Formas de Contato:

Fone e Whatsapp: 11.94111-3637

Email: paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

UMA PESSOA “GAY” DEVE FAZER PSICOTERAPIA APENAS COM UM PSICÓLOGO “GAY”?



UMA PESSOA “GAY” DEVE FAZER PSICOTERAPIA APENAS COM UM PSICÓLOGO “GAY”?

Como eu disse, no vídeo, de vez em quando, alguém me pergunta: “Paulo, como eu sou “gay”, você acha que eu deveria fazer terapia com um psicólogo “gay” ou isso não é importante? O que faz mais sentido para mim?

Sou psicólogo, meu nome é Paulo Cesar, e acho essas perguntas interessantíssimas!  É realmente uma dúvida legítima, merecedora de resposta com detalhes e que possa ajudar nas reflexões de homoafetivos e demais pessoas LGBTQIA+ sobre suas psicoterapias, e também para orientar os amigos e parentes dessas pessoas a respeito disso. Então, vamos em frente com os devidos esclarecimentos.

Por conta das conversar durantes os atendimentos psicológicos de pacientes “gay”s, identifiquei o que podemos chamar de benefícios de uma pessoa do universo LGBTQIA+ fazer terapia com um psicólogo do mesmo universo. Bem, uma coisa é bastante óbvia: não são necessárias longas explicações para que o terapeuta entenda várias situações do paciente. Outra coisa é que o paciente pode supor, com muita razão, que seu terapeuta ficará confortável e certamente terá ouvido falar de tudo do “mundo “gay””, incluindo sua vida sexual. Além disso, um psicólogo homoafetivo saberá conversar sem dificuldades com seu paciente sobre as normas da comunidade “gay”, o que pode ajudar o seu paciente a tomar decisões sobre o que é saudável ou como o paciente pode querer modular o próprio comportamento.

Mas pertencer à mesma comunidade também pode apresentar desafios que presumivelmente não foram pensados. Por exemplo, se ambos fizerem fazem parte da mesma comunidade, provavelmente pode haver uma competitividade com base na percepção de como cada um domina a vida na referida comunidade. Ao longo dos anos em que venho trabalhando com pessoas LGBTQIA+, descobri alguns pacientes ressentidos comigo por conta de suas próprias hipóteses sobre itens importantes no mundo em que também vivem, o “mundo “gay””; eram hipóteses que se referiam ao meu sucesso, minha aparência, minhas roupas ou, mais significativamente, suas suposições sobre quem eu sou e qual a minha orientação sexual, sempre com base em suas próprias projeções. Cabe salientar que isso, em psicoterapia, é muito comum, qualquer que seja a orientação sexual das pessoas em psicoterapia. Sendo pacientes “gay”s, muitas vezes podem pensar que eu me encaixo no estereótipo do homem “gay” branco que tem tudo e que não honra a santidade do relacionamento. Esses sentimentos são importantes para explorar no relacionamento terapêutico, mas certamente podem ser desafiadores.

Não obstante, tenho que dizer que, ao contrário das suposições de muitas pessoas, os homens “gay”s não são imunes à homofobia, a maior parte internalizada por uma vida inteira vivendo num mundo homofóbico. Presumo, ademais, que o primeiro homofóbico que um paciente encontra é aquele que vê ao parar frente a um espelho. O ponto que gostaria de chegar é que esse medo e raiva podem surgir na psicoterapia para com um psicólogo “gay”, especialmente se ele estiver se sentindo confortável consigo mesmo de uma forma que o paciente ainda não se sente. Certa vez, um paciente me disse que tinha uma imagem mental de mim circulando pelo Shopping J. K. Iguatemi em S. Paulo com um monte de sacolas de compras! Ele não estava totalmente errado visto que, tal como muita gente, tenho as minhas superficialidades do Ser, mas sou também bastante profundo em outras com maneiras bem mais significativas, porém a observação foi útil para a terapia porque me mostrou como ele estava se sentindo preso dentro de si mesmo.

O outro lado da história, ou seja, considerar fazer terapia com um psicoterapeuta não-homoafetivo, pode, para alguns, parecer um pouco assustador. As pessoas LGBTQIA+ costumam fazer suposições sobre o nível de conforto de um psicólogo heterossexual com as coisas sobre as quais ele, o paciente, deseja falar. Mas quero, de imediato, acabar com esse medo: se o psicólogo for maduro e experiente, isso não será um problema. Ademais, encontrar alguém fora de sua comunidade que se sinta confortável com todos os aspectos da vida de um cliente homossexual pode ser uma experiência profunda e curadora. Sei, pela minha própria experiência (perdoem-me a falta de modéstia): com os pacientes LGBTQIA+ que atendi ao longo de minha vida profissional, que a experiência, com certeza, sempre foi nada menos do que transformadora.

Do meu ponto de vista, é interessante explorar as suposições que os pacientes LGBTQIA+ têm sobre os terapeutas heterossexuais e as suposições que eles fazem sobre como os terapeutas os veem. Uma coisa que todos os psicólogos sabem é que, se algo está acontecendo no “set terapêutico”, a mesma dinâmica também está acontecendo em outras partes da vida do paciente. E como não vivemos isolados, um psicólogo heterossexual pode trazer uma perspectiva para o processo que um terapeuta homoafetivo não pode - eles podem falar sobre sua experiência como pais, por exemplo. Às vezes, essa experiência pode ser mais útil do que a perspectiva de um terapeuta “gay”.

Em última análise, a resposta para a pergunta é fazer sua lição de casa e ouvir seu instinto. Faça uma primeira sessão com o psicólogo heterossexual, observe-o, ouça a sua voz e reações do terapeuta, analise a sua postura e, acima de tudo, perceba como se sente. Sentir-se seguro e respeitado por seu psicoterapeuta - seja essa pessoa homoafetiva ou não - é a chave para o sucesso da terapia. Você ficará muito vulnerável durante a psicoterapia com essa pessoa, portanto, garantir esse nível de confiança é essencial.

Finalmente, pessoas LGBTQIA+ podem optar por trabalhar com diferentes psicoterapeutas
com base em sua trajetória de vida. Eles podem iniciar a terapia pela primeira vez com um terapeuta de sua comunidade porque, em alguns níveis, como vimos, a compreensão desta comunidade pode tornar mais fácil a conversa. Em outras ocasiões, talvez mais tarde na vida, um paciente “gay” pode escolher um psicólogo heterossexual diferente com base em outros critérios importantes para aquele momento específico. Não há problema em perguntar a eles se já trabalharam com pessoas LGBTQIA+, mas certifique-se de realmente ouvi-los quando responderem. Mesmo que um terapeuta heterossexual tenha tido poucos ou nenhum cliente LGBTQIA+, eles ainda podem oferecer exatamente o que você precisa e uma resposta do tipo: “Não tive tantas experiências assim, e talvez você me ajude a entender mais” é realmente muito ideal; vocês dois estarão envolvidos no processo.

Enfim, hétero ou homossexual? Em última análise, isso pode importar menos do que outros fatores, mas, seguramente, o vínculo e a sensação de conforto sempre serão o mais importante.

Acesse meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA

 

(Leia, abaixo deste vídeo no Blog do Psicólogo, o artigo SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA que contém mais detalhes sobre o assunto.

SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA

A vida oferece muitos momentos extraordinários e significativos: o profundo prazer de se conectar com o amor da vida, ver o pôr do sol, a emoção de cultivar uma nova amizade, a aquisição de um imóvel próprio, uma viagem que sempre quis fazer, etc. No entanto, a vida também tem o péssimo hábito de lançar desafios e decepções em nossos caminhos, e é cheia de tempos difíceis e de momentos que nos fazem questionar bastante sobre o que esperamos do mundo: a perda de um ente querido, dificuldades financeiras graves, um diagnóstico de saúde negativo ou a perda do emprego. Como superamos esses tempos? Como seguir em frente e dar significado à vida nesses momentos em que nos sentimos sobrecarregados, estressados ​​ou arrasados pela dor?

Como é você quando as coisas dão errado? Você persevera? Ou, você está mais propenso a ceder? Se você for capaz de superar a adversidade e se recuperar após uma grande decepção, então você é realmente uma pessoa resistente, realista e otimista, ou seja, você é uma pessoa resiliente, um diligente sobrevivente.

Penso, contudo, que sobreviver às atribulações não é apenas uma arte! É também uma ciência, e tanto a arte quanto a ciência apontam para um único fato - regular as emoções pode ser a chave para a resiliência e superação.

Lembrem-se que no nascimento todos saem do útero com alguma adaptabilidade, então, acredito que superação é algo natural à humanidade. Á vista disso, julgo ser sempre possível recuperar-se da adversidade e viver uma vida saudável e gratificante. Todos conhecemos algumas pessoas que aplicam a superação dia após dia. Essas pessoas não se veem como vítimas, mas como solucionadoras de problemas. Elas não reclamam do que lhes aconteceu. Apenas olham para frente e resolvem o problema em questão.

Como citei, sobreviver às atribulações é uma arte, a derradeira arte de viver. No cerne da superação resiliente está a crença em si mesmo, mas também a crença em algo maior do que si mesmo. Estamos falando de uma qualidade psicológica que permite que algumas pessoas sejam afetadas pelas adversidades da vida e se recomponham pelo menos tão fortes quanto antes. Em vez de permitir que dificuldades, eventos traumáticos ou falhas os superem e esgotem sua determinação, as pessoas resilientes encontram uma maneira de mudar de rumo, curar-se emocionalmente e continuar avançando em direção a seus objetivos. Trata-se, inclusive, do meio pelo qual as crianças de famílias problemáticas e disfuncionais não ficam imobilizadas pelas dificuldades, mas se recuperam delas, aprendem a se proteger e emergir como adultos fortes e capazes de levar uma vida gratificante.

Pessoas que sobrevivem às agruras não permitem que a adversidade as defina. Eles encontram flexibilidade movendo-se em direção a um objetivo além de si mesmos, transcendendo a dor e a tristeza ao perceberem os momentos ruins como um estado de coisas temporário. A reformulação está no cerne da resiliência, tendo o otimismo como uma importante base. Como exemplo, esclareço que o otimismo ajuda a atenuar o impacto do estresse na mente e no corpo após experiências perturbadoras. Isso dá às pessoas acesso a seus próprios recursos cognitivos, permitindo uma análise fria do que pode ter dado errado e a consideração de caminhos comportamentais que podem ser mais produtivos.

Se você não se sente uma pessoa resistente, realista e otimista, isto é, não se vê como uma pessoa resiliente, um diligente sobrevivente, nem tudo está perdido. Você pode recorrer à psicoterapia como forma de adquirir as habilidades e comportamentos típicos de uma pessoa resistente e forte. Certamente será necessário reinterpretar alguns eventos do seu passado ​​para então encontrar os pontos fortes que você provavelmente teve o tempo todo, além de analisar e interpretar as ocorrências do momento atual. Na medida em que é aprendida, a resiliência parece desenvolver-se a partir do desafio de manter a própria autoestima. Uma amostra disso são as famílias problemáticas ou disfuncionais que fazem seus filhos se sentirem impotentes e mal consigo mesmos; a pessoa adquirindo capacidades resilientes durante a psicoterapia saberá como manter a sua autoestima apesar da poderosa influência negativa dos pais. Realmente são aspectos que podem ser cultivados, sendo, portanto, possível fortalecer seu eu interior e sua crença em si mesmo, para se definir como capaz e competente. Sem dúvida, com psicoterapia é possível fortalecer sua psique, é possível desenvolver um senso pessoal de domínio.

Vários pontos são abordados numa psicoterapia para colocar o paciente numa condição de ficar mais forte e um dos pontos é mostrar que existem elementos de nossa cultura que glorificam a fragilidade. Como psicólogo focado na realidade, tenho que fazer o paciente perceber que possui uma capacidade considerável de força, embora possa não estar totalmente ciente disso.

Como devem estar percebendo, o objetivo desta peça é explicar mais sobre o caminho da superação de situações difíceis. Também já devem ter compreendido que não é um caminho despreocupado - É profundo e há dor, mas também há riso, sabedoria e beleza. Em tempos incertos, a dor pode se tornar evidente tanto no âmbito físico quanto no emocional. A vivência clínica me propicia fazer essa contribuição para os que carecem, nessa área, se desenvolver.

Pessoas resilientes não caminham quando tem apenas chuviscos. Elas andam sob chuva de canivetes e têm cicatrizes para mostrar as suas experiências. Eles lutam - mas continuam funcionando de qualquer maneira. Resiliência não é a capacidade de escapar ileso pois não se trata de magia. Mas essas pessoas também são boas em regular suas emoções e manter a calma sob pressão sendo exatamente isso que permite que usem o que sabem quando mais precisam. Os sobreviventes cultivam o insight, o hábito de se fazer perguntas inteligentes e dar respostas honestas. Eles também tomam a iniciativa, se encarregam dos problemas, se aprofundando e se testando com as soluções. De fato, aprenderam algumas características que vale a pena conhecer:

Pessoas Resilientes / Sobreviventes

  • Positivo vs. Negativo: Sentem mais emoções positivas do que negativas. Vêem a vida com otimismo e têm esperança no futuro. Apreciam o humor e podem rir de si mesmos. Escolhem a gratidão ao invés de cinismo.
  • Orientado para tarefas: Em vez de esperar passivamente para ver o que acontece, identificam problemas que podem ser mudados e depois os mudam. E quando algo não pode ser mudado, aprendem a aceitá-lo.
  • Pensamento flexível: A rigidez cognitiva é inimiga da resiliência. A capacidade de pensar rapidamente e gerar soluções alternativas, pensamentos e ideias é a chave para manter a força psicológica. Opções limitadas levam a soluções limitadas.
  • Saúde: Um aspecto importante da resiliência é manter uma saúde física adequada e evitar riscos. Isso inclui exercícios e nutrição adequados, limitar ou eliminar o uso de álcool, tabaco e cafeína e evitar comportamentos descuidados e imprudentes.

Pessoas Não-Resilientes / Sobreviventes

  • Derrotismo egocêntrico: adotam uma atitude derrotista, vendo-se como vítimas e espectadores com pouco controle sobre o que lhes acontece. Valorizam pensamentos como: “Estou quebrado”, “Estou fraco” ou “A vida é muito difícil”.
  • Desligamento emocional: É fácil se retirar emocionalmente. O mais difícil é confrontar deliberadamente os pensamentos e sentimentos que nos incomodam. Negação, isolamento e evitação são marcas da falta de resiliência.
  • Evitar pontos de vista concorrentes: Tendemos a gravitar em torno de pessoas que concordam conosco - e quando encontramos essas pessoas, nos apegamos. Embora possa ser útil alinhar-se com pessoas que compartilham nossas opiniões e apoiam nossas posições, corremos o risco de ter qualquer um de nossos pensamentos e comportamentos inadequados reforçados. Encontrar pessoas que não tenham medo de desafiá-lo de vez em quando pode ajudar na sua resiliência.
Mas eles não fazem todo o trabalho sozinhos. Quem precisa mudar o comportamento carece de fortes sistemas de apoio – terapêutico, familiar, amizades, cônjuge, etc. – dessas pessoas, recebendo ajuda. Eles não tinham medo de falar sobre os momentos difíceis que estavam passando com alguém que se preocupava com seu bem-estar. Os relacionamentos promovem a resiliência - Pessoas saudáveis fazem o trabalho ativo de dar e receber necessário para obter gratificação emocional dos outros.

Além disso, pessoas com capacidade de superação abstém-se de culpas pelo que deu errado; pelo contrário, internalizam o sucesso, assumindo a responsabilidade pelo que dá certo em suas vidas. As pessoas que praticam a autorregulação geralmente são bem-sucedidas no gerenciamento de seus relacionamentos em casa e no trabalho. Aqueles que não possuem essas habilidades têm uma vida mais difícil em geral.

Superar a dor e o desapontamento sem deixá-los se tornar opressores não é necessariamente fácil para ninguém. Mas os psicólogos sabem o que as pessoas mais adaptáveis fazem para continuarem emocional e mentalmente bem após a morte de um ente querido, perda de emprego, problemas financeiros, doença crônica ou outro revés. Por exemplo, você atribui contratempos pessoais e profissionais apenas à sua própria inadequação ou é capaz de identificar fatores contribuintes que são específicos e temporários? Você exige uma sequência perfeita ou é capaz de aceitar que a vida é uma mistura de derrotas e vitórias? Em cada caso, a última qualidade foi associada a maiores níveis de resiliência.

Durante tempos estressantes, as pessoas contam com uma variedade de maneiras de lidar. Algumas pessoas confiam em suas crenças religiosas ou espirituais. Outras buscam conforto em seus relacionamentos mais queridos. Ainda outros não respondem tão positivamente e alguns se voltam para dentro, ficam sobrecarregados de tristeza e não mais se aproximam dos outros. Como podemos entender esses tempos difíceis e tentar responder de forma mais positiva?

Devemos entender que a vida, como um todo, é bastante significativa. Meu argumento é que o significado serve a uma função adaptativa, e nós, humanos, somos muito bons em encontrar significado de várias maneiras. Algumas pessoas o encontram por meio de relacionamentos, religião ou compromisso de fazer boas ações, sendo que a maioria das pessoas se recupera e encontra significado novamente. Além disso, sempre que possível, devemos olhar para o evento estressante da vida como uma oportunidade e não como uma ameaça. Considerando que a perda de um ente querido dificilmente parece uma oportunidade de crescimento, outras fontes de estresse (por exemplo, perder um emprego ou ficar sem recursos financeiros) podem ser uma oportunidade de ganhar uma nova perspectiva, recalibrar o senso de propósito e vocação para encontrar maneiras de desenvolver suas forças. Com certeza, na maioria das vezes (mas nem sempre), as pessoas encontram algum sentido após eventos estressantes em suas vidas. Enfim, é importante encontrar apoio em tempos difíceis. Relacionamentos íntimos são uma fonte de significado na vida. Ao passar por desafios, o apoio social é fundamental. Compartilhar seus sentimentos, obter apoio de amigos e familiares e ter pessoas por perto para garantir que você cuide de si mesmo são importantes nesse processo. É melhor quando não temos que passar por isso sozinhos.

Gente, a vida é cheia de beleza e alegria, assim como de dor e sofrimento. Todos nós passaremos por momentos difíceis na vida, e superá-los faz parte da experiência humana. Com alguma esperança, podemos tomar medidas para tentar tornar a jornada mais significativa. Pense nisso!

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.


VIVA BEM A SUA SEXUALIDADE


 (Leia, abaixo deste vídeo no Blog do Psicólogo, o artigo VIVA BEM A SUA SEXUALIDADE

ARTIGO: VIVA BEM A SUA SEXUALIDADE

Gente, não devia ser assim, mas sexualidade é um negócio complicado! Pelo menos para a grande maioria das pessoas apesar de poder ser a porta de entrada para que nós, humanos, sejamos completos. Mas o fato é que desde que Adão e Eva morderam a maçã, sexo tem sido algo complexo.

Não é à toa que está havendo muitas ofertas de atividades informativas, culturais e terapêuticas abordando a sexualidade. Por exemplo, o interesse crescente por tantra yoga ou, paro o bem da verdade, massagem tântrica, visto que na verdade, o Tantra nada tem a ver com super sexualidade, sexo sem limites ou qualquer coisa que sugira algo similar. O Tantra é uma linhagem cultural com perfil iniciático que prescreve segredos com juramento de silêncio, fundamentada em habilidades profissionais que são transmitidas dentro da família. Esses ensinamentos estão de acordo com a filosofia do Yoga e é transmitido como herança e patrimônio dessa mesma cultura, especialmente para o fortalecimento da família econômica e espiritualmente. O Tantra tem como princípio o culto do feminino, da Grande Mãe, buscando a manifestação psíquica da força do feminino dentro de nós, que na Índia é simbolizado pela deusa Shakti. Hoje há o risco de encontrar muitas armadilhas oferecendo técnicas miraculosas para o desbloqueio da repressão da energia sexual, problemas estes comumente encontrados e resolvidos dentro do consultório psicológico. Como psicólogo pós-graduado em Sexualidade Humana, estou convicto de que o verdadeiro conhecimento sobre nossas questões sexuais é que nos afasta da ignorância e dessas perigosas armadilhas, mais do que frequentes no mundo ocidental. Não podemos esquecer que o sexo é físico, emocional e psicológico. Ele controla nossa identidade de gênero (e o que a ela é pertinente), nosso lugar na sociedade, nossa capacidade de reproduzir e ter prazer.

Muitas pessoas pensam que tem problemas sexuais quando na realidade, precisam apenas de ajuda e orientação para descobrir a própria sexualidade, permitir prazer e encontrar satisfação. Para isso, o mais indicado é um psicólogo especialista em sexualidade / sexologia. Na psicoterapia, o cliente poderá abordar todas as questões sobre as quais tem dúvidas, sanando-as com seu psicoterapeuta. Exemplo de assuntos: ansiedade, fantasias sexuais, desejos sexuais não realizados, frigidez, impotência, uso de brinquedos eróticos, repressão sexual, vergonha, sexo na gravidez, preliminares, penetração, ponto g, tamanho do pênis, abuso sexual e vários outros assuntos que assombram as mentes de muita gente. Saliento que na psicoterapia sexual, o papel do psicólogo é defender a autenticidade sexual e o direito sexual dos pacientes, o que tem como consequência uma maior conscientização sobre si mesmo (corpo e mente), melhorias no desempenho sexual e aumento da autoestima e autoconfiança.

Podemos hoje, no século XXI, viver sem relações sexuais? Quais são as consequências? É perigoso viver sem sexo?

A resposta é que não é perigoso viver sem sexo. Na verdade, a sexualidade não é uma necessidade vital. É um meio de expressão para o corpo, para todo o ser, mas um indivíduo que não tem vida sexual não corre perigo. Comer, beber, dormir são coisas necessárias para todo ser humano. A sexualidade não se enquadra nessa categoria. Mas o sexo é bom para sua saúde pois ativa os circuitos de recompensa no cérebro sem quaisquer efeitos deletérios. No combate às doenças cardiovasculares, a título de exemplo, durante a relação sexual, a frequência cardíaca aumenta, o que tem um efeito benéfico no sistema cardiovascular. De acordo com um estudo, fazer sexo duas vezes por semana, em média, reduz o risco cardíaco mais do que fazer sexo uma vez por mês.

Posto isso, de fato a vida sexual saudável é muito importante e afeta a felicidade. Devemos nos cuidar! Não há problema em precisar de apoio para entender e abraçar nossos corpos, não precisamos nos esconder atrás da máscara da doença para pedir ajuda. E o que chamo de “psicoterapia sexual” (a terapia conduzida por um psicólogo especialista em sexualidade humana) é um excelente caminho para manter a integridade do ser com a inclusão de vida afetiva e sexual, bem como a conexão com o próprio corpo. Nossos corpos e nossas mentes não podem ser separados - Quando somos capazes de entrar em contato com nosso corpo, também entramos em contato com nossos sentimentos. Somos seres sexuais e isso não vai acabar e, às vezes, precisamos ir além do que apenas pensar sobre isso para descobrir – é necessário falar, discutir, conhecer.

As sessões de psicoterapia podem ser realizadas presencialmente ou via online. Sendo online, o paciente pode morar em qualquer lugar e ter acesso ao seu psicoterapeuta. Considere esse mergulho em sua própria sexualidade, afinal, você tem o poder de viver a vida que deseja sem abandonar tudo e todos que ama. É possível mudar a si mesmo de dentro para fora, mas às vezes, é necessário um guia psicológico, um profissional que lhe dê segurança nesse processo.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. 
  • Psicólogo pós-graduado em Psicologia Clínica, Sexualidade Humana e Autismo, de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. 
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. 
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo cel./whatsapp 11.94111-3637.

QUE NOME VOCÊ DÁ AO SEU RELACIONAMENTO?

                                                             VÍDEO

 (Leia também o artigo QUE NOME VOCÊ DÁ AO SEU RELACIONAMENTO? abaixo desse vídeo)


Artigo QUE NOME VOCÊ DÁ AO SEU RELACIONAMENTO?

Não que seja importante e fundamental, mas definições dão segurança e estabilidade emocional às pessoas. Mas descobrir o status do relacionamento pode ser confuso. É sobre isso que se trata esse artigo.

Você se sente confuso(a) sobre o relacionamento que tem com alguém com quem está saindo há algum tempo? Você mantém contato, porém apenas esporadicamente? Você sente incertezas sobre seu futuro juntos? Se sim, você provavelmente está numa condição que pode ser chamada de aventura, “affaire” ou “affair”, rolo, flerte e por aí, vai... Aqui chamaremos simplesmente de “situação”.

Uma “situação” é um relacionamento indefinido ou sem compromisso - quase igual a um relacionamento romântico “normal-regular”, mas não exatamente. Normalmente, um(a) parceiro(a) numa “situação” está satisfeito(a) com o tipo de relação, enquanto o(a) outro(a) espera que se transforme em algo mais.

Envolver-se repetidamente em “situações” pode não ser muito bom para o seu autodesenvolvimento e pode colocar a outra pessoa no pedestal. Há várias pesquisas que mostram que relacionamentos mais definidos e comprometidos, como namoro ou casamento estão associados a maiores benefícios do que os relacionamentos menos comprometidos. Uma outra pesquisa, surpreendentemente, descobriu que praticar sexo casual pode aumentar o risco de resultados psicológicos negativos.

Bem, aqui gostaria de abordar três maneiras de reconhecer uma "situação" e encontrar uma saída para ela.

O mais cedo possível, observe os sinais - Embora não haja uma definição padrão de “situação”, alguns indicadores são:

  • Você se sente confuso(a) o que você é nesta relação. Pode parecer muito cedo para você e seu(sua) parceiro(a) se perguntarem "o que nós somos?" Claro que pode haver um grande desconforto em colocar um rótulo em seu relacionamento, estabelecendo expectativas e definindo limites, além do ser possível um certo medo de um compromisso, todavia é importante dizer que essa falta de clareza pode levar a confusão e estresse, principalmente se você quiser levar as coisas à frente com a outra pessoa.
  • Os planejamentos dos encontros são principalmente de última hora, de curto prazo e esporádicos. Você e seu(sua) parceiro(a) podem fazer planos impulsivos que duram apenas algumas horas.
  • A conexão emocional geralmente é superficial. “Situações” muitas vezes são baseadas numa conexão superficial, apesar da intimidade física. Não ocorrem muitas conversas sobre assuntos sensíveis, profundos e significativos e vocês não dependem um do outro para obter apoio emocional.
  • A relação não é exclusiva. Você e seu(sua) parceiro(a) podem não ter discutido sobre ver um ao outro exclusivamente e podem ter insinuado, com eufemismos, algo como: "Não estou pronto(a) para me fixar em alguém" ou "Prefiro manter minhas opções em aberto".
  • Não há futuro no horizonte. As pessoas em “situações” difíceis não fazem planos de longo prazo e podem não ver um futuro juntos. Você pode se perguntar o que realmente deseja deles.

Seja honesto sobre seus sentimentos e peça o que quiser - É importante que você comunique suas expectativas para o relacionamento desde o início e as renove com frequência com seu(sua) parceiro(a). Se você está interessado(a) em desenvolver a “situação” transformando-o num relacionamento sério, você precisa conversar. Declarar suas necessidades e pedir o que você quer lhe dará clareza sobre a posição da outra pessoa. Você pode nem sempre gostar da resposta, mas pelo menos saberá.

Se, depois de conversar, você perceber que interpretou mal os sentimentos ou intenções da outra pessoa, use isso como uma oportunidade de aprendizado. Faça a si mesmo(a) perguntas como:

  • A outra pessoa deu sinais de que não estava interessada desde o início?
  • Evitei expressar como realmente me sentia?
  • A situação realmente valeu a pena?

Refletir e aprender com sua “situação” é uma das melhores maneiras de seguir em frente.

Comunique-se abertamente, não passivamente – Se é você quem não quer algo mais do que um relacionamento casual, adotar uma abordagem passiva pode ser prejudicial. Passar um tempo juntos sem deixar claras suas intenções e expectativas pode criar a ilusão de que você deseja algo mais duradouro. Comunique suas necessidades, limites e expectativas desde o início para evitar mágoas no futuro.

Por fim, gostaria de falar que uma “situação” é sempre um relacionamento casual. Se é isso que você está procurando, então vá em frente. Se você está procurando um relacionamento sério, comunique essa necessidade ao(à) seu(sua) parceiro(a). Se, a qualquer momento, você sentir que sua “situação” está prejudicando sua saúde mental, consulte um psicoterapeuta pois esse é um profissional preparado e treinado para ajudá-lo(la) nessas horas.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL

 VÍDEO

(Leia o artigo FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL abaixo desse vídeo)


ARTIGO: FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL

As “Fake News” e as desinformações estão tornando a vida mais complicada e sendo responsáveis pela ida de muita gente aos consultórios de psicólogos clínicos, já que podem exacerbar os problemas de saúde mental que temos, aumentando os sintomas e tornando mais difícil a cura ou a maneira de lidar com eles. Essas manifestações nas mídias sociais representam, realmente, uma séria ameaça à estabilidade social e à saúde mental. Levam a novos problemas psicológicos que se desenvolvem devido à dificuldade em lidar com essa falsa realidade, a qual apresenta condições que podem facilmente desencadear ataques de pânico, fobias, ansiedade, desesperança, desespero, tristeza e TOC. Para algumas pessoas as “Fake News” e desinformações alimentam sentimentos negativos e podem até impedi-las de continuar com seu estilo de vida normal por estarem sintonizadas no ciclo de falsas notícias 24 horas por dia. 

A verdade é que a exposição a informações imprecisas desse tipo pode levar à confusão sobre o que é verdadeiro e real, endossando ideias incorretas e fomentando a disposição de compartilhar as informações imprecisas. De fato, é difícil se aventurar de modo online hoje em dia – ou ligar qualquer emissora de televisão – sem se deparar com acaloradas discussões ou propagações de “notícias falsas.  Para muitos consumidores de mídia, pode parecer que estamos vivendo uma era distópica totalmente nova, com cada ciclo de notícias ou coletivas de imprensa nos enviando ainda mais para o fundo do poço. Isso é muito entristecedor e um verdadeiro retrocesso psicossocial.

Na psicologia, acredita-se que as crenças epistêmicas (do conhecimento real e verdadeiro) se desenvolvem e se solidificam durante a infância e a adolescência. Para as crianças, há apenas preto ou branco em muitas questões: uma ideia é boa ou ruim, uma proposição verdadeira ou falsa. Mais tarde, elas aprendem a diferenciar: se alguém gosta de Beethoven ou gosta de músicas pop é uma questão de gosto. Durante esse período, elas tendem a ver opiniões diferentes como iguais – mesmo aquelas sobre questões como as mudanças climáticas causadas por humanos. Em algum momento, aprendemos a avaliar diferentes posições; por exemplo: sim, há opiniões diferentes, mas algumas mais apoiadas em evidências do que outras. Mas nem todos parecem dar esse passo, ficando para o emocional um papel preponderante na qualificação das informações recebidas. Uma vez que “Fake News” (falsas, incompletas ou enganosas) visam manipular as opiniões alheias, elas são projetadas para provocar uma resposta emocional de um leitor/espectador, sendo, muitas vezes, de natureza inflamatória e que podem provocar sentimentos de raiva, suspeita, ansiedade e até depressão, distorcendo nossos pensamentos. 

Mas não é só isso! Reconhecer ou perceber que são notícias falsas também pode provocar sentimentos de raiva e frustração, especialmente se o receptor se sentir impotente diante das tentativas de manipular a opinião pública por meio de “Fake News”. Então, e o que acontece quando encontramos esse tipo de informação? Podemos passar a “pensar” com nosso “cérebro emocional” em oposição ao nosso “cérebro racional”. Assim, tornar-se consciente de que tipo de mídia desencadeia o pensamento emocional e aprender a empregar o pensamento racional pode ajudar. 

Felizmente, os psicólogos conseguiram identificar um tipo de personalidade que não apenas é mais propenso a compartilhar “Fake News” como inclusive não se intimida em compartilhá-las, mesmo depois de ser avisado de que pode ser falso.

Conscienciosidade refere-se à disposição de uma pessoa em ser diligente, confiável, obediente, cautelosa, controlar seus impulsos e seguir as normas sociais. A consciência, portanto, tem papel significativa nesses casos, exceto para esse tipo de personalidade, o qual tem interesse exclusivo na auto-satisfação.

A consciência é um dos traços que compõem a personalidade humana, sendo a conscientização (processo de tornar-se consciente) fundamental quando se trata de identificar o que é informação correta e o que não é. Acontece que essas pessoas compartilham informações  errôneas parece ser motivadas pelo desejo de criar caos. Lamentavelmente, esse desejo não é reduzido mesmo quando o indivíduo viu um aviso de que a história que estava compartilhando pode ser falsa. À vista disso, uma questão crítica para o futuro é que se há algo que possa ajudar a reduzir esse comportamento, talvez seja abordando o desejo de caos desses indivíduos.

As pessoas que negam a existência de fatos acreditam em “Fake News” com mais frequência. São aqueles que chamamos de “pessoas com traços de personalidade sombrios”, ou seja, são as pessoas que sempre colocam seu próprio benefício em primeiro lugar.

Algumas pessoas acreditam em “Fake News” mesmo quando os fatos científicos claramente as contradizem. Essa característica é chamada de "fator obscuro da personalidade" e leva em conta vários traços de personalidade sombrios, como narcisismo, psicopatia ou maquiavelismo. Pode se dizer que "todo mundo é egoísta até certo ponto", no entanto, é problemático quando as pessoas se concentram em seu próprio bem-estar com tanta força que os interesses de seus semelhantes não desempenham mais nenhum papel.

Como citei, as pessoas com traços de personalidade sombrios distorcem a realidade de acordo com seu próprio benefício e quanto menos eles acreditam na existência dos fatos, mais difícil é para que se separe as afirmações verdadeiras das falsas. Além disso, quanto mais forte é o "fator obscuro da personalidade", ou seja, quanto mais acentuado seu interesse próprio em detrimento dos outros, mais eles duvidam que haja diferença entre as descobertas científicas e meras opiniões. Quer dizer, essas pessoas só acreditam no que parece verdadeiro para elas, consequentemente, acham difícil distinguir declarações verdadeiras de falsas; deste modo, possuem predisposição e desimpedimento para acreditar que notícias falsas são verdadeiras - pessoas com traços de personalidade sombrios dobram a realidade ao seu próprio gosto.

Mas existem algumas maneiras de se proteger dos efeitos das notícias falsas:

  1. Mantenha-se informado usando fontes confiáveis.
  2. Converse com amigos ou familiares que estejam interessados ​​em se manter bem informados.
  3. Não acredite em tudo que lê nas redes sociais ou vê na TV.
  4. Questione:
    • Onde está publicado?
    • Que tipo de conteúdo é esse?
    • Quem se beneficia da minha crença em sua veracidade?
  5. Considere que os traços de personalidade que melhor descrevem os consumidores de notícias falsas são histrionismo (emocionalidade excessiva e busca de atenção), esquizotipia (capacidade de estabelecer vínculos afetivos devido a distorções da realidade e comportamentos excêntricos), paranóia e narcisismo.
  6. Considere que indivíduos com tendências de sugestionabilidade e busca de emoções correm mais risco de não detectar notícias falsas corretamente.
  7. Os vieses cognitivos (como o Efeito Barnum) são variáveis ​​que estimulam o consumo de notícias falsas (O Efeito Barnum é um tipo de viés cognitivo significando que ele faz parte de um enorme conjunto de erros cometidos pelo cérebro, que, ao processar as informações recebidas do mundo à nossa volta, toma conclusões equivocadas como corretas. Assim, essas pessoas conseguem dar muito sentido às coisas à primeira vista e, até certo ponto, isso basta para entender o seu contexto e sobreviver).
  8. Intervenções psicológicas baseadas no pensamento crítico podem ser úteis para prevenir o consumo de notícias falsas.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.

Atendimentos presenciais e por internet.

Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

O GRAVE PROBLEMA DA REJEIÇÃO



Qualquer um que tenha passado pelas aulas de ginástica no colégio conhece a ansiedade de ser o último a ser escolhido para o time de futebol ou de queimada. Se não for escolhido, sentirá a mesma mágoa de quando é excluído do almoço com os amigos e depois ver fotos do evento nas mídias sociais, ou quando não consegue o emprego após a entrevista ou é abandonado pela namorada. Sim, a rejeição dói e todos nós já experimentamos essa dor.

Mas, o que é a rejeição? Sentimo-nos rejeitados quando não somos incluídos, aceitos ou aprovados. Envolve a perda de algo que tínhamos ou queríamos, e, como o abandono, nos faz sentir indesejados e não bons o suficiente.

 

Posso dizer sem medo que para algumas pessoas, a dor de ser excluído não é tão diferente da dor de uma lesão física. A rejeição também tem sérias implicações para o estado psicológico de um indivíduo e para a sociedade em geral. A rejeição social pode influenciar a emoção, a capacidade de aprender e até a saúde física. Além disso, as pessoas ostracizadas às vezes se tornam agressivas e podem recorrer à violência.

 

Os seres humanos têm uma necessidade fundamental de “pertencer”. Assim como temos necessidades de comida e água, também temos necessidades de relacionamentos positivos e duradouros. Essa necessidade está profundamente enraizada em nossa história evolutiva e tem todos os tipos de consequências para os processos psicológicos modernos. Nas interações sociais, a rejeição social ocorre quando uma pessoa é excluída da relação, podendo ser rejeição interpessoal e rejeição romântica.

 

Uma pessoa pode ser rejeitada individualmente ou por um grupo inteiro de pessoas por bullying, provocação, ridicularização, por ignorar uma pessoa ou dar “um gelo” (tratamento de silêncio). Algum nível de rejeição é inevitável na vida, mas pode se tornar um problema quando é prolongada, quando o relacionamento é importante ou quando o indivíduo é altamente sensível à rejeição. A rejeição por parte de um grupo de pessoas pode ter efeitos especialmente negativos, principalmente quando resulta em isolamento.

A experiência de rejeição pode levar a uma série de consequências psicológicas adversas, como solidão, diminuição da autoestima, agressividade e depressão. Também pode levar a sentimentos de insegurança e uma maior sensibilidade à rejeição futura. Imagino que a maioria das pessoas reconhecem que a necessidade de amor e pertencimento é uma motivação fundamental e que mesmo os introvertidos precisam ser capazes de dar e receber afeto para serem psicologicamente saudáveis. O simples contato com outras pessoas não é suficiente para suprir essa necessidade. Em vez disso, as pessoas têm um forte impulso motivacional para formar e manter relacionamentos interpessoais atenciosos. As pessoas precisam tanto de relacionamentos estáveis ​​quanto de interações satisfatórias com os outros nesses relacionamentos. Se algum desses dois ingredientes estiver faltando, as pessoas começarão a se sentir solitárias e infelizes. Realmente, a rejeição é uma ameaça significativa. 

Ser membro de um grupo também é importante para a identidade social e autoconceito. Talvez o principal objetivo da autoestima seja monitorar as relações sociais e detectar a rejeição social. Nessa visão, a autoestima é um sociômetro que ativa emoções negativas quando aparecem sinais de exclusão.

Estudos mostram que a maioria das crianças rejeitadas por seus colegas apresenta um ou mais dos seguintes padrões de comportamento: baixas taxas de comportamento “pró-social”, por exemplo, revezando, compartilhando, altas taxas de comportamento agressivo, altas taxas de comportamento desatento, imaturo ou impulsivo, e altas taxas de ansiedade social. Por outro lado, as crianças queridas mostram habilidade social e sabem quando e como participar das brincadeiras dos grupos. Aquelas que correm o risco de rejeição são mais propensas a se sentirem incomodadas ou a ficar para trás sem participar. Crianças de minorias, crianças com deficiência ou com características ou comportamentos incomuns podem enfrentar maiores riscos de rejeição. Crianças que são menos extrovertidas ou simplesmente preferem brincadeiras solitárias são menos propensas a serem rejeitadas do que crianças que são socialmente inibidas e mostram sinais de insegurança ou ansiedade. Crianças rejeitadas são mais propensas a sofrer bullying na escola e nos playgrounds e tendem a ter baixa autoestima, além de maior risco de internalizar problemas como a depressão. Por último, cito que algumas crianças rejeitadas exibem comportamento impulsivo e mostram agressividade em vez de depressão. 

Quanto à rejeição romântica, sabe-se que tanto em adolescentes quanto em adultos, ela ocorre quando uma pessoa recusa os avanços românticos de outra ou termina unilateralmente um relaciona-mento existente. O amor não correspondido é uma experiência comum na juventude, mas o amor mútuo torna-se mais típico à medida que as pessoas envelhecem.

A rejeição romântica é uma experiência emocional dolorosa que faz com que os indivíduos rejeitados experimentem uma série de emoções negativas, incluindo frustração, raiva intensa e, eventualmente, resignação e desespero.

Você experimentou alguma dessas rejeições comuns na infância ou adolescência?

  • Ser intimidado
  • Tentar jogar num time e não conseguir
  • Não ter ninguém com quem almoçar
  • Ser último escolhido e ouvir frases do tipo “só restou o fulano”
  • Não ser convidado, assim como os amigos, para uma festa
  • Viver a traição de alguém ou o término de um relacionamento

Infelizmente, algumas crianças também sofrem rejeição em casa, o que adiciona uma outra camada de dor. A rejeição dos pais ou familiares pode incluir:

  • Ser criticado, dizer que você não é bom o suficiente ou ser chamado de nomes depreciativos
  • Ser abusado, negligenciado ou abandonado
  • Ser ignorado
  • Ouvir que seus sentimentos, ideias ou crenças estão errados ou não importam
  • Perceber os pais favorecendo o irmão
  • Ser mandado embora porque você era “difícil” ou “problemático”
  • Ser dito que você não é talentoso e deve desistir de seus objetivos e sonhos
  • Falta de apoio ou desaprovação de sua orientação sexual ou identidade de gênero

Tudo isso é muito ruim, e quanto maior a frequência e quanto mais jovem é a pessoa rejeitada, mais impactante é. As crianças pequenas estão ainda desenvolvendo seu autoconceito e autoestima, por isso são especialmente vulneráveis. Mesmo que as pessoas não lhe digam abertamente que ela é inadequada ou não amada, poderá ter essa conclusão porque as crianças pequenas não têm as habilidades de raciocínio e experiências de vida para entender completamente todas as razões possíveis da rejeição.

Como a rejeição é tão dolorosa, naturalmente queremos nos proteger de futuras rejeições. Fazemos isso erguendo paredes emocionais. Acreditamos falsamente que isso aliviará a dor da rejeição - como se manter as pessoas à distância nos impedisse de nos apegarmos ou nos apaixonarmos, ou que a rejeição não seria tão dolorosa se a outra pessoa não nos conhecesse profundamente. Levantar muros emocionais e rejeitar prematuramente os outros não nos ajuda a criar relacionamentos satisfatórios e não nos protege da dor da rejeição.

Enfim, e repetindo, a rejeição dói. Você pode até reconhecer essa dor mas não se culpe. Ao contrário, fortaleça a sua resiliência. A rejeição é, de fato, uma pílula amarga para engolir e a maioria de nós já teve uma boa dose disso. 

Não importa o quanto você queira ver o lado bom disso, mas a rejeição não constrói o caráter. É algo que quebra corações, traz lágrimas e levanta medos, e esse medo pode ficar e se tornar uma mancha difícil de remover. Aqui, um alerta especial pois o medo da rejeição, pode tornar-se um obstáculo ao sucesso e à felicidade. Em suma, a rejeição não é boa, mas deixar o medo da rejeição ditar o que você realizará em sua vida pode lhe fará sentir-se ainda pior no futuro. Faça psicoterapia, pois é um, senão o único recurso capaz de reverter essa situação.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.