das conversar durantes os atendimentos psicológicos de pacientes “gay”s, identifiquei
o que podemos chamar de benefícios de uma pessoa do universo LGBTQIA+ fazer terapia
com um psicólogo do mesmo universo. Bem, uma coisa é bastante óbvia: não
são necessárias longas explicações para que o
terapeuta entenda
várias situações do paciente. Outra coisa é que o
paciente pode supor, com muita razão, que seu terapeuta ficará confortável e certamente terá ouvido falar de tudo do “mundo “gay””, incluindo sua vida sexual.Além disso, um psicólogo homoafetivo saberá conversar sem
dificuldades com
seu paciente sobre as normas da comunidade “gay”, o que pode
ajudar o seu paciente a tomar decisões sobre o que é saudável ou
como o paciente pode querer modular o próprio comportamento.
Mas
pertencer à mesma
comunidade também pode apresentar desafios que
presumivelmente não foram pensados. Por exemplo, se
ambos fizerem fazem parte da mesma comunidade, provavelmente pode haver uma
competitividade com base na percepção de como cada um domina a vida na referida comunidade. Ao longo dos anos em que venho trabalhando com pessoas LGBTQIA+, descobri alguns pacientes ressentidos comigo por
conta de suas próprias hipóteses sobre itens importantes no mundo em que também vivem, o “mundo “gay””; eram
hipóteses que se referiam ao meu sucesso, minha aparência, minhas
roupas ou, mais
significativamente, suas suposições sobre quem eu sou e qual a minha orientação sexual, sempre com base em suas
próprias projeções. Cabe salientar que isso,
em psicoterapia, é muito comum, qualquer que seja a orientação sexual das
pessoas em psicoterapia. Sendo pacientes “gay”s, muitas vezes podem pensar que eu me encaixo no estereótipo do homem “gay”
branco que tem tudo e que não honra a santidade do
relacionamento. Esses sentimentos são importantes para explorar no
relacionamento terapêutico, mas certamente podem ser desafiadores.
Não
obstante, tenho que dizer que, ao contrário das suposições de muitas pessoas, os
homens “gay”s não são imunes à homofobia, a maior parte internalizada por uma
vida inteira vivendo num mundo homofóbico. Presumo, ademais, que o primeiro homofóbico que um paciente encontra é
aquele que vê ao parar frente a um espelho. O ponto que gostaria de chegar é
que esse medo e raiva podem
surgir na psicoterapia para com um
psicólogo “gay”, especialmente se ele
estiver se sentindo confortável consigo mesmo de uma forma que o paciente ainda não se sente. Certa vez, um paciente me disse que tinha uma
imagem mental de mim circulando pelo
Shopping J. K. Iguatemi em S. Paulo com um monte de sacolas de compras! Ele não estava
totalmente errado visto que, tal
como muita gente, tenho as minhas superficialidades do Ser, mas sou também bastante profundo em outras com maneiras bem mais significativas, porém a observação foi útil para a terapia porque me mostrou como ele estava se sentindo preso
dentro de si mesmo.
O
outro lado da história, ou seja, considerar fazer
terapia com um psicoterapeuta não-homoafetivo, pode, para alguns, parecer um pouco assustador. As pessoas LGBTQIA+ costumam fazer
suposições sobre o nível de conforto de um psicólogo
heterossexual com as
coisas sobre as quais ele, o paciente, deseja falar. Mas quero, de imediato, acabar com esse medo: se o psicólogo for maduro e experiente, isso não será um problema. Ademais, encontrar alguém fora de sua comunidade que se
sinta confortável com todos os aspectos da vida de um cliente homossexual pode
ser uma experiência profunda e curadora.
Sei, pela minha própria experiência (perdoem-me a falta de modéstia): com os
pacientes LGBTQIA+ que atendi ao longo de minha vida profissional, que a experiência, com certeza, sempre foi nada menos do que transformadora.
Do meu ponto de vista, é interessante explorar as
suposições que os pacientes LGBTQIA+ têm sobre os terapeutas heterossexuais e
as suposições que eles fazem sobre como os terapeutas os veem. Uma coisa
que todos os psicólogos sabem é que, se algo
está acontecendo no “set
terapêutico”, a
mesma dinâmica também está acontecendo em outras partes da vida do paciente. E como não vivemos isolados, um psicólogo heterossexual pode trazer uma perspectiva para o processo que um terapeuta homoafetivo não pode - eles podem
falar sobre sua experiência como pais, por exemplo. Às vezes, essa
experiência pode ser mais útil do que a perspectiva de um terapeuta “gay”.
Em última análise, a resposta para a pergunta é
fazer sua lição de casa e ouvir seu instinto. Faça uma primeira sessão com o psicólogo
heterossexual, observe-o, ouça a sua voz e reações do
terapeuta, analise a sua postura e,
acima de tudo, perceba como se sente. Sentir-se seguro e respeitado por seu psicoterapeuta - seja essa pessoa homoafetiva ou não - é
a chave para o sucesso da terapia. Você ficará muito vulnerável durante a psicoterapia com essa pessoa,
portanto, garantir esse nível de confiança é essencial.
Finalmente, pessoas
LGBTQIA+ podem
optar por trabalhar com diferentes psicoterapeutas
com base em
sua trajetória de vida. Eles podem iniciar a terapia pela primeira vez com
um terapeuta de sua comunidade porque, em alguns níveis, como vimos, a
compreensão desta comunidade pode tornar mais fácil a conversa. Em outras ocasiões,
talvez mais tarde na vida, um paciente “gay” pode escolher um psicólogo heterossexual diferente com base em outros
critérios importantes para aquele momento específico.Não há problema em perguntar a eles se já trabalharam com pessoas LGBTQIA+, mas certifique-se de realmente ouvi-los quando
responderem. Mesmo que um terapeuta heterossexual tenha tido poucos ou
nenhum cliente LGBTQIA+, eles ainda podem oferecer exatamente o que você
precisa e uma resposta do tipo: “Não tive tantas experiências assim, e talvez
você me ajude a entender mais” é realmente muito ideal; vocês dois estarão
envolvidos no processo.
Enfim,
hétero ou homossexual? Em última análise, isso pode importar menos
do que outros fatores, mas,
seguramente, o
vínculo e a sensação de conforto sempre serão o mais importante.
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com
acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas
ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório
próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira
aos sábados.
Atendimentos
presenciais e por internet.
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de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.
(Leia, abaixo deste vídeo no Blog do Psicólogo, o artigo SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA que contém mais detalhes sobre o assunto.
SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA
A vida
oferece muitos momentos extraordinários e significativos: o profundo prazer de
se conectar com o amor da vida, ver o pôr do sol, a emoção de cultivar uma nova
amizade, a aquisição de um imóvel próprio, uma viagem que sempre quis fazer,
etc. No entanto, a vida também tem o péssimo hábito de lançar desafios e
decepções em nossos caminhos, e é cheia de tempos difíceis e de momentos que
nos fazem questionar bastante sobre o que esperamos do mundo: a perda de um
ente querido, dificuldades financeiras graves, um diagnóstico de saúde negativo
ou a perda do emprego. Como superamos esses tempos? Como seguir em frente
e dar significado à vida nesses momentos em que nos sentimos sobrecarregados,
estressados ou arrasados pela dor?
Como é
você quando as coisas dão errado? Você persevera? Ou, você está mais
propenso a ceder? Se você for capaz de superar a adversidade e se
recuperar após uma grande decepção, então você é realmente uma pessoa
resistente, realista e otimista, ou seja, você é uma pessoa resiliente, um
diligente sobrevivente.
Penso,
contudo, que sobreviver às atribulações não é apenas uma arte! É também uma
ciência, e tanto a arte quanto a ciência apontam para um único fato - regular
as emoções pode ser a chave para a resiliência e superação.
Lembrem-se
que no nascimento todos saem do útero com alguma adaptabilidade, então,
acredito que superação é algo natural à humanidade. Á vista disso, julgo ser
sempre possível recuperar-se da adversidade e viver uma vida saudável e
gratificante. Todos conhecemos algumas pessoas que aplicam a superação dia
após dia. Essas pessoas não se veem como vítimas, mas como solucionadoras
de problemas. Elas não reclamam do que lhes aconteceu. Apenas olham para
frente e resolvem o problema em questão.
Como
citei, sobreviver às atribulações é uma arte, a derradeira arte de
viver. No cerne da superação resiliente está a crença em si mesmo, mas
também a crença em algo maior do que si mesmo. Estamos falando de uma qualidade
psicológica que permite que algumas pessoas sejam afetadas pelas adversidades
da vida e se recomponham pelo menos tão fortes quanto antes. Em vez de
permitir que dificuldades, eventos traumáticos ou falhas
os superem e esgotem sua determinação, as pessoas resilientes encontram uma
maneira de mudar de rumo, curar-se emocionalmente e continuar avançando em
direção a seus objetivos. Trata-se,
inclusive, do meio pelo qual as crianças de famílias problemáticas e
disfuncionais não ficam imobilizadas pelas dificuldades, mas se recuperam delas,
aprendem a se proteger e emergir como adultos fortes e capazes de levar uma
vida gratificante.
Pessoas
que sobrevivem às agruras não permitem que a adversidade as defina. Eles
encontram flexibilidade movendo-se em direção a um objetivo além de si mesmos,
transcendendo a dor e a tristeza ao perceberem os momentos ruins como um
estado de coisas temporário. A reformulação está no cerne da resiliência, tendo
o otimismo como uma importante base. Como exemplo, esclareço que o otimismo
ajuda a atenuar o impacto do estresse na mente e
no corpo após experiências perturbadoras. Isso dá às pessoas acesso a seus
próprios recursos cognitivos, permitindo uma análise fria do que pode ter dado
errado e a consideração de caminhos comportamentais que podem ser mais
produtivos.
Se você
não se sente uma pessoa resistente, realista e otimista, isto é, não se vê como
uma pessoa resiliente, um diligente sobrevivente, nem tudo está perdido. Você
pode recorrer à psicoterapia como forma de adquirir as habilidades e
comportamentos típicos de uma pessoa resistente e forte. Certamente será necessário
reinterpretar alguns eventos do seu passado para então encontrar os pontos
fortes que você provavelmente teve o tempo todo, além de analisar e interpretar
as ocorrências do momento atual. Na medida em que é aprendida, a resiliência
parece desenvolver-se a partir do desafio de manter a própria autoestima. Uma
amostra disso são as famílias problemáticas ou disfuncionais que fazem seus
filhos se sentirem impotentes e mal consigo mesmos; a pessoa adquirindo
capacidades resilientes durante a psicoterapia saberá como manter a sua
autoestima apesar da poderosa influência negativa dos pais. Realmente são
aspectos que podem ser cultivados, sendo, portanto, possível fortalecer seu eu
interior e sua crença em si mesmo, para se definir como capaz e
competente. Sem dúvida, com psicoterapia é possível fortalecer sua psique,
é possível desenvolver um senso pessoal de domínio.
Vários
pontos são abordados numa psicoterapia para colocar o paciente numa condição de
ficar mais forte e um dos pontos é mostrar que existem elementos de nossa
cultura que glorificam a fragilidade. Como psicólogo focado na realidade, tenho
que fazer o paciente perceber que possui uma capacidade considerável de força,
embora possa não estar totalmente ciente disso.
Como devem estar percebendo, o
objetivo desta peça é explicar mais sobre o caminho da superação de situações
difíceis. Também já devem ter compreendido que não é um caminho
despreocupado - É profundo e há dor, mas também há riso, sabedoria e
beleza. Em tempos incertos, a dor pode se tornar evidente tanto no âmbito
físico quanto no emocional. A vivência clínica me propicia fazer essa contribuição
para os que carecem, nessa área, se desenvolver.
Pessoas
resilientes não caminham quando tem apenas chuviscos. Elas andam sob chuva de
canivetes e têm cicatrizes para mostrar as suas experiências. Eles lutam -
mas continuam funcionando de qualquer maneira. Resiliência não é a
capacidade de escapar ileso pois não se trata de magia. Mas essas pessoas
também são boas em regular suas emoções e manter a calma sob pressão sendo
exatamente isso que permite que usem o que sabem quando mais precisam. Os
sobreviventes cultivam o insight, o hábito de se fazer perguntas inteligentes e
dar respostas honestas. Eles também tomam a iniciativa, se encarregam dos
problemas, se aprofundando e se testando com as soluções. De fato, aprenderam
algumas características que vale a pena conhecer:
Pessoas
Resilientes / Sobreviventes
Positivo
vs. Negativo: Sentem
mais emoções positivas do que negativas. Vêem a vida com otimismo e têm
esperança no futuro. Apreciam o humor e podem rir de si mesmos. Escolhem
a gratidão ao invés de cinismo.
Orientado
para tarefas: Em
vez de esperar passivamente para ver o que acontece, identificam problemas que
podem ser mudados e depois os mudam. E quando algo não pode ser mudado, aprendem
a aceitá-lo.
Pensamento
flexível: A
rigidez cognitiva é inimiga da resiliência. A capacidade de pensar
rapidamente e gerar soluções alternativas, pensamentos e ideias é a chave para
manter a força psicológica. Opções limitadas levam a soluções limitadas.
Saúde: Um aspecto
importante da resiliência é manter uma saúde física adequada e evitar
riscos. Isso inclui exercícios e nutrição adequados, limitar ou eliminar o
uso de álcool, tabaco e cafeína e evitar comportamentos descuidados e imprudentes.
Pessoas
Não-Resilientes / Sobreviventes
Derrotismo
egocêntrico: adotam
uma atitude derrotista, vendo-se como vítimas e espectadores com pouco controle
sobre o que lhes acontece. Valorizam pensamentos como: “Estou quebrado”,
“Estou fraco” ou “A vida é muito difícil”.
Desligamento
emocional: É
fácil se retirar emocionalmente. O mais difícil é confrontar
deliberadamente os pensamentos e sentimentos que nos incomodam. Negação,
isolamento e evitação são marcas da falta de resiliência.
Evitar pontos de
vista concorrentes: Tendemos a gravitar em torno de pessoas que concordam conosco - e
quando encontramos essas pessoas, nos apegamos. Embora possa ser útil
alinhar-se com pessoas que compartilham nossas opiniões e apoiam nossas
posições, corremos o risco de ter qualquer um de nossos pensamentos e
comportamentos inadequados reforçados. Encontrar pessoas que não tenham
medo de desafiá-lo de vez em quando pode ajudar na sua resiliência.
Mas eles
não fazem todo o trabalho sozinhos. Quem precisa mudar o comportamento
carece de fortes sistemas de apoio – terapêutico, familiar, amizades, cônjuge,
etc. – dessas pessoas, recebendo ajuda. Eles não tinham medo de falar sobre os
momentos difíceis que estavam passando com alguém que se preocupava com seu
bem-estar. Os relacionamentos promovem a resiliência - Pessoas saudáveis fazem
o trabalho ativo de dar e receber necessário para obter gratificação emocional dos
outros.
Além
disso, pessoas com capacidade de superação abstém-se de culpas pelo que deu
errado; pelo contrário, internalizam o sucesso, assumindo a responsabilidade
pelo que dá certo em suas vidas. As pessoas que praticam a autorregulação geralmente
são bem-sucedidas no gerenciamento de seus relacionamentos em casa e no
trabalho. Aqueles que não possuem essas habilidades têm uma vida mais
difícil em geral.
Superar
a dor e o desapontamento sem deixá-los se tornar opressores não é
necessariamente fácil para ninguém. Mas os psicólogos sabem o que as
pessoas mais adaptáveis fazem para continuarem emocional e mentalmente bem após
a morte de um ente querido, perda de emprego, problemas financeiros, doença
crônica ou outro revés. Por exemplo, você atribui contratempos pessoais e
profissionais apenas à sua própria inadequação ou é capaz de identificar
fatores contribuintes que são específicos e temporários? Você exige uma
sequência perfeita ou é capaz de aceitar que a vida é uma mistura de derrotas e
vitórias? Em cada caso, a última qualidade foi associada a maiores níveis
de resiliência.
Durante
tempos estressantes, as pessoas contam com uma variedade de maneiras de
lidar. Algumas pessoas confiam em suas crenças religiosas ou espirituais. Outras
buscam conforto em seus relacionamentos mais queridos. Ainda outros não
respondem tão positivamente e alguns se voltam para dentro, ficam
sobrecarregados de tristeza e não mais se aproximam dos outros. Como
podemos entender esses tempos difíceis e tentar responder de forma mais
positiva?
Devemos
entender que a vida, como um todo, é bastante significativa. Meu argumento
é que o significado serve a uma função adaptativa, e nós, humanos, somos muito
bons em encontrar significado de várias maneiras. Algumas pessoas o
encontram por meio de relacionamentos, religião ou compromisso de fazer boas
ações, sendo que a maioria das pessoas se recupera e encontra significado
novamente. Além disso, sempre que possível, devemos olhar para o evento
estressante da vida como uma oportunidade e não como uma
ameaça. Considerando que a perda de um ente querido dificilmente parece
uma oportunidade de crescimento, outras fontes de estresse (por exemplo, perder
um emprego ou ficar sem recursos financeiros) podem ser uma oportunidade de
ganhar uma nova perspectiva, recalibrar o senso de propósito e vocação para encontrar
maneiras de desenvolver suas forças. Com certeza, na maioria das vezes
(mas nem sempre), as pessoas encontram algum sentido após eventos estressantes
em suas vidas. Enfim, é importante encontrar apoio em tempos
difíceis. Relacionamentos íntimos são uma fonte de significado na vida. Ao
passar por desafios, o apoio social é fundamental. Compartilhar seus
sentimentos, obter apoio de amigos e familiares e ter pessoas por perto para
garantir que você cuide de si mesmo são importantes nesse processo. É
melhor quando não temos que passar por isso sozinhos.
Gente, a
vida é cheia de beleza e alegria, assim como de dor e sofrimento. Todos
nós passaremos por momentos difíceis na vida, e superá-los faz parte da
experiência humana. Com alguma esperança, podemos tomar medidas para
tentar tornar a jornada mais significativa. Pense nisso!
Espero
que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses
locais:
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de
linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante
sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
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(Leia, abaixo deste vídeo no Blog do Psicólogo, o artigo VIVA BEM A SUA SEXUALIDADE
ARTIGO: VIVA BEM A SUA SEXUALIDADE
Gente, não devia ser assim,
mas sexualidade é um negócio complicado! Pelo menos para a grande maioria das
pessoas apesar de poder ser a porta de entrada para que nós, humanos, sejamos
completos. Mas o fato é que desde que Adão e Eva morderam a maçã, sexo tem sido
algo complexo.
Não é à toa que está havendo muitas
ofertas de atividades informativas, culturais e terapêuticas abordando a
sexualidade. Por exemplo, o interesse crescente por tantra yoga ou, paro o bem
da verdade, massagem tântrica, visto que na verdade, o Tantra nada tem a ver
com super sexualidade, sexo sem limites ou qualquer coisa que sugira algo
similar. O Tantra é uma linhagem cultural com perfil iniciático que prescreve
segredos com juramento de silêncio, fundamentada em habilidades profissionais
que são transmitidas dentro da família. Esses ensinamentos estão de acordo com
a filosofia do Yoga e é transmitido como herança e patrimônio dessa mesma
cultura, especialmente para o fortalecimento da família econômica e
espiritualmente. O Tantra tem como princípio o culto do feminino, da Grande
Mãe, buscando a manifestação psíquica da força do feminino dentro de nós, que
na Índia é simbolizado pela deusa Shakti. Hoje há o risco de encontrar muitas
armadilhas oferecendo técnicas miraculosas para o desbloqueio da repressão da
energia sexual, problemas estes comumente encontrados e resolvidos dentro do
consultório psicológico. Como psicólogo pós-graduado em Sexualidade Humana, estou
convicto de que o verdadeiro conhecimento sobre nossas questões sexuais é que nos
afasta da ignorância e dessas perigosas armadilhas, mais do que frequentes no
mundo ocidental. Não podemos esquecer que o sexo é físico, emocional e
psicológico. Ele controla nossa identidade de gênero (e o que a ela é
pertinente), nosso lugar na sociedade, nossa capacidade de reproduzir e ter
prazer.
Muitas pessoas pensam que tem
problemas sexuais quando na realidade, precisam apenas de ajuda e orientação
para descobrir a própria sexualidade, permitir prazer e encontrar
satisfação. Para isso, o mais indicado é um psicólogo especialista em
sexualidade / sexologia. Na psicoterapia, o cliente poderá abordar todas as
questões sobre as quais tem dúvidas, sanando-as com seu psicoterapeuta. Exemplo
de assuntos: ansiedade, fantasias sexuais, desejos sexuais não realizados,
frigidez, impotência, uso de brinquedos eróticos, repressão sexual, vergonha,
sexo na gravidez, preliminares, penetração, ponto g, tamanho do pênis, abuso
sexual e vários outros assuntos que assombram as mentes de muita gente. Saliento
que na psicoterapia sexual, o papel do psicólogo é defender a autenticidade sexual
e o direito sexual dos pacientes, o que tem como consequência uma maior
conscientização sobre si mesmo (corpo e mente), melhorias no desempenho sexual
e aumento da autoestima e autoconfiança.
Podemos hoje, no século XXI,
viver sem relações sexuais? Quais são as consequências? É perigoso viver
sem sexo?
A resposta é que não é
perigoso viver sem sexo. Na verdade, a sexualidade não é uma
necessidade vital. É um meio de expressão para o corpo, para todo o ser, mas
um indivíduo que não tem vida sexual não corre perigo. Comer, beber,
dormir são coisas necessárias para todo ser humano. A sexualidade não se
enquadra nessa categoria. Mas o sexo é bom para sua saúde pois ativa os
circuitos de recompensa no cérebro sem quaisquer efeitos deletérios. No combate
às doenças cardiovasculares, a título de exemplo, durante a relação sexual, a
frequência cardíaca aumenta, o que tem um efeito benéfico no sistema
cardiovascular. De acordo com um estudo, fazer sexo duas vezes por semana,
em média, reduz o risco cardíaco mais do que fazer sexo uma vez por mês.
Posto isso, de fato a vida
sexual saudável é muito importante e afeta a felicidade. Devemos nos cuidar! Não
há problema em precisar de apoio para entender e abraçar nossos corpos, não
precisamos nos esconder atrás da máscara da doença para pedir ajuda. E o
que chamo de “psicoterapia sexual” (a terapia conduzida por um psicólogo
especialista em sexualidade humana) é um excelente caminho para manter a
integridade do ser com a inclusão de vida afetiva e sexual, bem como a conexão
com o próprio corpo. Nossos corpos e nossas mentes não podem ser separados - Quando
somos capazes de entrar em contato com nosso corpo, também entramos em contato
com nossos sentimentos. Somos seres sexuais e isso não vai acabar e, às
vezes, precisamos ir além do que apenas pensar sobre isso para descobrir – é necessário
falar, discutir, conhecer.
As sessões de psicoterapia
podem ser realizadas presencialmente ou via online. Sendo online, o paciente
pode morar em qualquer lugar e ter acesso ao seu psicoterapeuta. Considere esse
mergulho em sua própria sexualidade, afinal, você tem o poder de viver a vida
que deseja sem abandonar tudo e todos que ama. É possível mudar a si mesmo
de dentro para fora, mas às vezes, é necessário um guia psicológico, um
profissional que lhe dê segurança nesse processo.
Espero que tenha gostado desse
artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses locais:
(Leia também o artigo QUE NOME VOCÊ DÁ AO SEU RELACIONAMENTO? abaixo desse vídeo)
Artigo QUE NOME VOCÊ DÁ AO SEU RELACIONAMENTO?
Não que seja importante e fundamental, mas definições dão segurança e estabilidade emocional às pessoas. Mas descobrir o status do
relacionamento pode ser confuso. É sobre isso que se trata esse artigo.
Você se sente confuso(a) sobre o relacionamento que tem com
alguém com quem está saindo há algum tempo? Você mantém contato, porém apenas
esporadicamente? Você sente incertezas sobre seu futuro juntos? Se
sim, você provavelmente está numa condição que pode ser chamada de aventura, “affaire”
ou “affair”, rolo, flerte e por aí, vai... Aqui chamaremos simplesmente
de “situação”.
Uma “situação” é um relacionamento indefinido ou sem
compromisso - quase igual a um relacionamento romântico “normal-regular”,
mas não exatamente. Normalmente, um(a) parceiro(a) numa “situação”
está satisfeito(a) com o tipo de relação, enquanto o(a) outro(a) espera que se
transforme em algo mais.
Envolver-se repetidamente em “situações” pode não ser
muito bom para o seu autodesenvolvimento e pode colocar a outra pessoa no
pedestal. Há várias pesquisas que mostram que relacionamentos mais definidos
e comprometidos, como namoro ou casamento estão associados a maiores benefícios
do que os relacionamentos menos comprometidos. Uma outra pesquisa,
surpreendentemente, descobriu que praticar sexo casual pode aumentar
o risco de resultados psicológicos negativos.
Bem, aqui gostaria de abordar três maneiras de reconhecer
uma "situação" e encontrar uma saída para ela.
O mais cedo possível, observe os sinais - Embora
não haja uma definição padrão de “situação”, alguns indicadores são:
Você se sente confuso(a) o que você é nesta
relação. Pode parecer muito cedo para você e seu(sua) parceiro(a) se
perguntarem "o que nós somos?" Claro que pode haver um grande
desconforto em colocar um rótulo em seu relacionamento, estabelecendo
expectativas e definindo limites, além do ser possível um certo medo de um compromisso,
todavia é importante dizer que essa falta de clareza pode levar a confusão
e estresse, principalmente se você quiser levar as coisas à frente com a
outra pessoa.
Os planejamentos dos encontros são
principalmente de última hora, de curto prazo e esporádicos. Você e seu(sua)
parceiro(a) podem fazer planos impulsivos que duram apenas algumas horas.
A conexão emocional geralmente é
superficial. “Situações” muitas vezes são baseadas numa conexão
superficial, apesar da intimidade física. Não ocorrem muitas conversas sobre
assuntos sensíveis, profundos e significativos e vocês não dependem um do outro para obter apoio emocional.
A relação não é exclusiva. Você e seu(sua)
parceiro(a) podem não ter discutido sobre ver um ao outro exclusivamente e
podem ter insinuado, com eufemismos, algo como: "Não estou pronto(a) para me
fixar em alguém" ou "Prefiro manter minhas opções em aberto".
Não há futuro no horizonte. As pessoas em “situações”
difíceis não fazem planos de longo prazo e podem não ver um futuro
juntos. Você pode se perguntar o que realmente deseja deles.
Seja honesto sobre seus sentimentos e peça o que
quiser - É importante que você comunique suas expectativas para o
relacionamento desde o início e as renove com frequência com seu(sua) parceiro(a). Se
você está interessado(a) em desenvolver a “situação” transformando-o num
relacionamento sério, você precisa conversar. Declarar suas necessidades e
pedir o que você quer lhe dará clareza sobre a posição da outra
pessoa. Você pode nem sempre gostar da resposta, mas pelo menos saberá.
Se, depois de conversar, você perceber que interpretou mal
os sentimentos ou intenções da outra pessoa, use isso como uma oportunidade de
aprendizado. Faça a si mesmo(a) perguntas como:
A outra pessoa deu sinais de que não estava
interessada desde o início?
Evitei expressar como realmente me sentia?
A situação realmente valeu a pena?
Refletir e aprender com sua “situação” é uma das
melhores maneiras de seguir em frente.
Comunique-se abertamente, não passivamente – Se
é você quem não quer algo mais do que um relacionamento casual, adotar uma
abordagem passiva pode ser prejudicial. Passar um tempo juntos sem deixar
claras suas intenções e expectativas pode criar a ilusão de que você deseja
algo mais duradouro. Comunique suas necessidades, limites e expectativas
desde o início para evitar mágoas no futuro.
Por fim, gostaria de falar que uma “situação” é sempre um
relacionamento casual. Se é isso que você está procurando, então vá em
frente. Se você está procurando um relacionamento sério, comunique essa
necessidade ao(à) seu(sua) parceiro(a). Se, a qualquer momento, você
sentir que sua “situação” está prejudicando sua saúde mental, consulte
um psicoterapeuta pois esse é um profissional preparado e treinado para
ajudá-lo(la) nessas horas.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e
você pode acessá-los nesses locais:
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budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no
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(Leia o artigo FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL abaixo desse vídeo)
ARTIGO: FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL
As “Fake News” e as desinformações
estão tornando a vida mais complicada e sendo responsáveis pela ida de muita
gente aos consultórios de psicólogos clínicos, já que podem exacerbar os
problemas de saúde mental que temos, aumentando os sintomas e tornando mais
difícil a cura ou a maneira de lidar com eles. Essas manifestações nas mídias
sociais representam, realmente, uma séria ameaça à estabilidade social e à
saúde mental. Levam a novos problemas psicológicos que se desenvolvem devido à dificuldade
em lidar com essa falsa realidade, a qual apresenta condições que podem facilmente desencadear ataques de pânico, fobias, ansiedade, desesperança,
desespero, tristeza e TOC. Para algumas pessoas as “Fake News” e desinformações
alimentam sentimentos negativos e podem até impedi-las de continuar com seu
estilo de vida normal por estarem sintonizadas no ciclo de falsas notícias 24
horas por dia.
A verdade é que a exposição a
informações imprecisas desse tipo pode levar à confusão sobre o que é
verdadeiro e real, endossando ideias incorretas e fomentando a disposição de
compartilhar as informações imprecisas. De fato, é difícil se aventurar de modo
online hoje em dia – ou ligar qualquer emissora de televisão – sem se deparar
com acaloradas discussões ou propagações de “notícias falsas. Para muitos
consumidores de mídia, pode parecer que estamos vivendo uma era distópica
totalmente nova, com cada ciclo de notícias ou coletivas de imprensa nos
enviando ainda mais para o fundo do poço. Isso é muito entristecedor e um
verdadeiro retrocesso psicossocial.
Na psicologia, acredita-se que
as crenças epistêmicas (do conhecimento real e verdadeiro) se desenvolvem e se
solidificam durante a infância e a adolescência. Para as crianças, há
apenas preto ou branco em muitas questões: uma ideia é boa ou ruim, uma proposição
verdadeira ou falsa. Mais tarde, elas aprendem a diferenciar: se alguém
gosta de Beethoven ou gosta de músicas pop é uma questão de gosto. Durante
esse período, elas tendem a ver opiniões diferentes como iguais – mesmo aquelas
sobre questões como as mudanças climáticas causadas por humanos. Em
algum momento, aprendemos a avaliar diferentes posições; por exemplo: sim, há
opiniões diferentes, mas algumas mais apoiadas em evidências do que
outras. Mas nem todos parecem dar esse passo, ficando para o emocional um
papel preponderante na qualificação das informações recebidas. Uma vez que “Fake
News” (falsas, incompletas ou enganosas) visam manipular as opiniões alheias, elas
são projetadas para provocar uma resposta emocional de um leitor/espectador, sendo,
muitas vezes, de natureza inflamatória e que podem provocar sentimentos de
raiva, suspeita, ansiedade e até depressão, distorcendo nossos pensamentos.
Mas não é só isso! Reconhecer
ou perceber que são notícias falsas também pode provocar sentimentos de raiva e
frustração, especialmente se o receptor se sentir impotente diante das
tentativas de manipular a opinião pública por meio de “Fake News”. Então, e o que
acontece quando encontramos esse tipo de informação? Podemos passar a “pensar”
com nosso “cérebro emocional” em oposição ao nosso “cérebro racional”. Assim,
tornar-se consciente de que tipo de mídia desencadeia o pensamento emocional e
aprender a empregar o pensamento racional pode ajudar.
Felizmente, os psicólogos
conseguiram identificar um tipo de personalidade que não apenas é mais propenso
a compartilhar “Fake News” como inclusive não se intimida em compartilhá-las,
mesmo depois de ser avisado de que pode ser falso.
Conscienciosidade refere-se à disposição
de uma pessoa em ser diligente, confiável, obediente, cautelosa, controlar
seus impulsos e seguir as normas sociais. A consciência, portanto, tem papel significativa
nesses casos, exceto para esse tipo de personalidade, o qual tem interesse
exclusivo na auto-satisfação.
A consciência é um dos traços
que compõem a personalidade humana, sendo a conscientização (processo de tornar-se
consciente) fundamental quando se trata de identificar o que é informação correta
e o que não é. Acontece que essas pessoas compartilham informações errôneas parece ser motivadas pelo desejo de
criar caos. Lamentavelmente, esse desejo não é reduzido mesmo quando o indivíduo
viu um aviso de que a história que estava compartilhando pode ser falsa. À
vista disso, uma questão crítica para o futuro é que se há algo que possa ajudar a
reduzir esse comportamento, talvez seja abordando o desejo de caos desses indivíduos.
As pessoas que negam a
existência de fatos acreditam em “Fake News” com mais frequência. São aqueles
que chamamos de “pessoas com traços de personalidade sombrios”, ou seja, são as
pessoas que sempre colocam seu próprio benefício em primeiro lugar.
Algumas pessoas acreditam em “Fake
News” mesmo quando os fatos científicos claramente as contradizem. Essa
característica é chamada de "fator obscuro da personalidade" e leva
em conta vários traços de personalidade sombrios, como narcisismo, psicopatia
ou maquiavelismo. Pode se dizer que "todo mundo é egoísta até certo
ponto", no entanto, é problemático quando as pessoas se concentram em
seu próprio bem-estar com tanta força que os interesses de seus semelhantes não
desempenham mais nenhum papel.
Como citei, as pessoas com
traços de personalidade sombrios distorcem a realidade de acordo com seu
próprio benefício e quanto menos eles acreditam na existência dos fatos, mais
difícil é para que se separe as afirmações verdadeiras das falsas. Além
disso, quanto mais forte é o "fator obscuro da personalidade", ou
seja, quanto mais acentuado seu interesse próprio em detrimento dos outros,
mais eles duvidam que haja diferença entre as descobertas científicas e meras
opiniões. Quer dizer, essas pessoas só acreditam no que parece verdadeiro para
elas, consequentemente, acham difícil distinguir declarações verdadeiras de
falsas; deste modo, possuem predisposição e desimpedimento para acreditar que
notícias falsas são verdadeiras - pessoas com traços de personalidade sombrios
dobram a realidade ao seu próprio gosto.
Mas existem algumas maneiras
de se proteger dos efeitos das notícias falsas:
Mantenha-se informado usando fontes
confiáveis.
Converse com amigos ou familiares que estejam
interessados em se manter bem informados.
Não acredite em tudo que lê nas redes sociais
ou vê na TV.
Questione:
Onde
está publicado?
Que
tipo de conteúdo é esse?
Quem se beneficia da minha crença em sua veracidade?
Considere que os traços de personalidade que melhor descrevem os consumidores de notícias falsas são histrionismo (emocionalidade excessiva e busca de atenção), esquizotipia (capacidade de estabelecer vínculos afetivos devido a distorções da realidade e comportamentos excêntricos), paranóia e narcisismo.
Considere que indivíduos com tendências de
sugestionabilidade e busca de emoções correm mais risco de não detectar notícias
falsas corretamente.
Os vieses cognitivos (como o Efeito Barnum) são
variáveis que estimulam o consumo de notícias falsas (O Efeito Barnum é um
tipo de viés cognitivo significando que ele faz parte de um enorme conjunto de
erros cometidos pelo cérebro, que, ao processar as informações recebidas do
mundo à nossa volta, toma conclusões equivocadas como corretas. Assim, essas
pessoas conseguem dar muito sentido às coisas à primeira vista e, até certo
ponto, isso basta para entender o seu contexto e sobreviver).
Intervenções psicológicas baseadas no
pensamento crítico podem ser úteis para prevenir o consumo de notícias falsas.
Espero
que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os!
Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e
casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e
budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no
ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô
Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Atendimentos
presenciais e por internet.
Marcação de consultas pelo tel.
e whatsapp 11.94111-3637.
Qualquer
um que tenha passado pelas aulas de ginástica no colégio conhece a ansiedade de
ser o último a ser escolhido para o time de futebol ou de queimada. Se não
for escolhido, sentirá a mesma mágoa de quando é excluído do almoço com os
amigos e depois ver fotos do evento nas mídias sociais, ou quando não consegue
o emprego após a entrevista ou é abandonado pela namorada. Sim, a rejeição
dói e todos nós já experimentamos essa dor.
Mas, o
que é a rejeição? Sentimo-nos rejeitados quando não somos incluídos, aceitos ou
aprovados. Envolve a perda de algo que tínhamos ou queríamos, e, como o
abandono, nos faz sentir indesejados e não bons o suficiente.
Posso
dizer sem medo que para algumas pessoas, a dor de ser excluído não é tão
diferente da dor de uma lesão física. A rejeição também tem sérias
implicações para o estado psicológico de um indivíduo e para a sociedade em
geral. A rejeição social pode influenciar a emoção, a capacidade de
aprender e até a saúde física. Além disso, as pessoas ostracizadas às
vezes se tornam agressivas e podem recorrer à violência.
Os
seres humanos têm uma necessidade fundamental de “pertencer”. Assim como
temos necessidades de comida e água, também temos necessidades de
relacionamentos positivos e duradouros. Essa necessidade está profundamente
enraizada em nossa história evolutiva e tem todos os tipos de consequências
para os processos psicológicos modernos. Nas interações sociais, a rejeição
social ocorre quando uma pessoa é excluída da relação, podendo ser rejeição
interpessoal e rejeição romântica.
Uma
pessoa pode ser rejeitada individualmente ou por um grupo inteiro de pessoas
por bullying, provocação, ridicularização, por ignorar uma pessoa ou dar “um gelo”
(tratamento de silêncio). Algum nível de rejeição é inevitável na vida, mas pode
se tornar um problema quando é prolongada, quando o relacionamento é importante
ou quando o indivíduo é altamente sensível à rejeição. A rejeição por
parte de um grupo de pessoas pode ter efeitos especialmente negativos,
principalmente quando resulta em isolamento.
A experiência de
rejeição pode levar a uma série de consequências psicológicas adversas, como
solidão, diminuição da autoestima, agressividade e depressão. Também pode
levar a sentimentos de insegurança e uma maior sensibilidade à rejeição futura.
Imagino que a maioria das pessoas reconhecem que a necessidade de amor e
pertencimento é uma motivação fundamental e que mesmo os introvertidos precisam
ser capazes de dar e receber afeto para serem psicologicamente saudáveis. O simples
contato com outras pessoas não é suficiente para suprir essa
necessidade. Em vez disso, as pessoas têm um forte impulso motivacional
para formar e manter relacionamentos interpessoais atenciosos. As pessoas
precisam tanto de relacionamentos estáveis quanto de interações satisfatórias
com os outros nesses relacionamentos. Se algum desses dois ingredientes
estiver faltando, as pessoas começarão a se sentir solitárias e
infelizes. Realmente, a rejeição é uma ameaça significativa.
Ser membro de um
grupo também é importante para a identidade social e autoconceito. Talvez
o principal objetivo da autoestima seja monitorar as relações sociais e
detectar a rejeição social. Nessa visão, a autoestima é um sociômetro
que ativa emoções negativas quando aparecem sinais de exclusão.
Estudos mostram
que a maioria das crianças rejeitadas por seus colegas apresenta um ou mais dos
seguintes padrões de comportamento: baixas taxas de comportamento “pró-social”,
por exemplo, revezando, compartilhando, altas taxas de comportamento
agressivo, altas taxas de comportamento desatento, imaturo ou impulsivo, e
altas taxas de ansiedade social. Por outro lado, as crianças queridas
mostram habilidade social e sabem quando e como participar das
brincadeiras dos grupos. Aquelas que correm o risco de rejeição são mais
propensas a se sentirem incomodadas ou a ficar para trás sem participar. Crianças
de minorias, crianças com deficiência ou com características ou comportamentos
incomuns podem enfrentar maiores riscos de rejeição. Crianças que são
menos extrovertidas ou simplesmente preferem brincadeiras solitárias são menos
propensas a serem rejeitadas do que crianças que são socialmente inibidas e
mostram sinais de insegurança ou ansiedade. Crianças rejeitadas são mais
propensas a sofrer bullying na escola e nos playgrounds e tendem a ter
baixa autoestima, além de maior risco de internalizar problemas
como a depressão. Por último, cito que algumas crianças rejeitadas exibem comportamento impulsivo
e mostram agressividade em vez de depressão.
Quanto à
rejeição romântica, sabe-se que tanto em adolescentes quanto em adultos, ela
ocorre quando uma pessoa recusa os avanços românticos de outra ou termina
unilateralmente um relaciona-mento existente. O amor não
correspondido é uma experiência comum na juventude, mas o amor mútuo
torna-se mais típico à medida que as pessoas envelhecem.
A rejeição
romântica é uma experiência emocional dolorosa que faz com que os indivíduos
rejeitados experimentem uma série de emoções negativas, incluindo frustração,
raiva intensa e, eventualmente, resignação e desespero.
Você
experimentou alguma dessas rejeições comuns na infância ou
adolescência?
Ser intimidado
Tentar jogar num
time e não conseguir
Não ter ninguém com
quem almoçar
Ser último
escolhido e ouvir frases do tipo “só restou o fulano”
Não ser convidado,
assim como os amigos, para uma festa
Viver a traição
de alguém ou o término de um relacionamento
Infelizmente,
algumas crianças também sofrem rejeição em casa, o que adiciona uma outra
camada de dor. A rejeição dos pais ou familiares pode incluir:
Ser criticado,
dizer que você não é bom o suficiente ou ser chamado de nomes depreciativos
Ser abusado,
negligenciado ou abandonado
Ser ignorado
Ouvir que seus
sentimentos, ideias ou crenças estão errados ou não importam
Perceber os pais
favorecendo o irmão
Ser mandado
embora porque você era “difícil” ou “problemático”
Ser dito que
você não é talentoso e deve desistir de seus objetivos e sonhos
Falta de apoio
ou desaprovação de sua orientação sexual ou identidade de gênero
Tudo isso é
muito ruim, e quanto maior a frequência e quanto mais jovem é a pessoa
rejeitada, mais impactante é. As crianças pequenas estão ainda desenvolvendo
seu autoconceito e autoestima, por isso são especialmente
vulneráveis. Mesmo que as pessoas não lhe digam abertamente que ela é
inadequada ou não amada, poderá ter essa conclusão porque as crianças pequenas
não têm as habilidades de raciocínio e experiências de vida para entender
completamente todas as razões possíveis da rejeição.
Como a rejeição
é tão dolorosa, naturalmente queremos nos proteger de futuras
rejeições. Fazemos isso erguendo paredes emocionais. Acreditamos
falsamente que isso aliviará a dor da rejeição - como se manter as pessoas à
distância nos impedisse de nos apegarmos ou nos apaixonarmos, ou que a rejeição
não seria tão dolorosa se a outra pessoa não nos conhecesse profundamente. Levantar
muros emocionais e rejeitar prematuramente os outros não nos ajuda a criar
relacionamentos satisfatórios e não nos protege da dor da rejeição.
Enfim, e
repetindo, a rejeição dói. Você pode até reconhecer essa dor mas não se culpe.
Ao contrário, fortaleça a sua resiliência. A rejeição é, de fato, uma pílula
amarga para engolir e a maioria de nós já teve uma boa dose disso.
Não importa o
quanto você queira ver o lado bom disso, mas a rejeição não constrói o
caráter. É algo que quebra corações, traz lágrimas e levanta medos, e esse
medo pode ficar e se tornar uma mancha difícil de remover. Aqui, um alerta
especial pois o medo da rejeição, pode tornar-se um obstáculo ao sucesso e à
felicidade. Em suma, a rejeição não é boa, mas deixar o medo da rejeição ditar
o que você realizará em sua vida pode lhe fará sentir-se ainda pior no
futuro. Faça psicoterapia, pois é um, senão o único recurso capaz de
reverter essa situação.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os!
Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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