
PAULO CESAR T. RIBEIRO - Psicólogo de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Formado na Univ. de Guarulhos, especializado na área clínica, com certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), extensão e certificação em Filosofia e Meditação (PUCRS), pós graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUC RS) e com diversos cursos de aperfeiçoamento e atualização.
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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.
CIÚME PATOLÓGICO E EXCESSIVO É UM PROBLEMA PARA A VIDA DO CASAL
(Série: Reeditando artigos interessantes)
Muitos pensam no ciúme como sendo uma
convenção social, assim como a monogamia. Isso indica que o entendimento é que a
sociedade espera que a pessoa seja ciumenta, aceitando de maneira suprema as
normas socialmente definidas. Contudo, oponho-me a essa forma de compreender o
ciúme, senão teremos que aceitar como “normal” os pescoços das meninas sendo
alongados por anéis de latão em partes da Tailândia e da Birmânia, clitóris
cortados com lâminas enferrujadas e lábios costurados no norte da África. Aceito,
por outro lado, a idéia de que o ciúme
também se alimenta do medo criado socialmente - medo de dificuldades
financeiras, de estigmas sociais e de não ter acesso fácil a sexo ou
intimidade. Mas enfim, o ciúme existe e é preciso distinguir claramente o ciúme
"comum" do ciúme patológico.
O ciúme “comum” é sentido com moderação e
pode-se considerá-lo, portanto, normal. É aquele tipo de ciúme que todos podem
sentir e sofrer em algum momento do relacionamento, se a pessoa for confrontada
com uma experiência que cause o medo de perder o ente querido e de ficar sozinho.
É uma emoção dolorosa pois implica em receio intenso de perder o afeto ou o
favoritismo de alguém que você ama, por causa de outra pessoa. Todavia, em
certas situações que podem provocar muitas dúvidas, o ciúme pode ser um tipo de
sinal de alerta útil e eficaz.
O segundo tipo de ciúme - o ciúme
patológico ou mórbido - é sinalizado por pensamentos irracionais e obsessivos
centrados na possível infidelidade sexual de um amante ou ex-amante, junto com
um comportamento inaceitável ou extremo. Em outras palavras, esse tipo de ciúme
inclui várias formas de sentimentos confusos e injustificados que transformarão
a vida da pessoa ciumenta em um verdadeiro inferno de dúvidas. O ciumento
doentio necessita constantemente saber onde o outro está, o que ele faz, com
quem está, etc.
Gosto de pensar no ciúme patológico como um
sintoma e não um diagnóstico. A pessoa que experimenta esse ciúme tem uma ideia
totalmente distorcida da realidade. Ela acha que um pode possuir o outro, controlá-lo
como se fosse um objeto pessoal. Diante do medo de perder a pessoa que ama, o
ciumento tenta desesperadamente controlar a parceira, mas, estando prisioneiro desse círculo vicioso e infernal, não percebe que isso pode provocar a ruptura / perda do relacionamento ou da qualidade do
relacionamento, coisas que tenta evitar a todo custo.
É essencial reagir (tentar melhorar) antes
de estragar tudo!!!! O ciúme pode ser consequência de uma profunda falta de
autoconfiança, de autoestima e de uma visão equivocada da realidade. É um
distúrbio que pode ser superado, já que o ciumento é capaz de aceitar que é
impossível para ele controlar tudo, especialmente as pessoas ao seu redor.
Não existe um tratamento medicamentoso
para o ciúme. Uma solução para o ciúme é procurar um aconselhamento psicológico
ou psicoterapia, o qual deve focar principalmente na melhoria da autoestima e da
autoimagem da pessoa que sente ciúme patológico. Além disso, não se pode esquecer
que uma pessoa ciumenta sofre muito e que terá que empreender um trabalho
psicológico significativo para tentar resolver suas falhas e suas deficiências; sendo, assim, algo sério e importante, a ajuda deve ser de um psicólogo ou de um psiquiatra que exerçam a
atividade de psicoterapia. Esses são profissionais especializados em saúde
mental, com representatividade oficial, conselho de classe, código de ética e
conhecedores de técnicas consagradas de psicoterapia. Evite os terapeutas que
não possuem essa formação ou que se utilizam de “técnicas” sem comprovação de
estudos científicos.
Espero
que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma
excelente qualidade de vida. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE
AQUI para conhecer algumas DICAS PARA MELHORAR A SUA AUTOESTIMA.
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Um
abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612
ADOLESCENTES COM DEPRESSÃO – DETALHES A RESPEITO DESSE TRANSTORNO!

Certa vez escrevi um artigo onde comento que os adolescentes também podem ter depressão e a sentem de uma maneira
muito semelhante aos adultos (acesse clicando em ADOLESCENTES TAMBÉM SOFREM DE DEPRESSÃO), entretanto, eles podem sentir suas emoções bem
mais intensamente e com maior volatilidade. Mencionei, no artigo, que a depressão no adolescente é um problema grave, e que pode ser
prevenida quando se conhece os sintomas. Aqui, pretendo detalhar esse quadro para que pais, parentes e as diversas pessoas (inclusive os próprios adolescentes) tenham um melhor conhecimento e ajam preventivamente com adolescentes com quem convive. Detalhar o transtorno
de depressão, contudo, exige que esse artigo seja um “textão”, mas isso é melhor do que deixar
faltar informações que podem dificultar o conhecimento e a identificação de
jovens deprimidos.
Inicio dizendo que a depressão é uma espécie de mal funcionamento do cérebro no que diz respeito ao controle das emoções (ou do “estado de espírito”). É um transtorno do humor caracterizado por emoções ruins intensas e persistentes, sendo que essas emoções afetam negativamente a vida das pessoas causando dificuldades sociais, educacionais, pessoais e familiares. Depressão não é a mesma coisa de tristeza, e a pessoa deprimida não consegue simplesmente "sair dessa". Ela afeta a maneira como a pessoa pensa, sente e age, tornando-se uma espécie de lente negativa através da qual o deprimido vê e experimenta o mundo. Quando a depressão acontece, geralmente dura muitos meses, se bem que pode haver curtos períodos, o que chamamos de episódios de depressão. A maioria das pessoas que sofrem de depressão experimentará muitos episódios durante sua vida. Um evento negativo (como a perda de uma pessoa amada ou um estresse grave e prolongado) pode desencadear um episódio de depressão, mas em sua maioria, esses ocorrerão espontaneamente. Quero dizer, também, que a depressão não é causada pelos estresses habituais da vida, ainda que esses possam funcionar como “gatilhos”. É um transtorno que, frequentemente, vem acompanhada de sentimentos de ansiedade e que provocam problemas significativos para a família, com amigos, no trabalho ou na escola.
Inicio dizendo que a depressão é uma espécie de mal funcionamento do cérebro no que diz respeito ao controle das emoções (ou do “estado de espírito”). É um transtorno do humor caracterizado por emoções ruins intensas e persistentes, sendo que essas emoções afetam negativamente a vida das pessoas causando dificuldades sociais, educacionais, pessoais e familiares. Depressão não é a mesma coisa de tristeza, e a pessoa deprimida não consegue simplesmente "sair dessa". Ela afeta a maneira como a pessoa pensa, sente e age, tornando-se uma espécie de lente negativa através da qual o deprimido vê e experimenta o mundo. Quando a depressão acontece, geralmente dura muitos meses, se bem que pode haver curtos períodos, o que chamamos de episódios de depressão. A maioria das pessoas que sofrem de depressão experimentará muitos episódios durante sua vida. Um evento negativo (como a perda de uma pessoa amada ou um estresse grave e prolongado) pode desencadear um episódio de depressão, mas em sua maioria, esses ocorrerão espontaneamente. Quero dizer, também, que a depressão não é causada pelos estresses habituais da vida, ainda que esses possam funcionar como “gatilhos”. É um transtorno que, frequentemente, vem acompanhada de sentimentos de ansiedade e que provocam problemas significativos para a família, com amigos, no trabalho ou na escola.
DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES
A depressão, como mencionado, também é sentida
por adolescentes e é um sério problema de saúde mental devido ao típico sentimento
persistente de tristeza e à perda de interesse pelas atividades costumeiras. Afeta o adolescente
na forma de pensar, sentir e se comportar, e pode causar problemas emocionais,
funcionais e físicos. É um transtorno que pode ocorrer em qualquer momento da
vida, mas ressalto que os sintomas geralmente são diferentes entre adolescentes e adultos.
A pressão dos colegas, as expectativas acadêmicas e as mudanças que ocorrem no corpo podem trazer muitos altos e baixos para os jovens sendo que, para alguns adolescentes, as fases de “baixa” são mais do que apenas sentimentos temporários - são sintomas de depressão.
A depressão do adolescente não é uma fraqueza ou algo que pode ser superado apenas com força de vontade - há consequências graves e requer tratamento a longo prazo. Para a grande maioria desses jovens, os sintomas de depressão diminuem com o tratamento, o qual é composto de psicoterapia ou, conforme o caso, psicoterapia e medicação simultaneamente.
A pressão dos colegas, as expectativas acadêmicas e as mudanças que ocorrem no corpo podem trazer muitos altos e baixos para os jovens sendo que, para alguns adolescentes, as fases de “baixa” são mais do que apenas sentimentos temporários - são sintomas de depressão.
A depressão do adolescente não é uma fraqueza ou algo que pode ser superado apenas com força de vontade - há consequências graves e requer tratamento a longo prazo. Para a grande maioria desses jovens, os sintomas de depressão diminuem com o tratamento, o qual é composto de psicoterapia ou, conforme o caso, psicoterapia e medicação simultaneamente.
Os sintomas de depressão em pessoas deste grupo podem
variar em gravidade. Esses sintomas e vários outros sinais incluem uma
mudança em relação à atitude e aos comportamentos anteriores do adolescente, o que pode
causar sofrimento e significativos problemas na escola ou em casa, em
atividades sociais ou em outras áreas da vida. Algumas alterações nas emoções e
no comportamento do adolescente podem incluir os exemplos abaixo.
Mudanças emocionais:
Mudanças emocionais:
- Vontade de chorar constantemente, crises de choro sem motivo aparente.
- Frustração ou sentimentos de raiva, mesmo sobre assuntos de pouca importância.
- Sentimentos de tristeza, ansiedade ou "vazios" persistentes.
- Sentimentos de desesperança ou pessimismo.
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo.
- Irritabilidade.
- Perda de interesse ou prazer em atividades habituais ou hobbies, incluindo sexo.
- Perda de interesse pelos familiares e amigos e/ou conflitos com os mesmos.
- Fixação em fracassos passados ou autocensura / autocrítica exagerada.
- Extrema sensibilidade à rejeição ou falha.
- Dificuldades para pensar, concentrar-se, tomar decisões e lembrar das coisas.
- Sensação contínua de que a vida e o futuro são sombrios e sombrios.
- Pensamentos frequentes de morte e tentativas de suicídio.
Mudanças Comportamentais:
- Fadiga, cansaço e diminuição de energia.
- Insônia, vigília matinal ou sono excessivo.
- Alterações no apetite - diminuição do apetite e perda de peso ou aumento do desejo por comida e ganho de peso.
- Uso de álcool ou drogas.
- Agitação ou inquietação - por exemplo, estimulação, torção de mão ou incapacidade de ficar quieto.
- Pensamentos, fala ou movimentos do corpo lentos.
- Queixas frequentes de dores corporais, dores de cabeça, câimbras ou problemas digestivos que podem exigir visitas frequentes à enfermeira da escola ou hospitais e que não diminuem nem mesmo com o tratamento.
- Isolamento social.
- Mau desempenho escolar ou frequentes ausências da escola.
- Menor atenção à higiene ou aparência pessoal.
- Explosões de raiva, comportamento de risco ou comportamentos teatrais.
- Automutilação - por exemplo, corte, queimadura ou piercings e/ou tatuagens excessivas.
Pode ser difícil explicar (aos jovens) a diferença entre as fases boas e ruins da vida, e que as
fases de “baixa” podem ser parte de um período de depressão do adolescente. Sempre é recomendável uma conversa com seu filho(a) adolescente e tentar determinar se ele ou ela é capaz de lidar com sentimentos desafiadores ou se a vida lhe parece esmagadora. Se
os sinais e sintomas da depressão persistirem e começarem a interferir na vida
do jovem ou se você tiver preocupações sobre suicídio ou segurança dele,
converse com um psicólogo ou um psiquiatra pois eles possuem formação em Saúde
Mental - é um risco muito grande encaminhar um jovem com esse quadro para os
chamados terapeutas holísticos ou “coachs”. Saiba que os sintomas de depressão
provavelmente não melhorarão por conta própria e podem piorar ou levar a outros
problemas se não forem tratados. Adolescentes deprimidos podem realmente estar
em risco de suicídio, mesmo que os sinais e sintomas não pareçam graves.
Não se sabe exatamente o que causa a
depressão, mas uma variedade de problemas pode estar envolvida, tais como:
- Trauma da primeira infância: Eventos traumáticos durante a infância, como abuso físico ou emocional, ou perda de um dos pais, podem deixar a pessoa mais suscetível à depressão.
- Aprendizagem de padrões de pensamento negativo: A depressão em adolescentes pode estar ligada a experiências em que a pessoa se sentiu desamparada - em vez de aprender a se sentir capaz de encontrar soluções para os desafios da vida.
- Hormônios: Alterações no equilíbrio do corpo de hormônios podem servir de “gatilhos” para desencadear a depressão.
- Neurotransmissores: Os neurotransmissores são “substâncias cerebrais” que transmitem sinais para outras partes do cérebro e do corpo. Quando esses estão prejudicados, a função dos receptores nervosos e dos sistemas nervosos muda, levando à depressão.
- Traços de hereditariedade: A depressão é mais comum em pessoas cujos parentes de sangue - como pais ou avós - também têm essa condição.

- Ter problemas que afetam negativamente a autoestima, como obesidade, problemas de colegas, bullying de longo prazo ou problemas acadêmicos.
- Ter sido vítima ou testemunha de violência, como abuso físico ou sexual.
- Ter outras condições de saúde mental, como transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, transtorno de personalidade, anorexia ou bulimia.
- Ter uma dificuldade de aprendizado ou distúrbio de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH).
- Ter dor contínua ou uma doença física crónica, como câncer, diabetes ou asma.
- Ter certos traços de personalidade, como baixa autoestima ou ser excessivamente dependente, autocrítico ou pessimista.
- Fazer uso abusivo de álcool, nicotina ou outras drogas.
- Ser gay, lésbica, bissexual ou transgênero em um ambiente sem apoio.
A história da família e os problemas familiares
ou com outras pessoas também podem aumentar o risco de depressão do adolescente.
Exemplos:
- Ter um pai, avô ou outro parente de sangue com depressão, transtorno bipolar ou problemas de uso de álcool.
- Ter um membro da família que morreu por suicídio.
- Ter frequentes conflitos familiares e família disfuncional.
- Ter experimentado eventos de vida estressantes recentes, como o divórcio dos pais, assalto ou morte de um ente querido.
Não há como prevenir a depressão.
No entanto, as estratégias abaixo podem ajudar. Incentive os jovens que
conhecer, bem como o seu filho adolescente, e praticar condutas como essas:
- Oferecer apoio emocional, compreensão, paciência e encorajamento a amigos que que estejam deprimidos.
- Tomar medidas para controlar o estresse, aumentar a resiliência e aumentar a autoestima para ajudar a lidar com os problemas quando eles surgirem.
- Estender a mão para amizade e apoio social, especialmente em tempos de crise.
- Nunca ignorar comentários sobre suicídio (relate-os ao terapeuta ou a algum adulto de sua convivência).
- Fazer o tratamento no primeiro sinal de um problema para ajudar a evitar que a depressão se agrave.
- Manter o tratamento contínuo, se recomendado, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, para ajudar a prevenir uma recaída dos sintomas de depressão.
Concluindo, destaco os seguintes
pontos:
- Adolescentes que desenvolvem depressão, na maioria das vezes (se não tratadas), continuam a ter episódios depressivos quando entram na idade adulta e também são mais propensos a ter outras doenças mais graves na idade adulta.
- Um jovem adolescente com depressão pode fingir estar doente, recusar-se a ir à escola, apegar-se a um dos pais ou preocupar-se com a possibilidade de um dos pais morrer. Podem, também, ficar de mau humor, ter problemas na escola, ser negativas e irritáveis e sentir-se incompreendidas. Como esses sinais podem ser vistos como alterações de humor normais típicas à medida que se passam pelos estágios de desenvolvimento, pode ser difícil diagnosticar, com precisão, um jovem com depressão.
- A depressão durante a adolescência ocorre num momento de grande mudança pessoal - quando meninos e meninas estão formando uma identidade à parte de seus pais, lidando com questões de gênero e sexualidade emergente, e tomando decisões independentes pela primeira vez em suas vidas.
- Depressão na adolescência frequentemente ocorre em conjunto com outros distúrbios, como ansiedade, distúrbios alimentares ou abuso de substâncias. Também pode levar a um aumento do risco de suicídio.
A boa notícia é que os adolescentes atuais não mostram preconceito com relação à psicoterapia (para acessar o artigo onde mostro como os adolescentes estão vendo a psicoterapia, clique em ADOLESCENTES E PSICOTERAPIA). A maioria deles concorda que fazer terapia não significa que a pessoa é louca! Pelo menos 1 em cada 5 adolescentes (20%) têm indicações de psicoterapia, e isso é bem compreensível. Pense que, se você quebrar sua perna, você vai a um ortopedista; se você tem uma dor de ouvido, você vai ao otorrinolaringologista; se você está deprimido, ansioso ou precisar de alguém para conversar, você vai a um psicoterapeuta cuidar de sua saúde mental.
Se você é um adolescente
e acha que pode estar deprimido - ou tem um amigo que pode estar deprimido, não espere para obter ajuda. Divida as suas preocupações com um profissional
de Saúde Mental ou com os pais, um amigo próximo, um líder religioso, um
professor ou alguém em quem você confia. E compartilhe esse artigo com seus amigos e conhecidos!


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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
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ADOLESCENTES TAMBÉM SOFREM DE DEPRESSÃO!

A depressão no adolescente é
um problema grave, mas pode ser prevenida quando se conhece os sintomas. Embora
o termo "depressão" possa descrever uma emoção humana normal, também
pode se referir a um distúrbio mental. Em ela é definida quando os sentimentos
depressivos persistem e interferem na capacidade de viver a vida normalmente
pelo adolescente.
Trata-se de algo bastante
comum em adolescentes e crianças – cerca de 8 a 10% das crianças e adolescentes
da população geral sofrem de depressão em qualquer momento. Adolescentes sob
estresse, que sofrem alguma perda ou que têm transtornos de atenção,
aprendizagem, conduta ou ansiedade correm um risco maior de depressão.
Jovens deprimidos
geralmente têm problemas em casa. Em muitos casos, os pais estão deprimidos e
isso acaba influenciando a condição psicológica da família. Nos últimos 50
anos, a depressão tornou-se mais comum e agora é reconhecida em idades cada vez
mais jovens. À medida que a taxa de depressão aumenta, o mesmo acontece com a
taxa de suicídio dos adolescentes.
É importante lembrar que o
comportamento dos adolescentes deprimidos pode diferir do comportamento de
adultos deprimidos. Muito em breve publicarei um artigo com mais detalhes sobre
esse grave problema.
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Um
abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar T. Ribeiro
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo
de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante
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A PSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

Considerando a Depressão como uma transtorno importante, crônico e recorrente, o
qual produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem
fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa
autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite, gostaria de
fazer um importante questionamento:
apenas a psicoterapia é suficiente para tratar um paciente com depressão?
A psicoterapia é, com frequência, a
primeira forma de tratamento recomendada para a depressão. Entretanto, o
psicólogo deve avaliar cuidadosamente as condições do paciente e decidir se apenas
a sua intervenção alcançará eficácia no tratamento. Pode ser que, em alguns
casos como a depressão severa, seja imprescindível adotar um tratamento
medicamentoso, o que será da responsabilidade de um psiquiatra. Muitos estudos apoiam o conceito de que
a psicoterapia é um poderoso tratamento para a depressão, mas a experiência já
mostrou que combinar tratamento psicoterapêutico com adequado tratamento médico
(com antidepressivos e outros medicamentos) é muito eficaz, em especial, nos casos
mais problemáticos de transtorno depressivo. Em outras palavras,
cuidar dos aspectos psicológicos e psicossociais da depressão é tão importante
quanto tratar sua causa médica.
A psicoterapia envolve uma interessante variedade de técnicas de
tratamento. Durante o processo psicoterapêutico, a pessoa com depressão fala
com um psicólogo, que é um profissional de saúde mental treinado e licenciado
nessa área, o qual ajuda a pessoa a identificar e trabalhar os fatores que podem
estar desencadeando a depressão.
A
essa altura, você pode estar perguntando sobre a maneira que a psicoterapia pode
ajudar no tratamento da depressão. A resposta, de modo bem simples, é que a
terapia vai ajudar os pacientes deprimidos a:
- Compreender os comportamentos, emoções e ideias que contribuem para o seu estado depressivo.
- Entender e identificar os problemas ou eventos da vida - como uma doença grave, morte na família, perda de emprego ou divórcio - que contribuem para a depressão – e assim poderão compreender quais os aspectos desses problemas que eles podem resolver ou melhorar.
- Recuperar uma sensação de controle e prazer na vida.
- Aprender as técnicas de enfrentamento e habilidades para resolver problemas.
O
que ocorre em decorrência desse suporte prestado pelo psicoterapeuta é a obtenção
de vários benefícios tais como o alívio do estresse, a aquisição de uma nova perspectiva sobre seus problemas, ter
motivação para aderir ao tratamento medicamentoso, aprender formas de conversar
com outras pessoas sobre sua condição, etc.
A
psicoterapia pode ser realizada em vários formatos, como individual (envolvendo
apenas o paciente e o psicólogo), grupal (dois ou mais pacientes podem
participar da terapia ao mesmo tempo, onde compartilham experiências e aprendem
que os outros se sentem da mesma maneira e tem as mesmas experiências), casal (um
tipo de terapia que ajuda os cônjuges e parceiros a entender por que seu ente
querido tem depressão, que mudanças na comunicação e nos comportamentos podem
ajudar e o que eles podem fazer para lidar com isso) e outras. Além da
psicoterapia, o paciente pode optar pelo Aconselhamento Individual. Essa é uma sessão
individual com um psicoterapeuta profissional com experiência no tratamento da
depressão e outros transtornos de humor (evite os terapeutas holísticos, coachs
de vida e outros tipos de terapeutas). Com ele, o paciente aprenderá sobre a
depressão e como analisar e entender o seu próprio estado, além de discutir estratégias
para controlar o estresse e evitar que a depressão piore ou retorne.
As
sessões individuais de psicoterapia auxiliam a identificar estresses específicos
e desencadeantes que pioram a depressão. Um psicoterapeuta irá ajudar o
paciente a encontrar maneiras de resolver problemas em casa ou no trabalho e o incentivará
a manter boas relações com a família e os amigos. O psicoterapeuta também pode contribuirá
na adoção de bons hábitos, como ter a certeza de tomar os remédios, consultar o
médico regularmente e dormir o suficiente.
Embora
algumas pessoas possam se beneficiar da psicoterapia num curto prazo, as
pessoas com depressão profunda tendem a fazer psicoterapia durante um prazo bem
maior. O bom é que os estudos e resultados mostram que a psicoterapia de longo
prazo trazem uma melhora mas consistente nos sintomas de depressão, melhor satisfação
na vida e um bom funcionamento social, além de diminuir o risco de recaída
depois que melhorar.
Se
você se sente deprimido, procure um terapeuta qualificado (um psicólogo ou
psiquiatra), e inicie sua psicoterapia. A depressão é um transtorno muito sério
e que pode oferecer risco de vida
Espero
que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a ter uma excelente
qualidade de vida. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br)
que podem ser interessantes para o seu momento pessoal!
Abaixo, disponibilizo links de artigos deste Blog que abordam o tema Depressão:
Você pode me “seguir” pelo Blog, Instagram (paulocesarpsi) ou pelo Facebook (@psicologopaulocesar) e ler gratuitamente artigos sobre a Psicologia Humana.
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de
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O ADOLESCENTE E A SUA AUTOESTIMA
O
conceito de auto-estima talvez seja justificado como parte do direito de
todos à busca da felicidade e de autorrealização. É certo que isso está enraizado em nossa sociedade por conta da ênfase no individualismo e é nutrido pela crença no autoaperfeiçoamento
e no sucesso material. Além disso, a autoestima possui um certo apelo e está validado
pelo senso comum. Considerando a capacidade de escolher, pode-se dizer que a
maioria das pessoas preferiria ter uma autoestima elevada do que baixa, porque
elas ligam isso ao bem-estar pessoal e à eficácia pessoal.
Do
meu ponto de vista, a autoestima pode ter um impacto significativo nos
relacionamentos. Infelizmente sabemos que num grande número de famílias, há membros
bastante inclinados a agir mal com os demais quando estão se sentindo mal
consigo mesmos. Quanto pior eles se sentem em relação a si mesmos, pior eles
tratam os outros, daí são tratados, de volta, de modo ruim, piores acabam se
sentindo sobre si mesmos, pior eles tratam os outros, e assim o ciclo de
infelicidade é estabelecido. Nas famílias de baixa autoestima, os
relacionamentos realmente podem se tornar mutuamente destrutivos. Nas famílias
de elevada autoestima, no entanto, o inverso parece mais provável de ocorrer.
Quanto melhor os membros da família se sentem sobre si mesmos, melhor eles se
tratam, daí são tratados, de volta, de forma melhor, todos tendem a tornarem-se
melhores. Nessas famílias, os relacionamentos geralmente são mutuamente
afirmativos e positivos e os seus membros parecem mais inclinados a fazer o
melhor para os outros, e não o pior. Portanto,
a autoestima positiva não é um tipo de modismo popular ou um “novo babado”. O
funcionamento feliz e saudável de indivíduos e famílias depende em parte de uma boa autoestima, particularmente durante a adolescência dos filhos.
Há
dois grandes momentos relativos à autoestima durante o curso normal da adolescência. O primeiro ocorre no início da adolescência (9-13 anos), quando a distanciamento
do jovem da sua própria infância cria uma perda de contentamento ao não ser
definido e tratado por mais tempo como uma criança. Nesse processo, muitos
componentes do autoconceito, agora considerados "infantis" (interesses principais, atividades preferidas e relacionamentos que dão suporte
à autoestima) podem ser sacrificados em prol do crescimento em direção ao futuro. Muitas "coisas infantis" de significativo valor
psicológico podem ser jogadas fora: brinquedos antigos e hobbies podem ser
abandonados, e até os amorosos avós podem ser colocados à distância.
O segundo momento na autoestima ocorre no final da adolescência, quando são mais independentes (18-23 anos), e quando o jovem é confrontado com a
assustadora realidade da vida livre e autônoma, e se sente oprimido e
diminuído pelo choque do futuro. Não aceitando esse desafio e, às vezes, agindo
dessa maneira, é fácil sentir-se desapontado consigo mesmo, desmoronar-se e até
mesmo se punir, podendo ter pensamentos como: "aqui estou, com 22 anos,
ainda bagunçando, desorientado, e não consigo arrumar minha vida!"
Mas,
o que é autoestima? Não é algo real no sentido de poder ser examinado visualmente,
fisicamente tocado ou observado diretamente. Semelhante a noções como
"inteligência" ou "consciência", a autoestima é um conceito
psicológico abstrato criado para descrever parte da natureza humana de uma
pessoa. Sua existência e utilidade são inferidas através de ações e expressões
consideradas evidências de sua presença.
Assim
como a solução de um problema pode ser considerado evidência de inteligência,
ou, agir de acordo com as crenças éticas pode ser considerado evidência de
consciência, insistir em ser tratado de forma justa e respeitosa pode ser
considerado como evidência de autoestima. Mais especificamente, a autoestima é
composta de duas palavras em uma. Separe-os e o significado fica mais claro.
"Auto" é um conceito descritivo e que especifica a si próprio: por quais características
específicas identifico o que refere-se a mim? "Estima" é um conceito
avaliativo: como eu julgo o valor que tenho? Autoestima, então, refere-se a como
uma pessoa identifica e avalia sua definição de si mesmo.
Considere
a autoestima como identificação... Quando o adolescente compromete sua
identidade apenas com uma parte da vida (ter amigos, competir nos esportes, ter alto desempenho acadêmico, etc.), e os amigos se afastam, ou uma
lesão encerra suas participações nos esportes, ou o desempenho escolar
diminui, a estima desaba: "Eu não sou nada sem meus amigos!",
"Eu sou inútil sem o jogar futebol!", "Eu sou um fracasso se eu
não tirar uma nota A!". Para manter a constância relativa de bem-estar
durante os altos e baixos normais da adolescência, é realmente útil ter
múltiplos pilares de autoestima.
Considere
a autoestima como avaliação... Quando o adolescente é rotineiramente duro
consigo mesmo (insistindo na excelência, criticando-se por seus fracassos, punindo-se por seus erros, etc.), logo, quando suas expectativas não são satisfeitas, quando as suas imperfeições se tornam aparentes, quando comete erros humanos, daí então a estima
desaba: "Eu sou tão estúpido!", "O que há de errado comigo?",
"Eu não posso fazer nada certo!" Para manter a constância de
bem-estar durante os tentativas e erros da adolescência, será de muita valia que se aprenda a tratar-se com tolerância e compreensão.
Particularmente,
numa resposta a uma experiência ruim em que uma tomada de decisão impulsiva ou
insensata acarretou em erros, decepções ou problemas, um adolescente pode fazer uma
autoavaliação bastante severa, dando excessiva importância a passos comuns que, sistematicamente, diminuem a autoestima. Esses passos são (1) fazer uma má
escolha, (2) ter sentimentos negativos, (3) sentir-se culpado, (4) autocriticar-se,
(5) punir-se por agir mal, (6) tratar a situação desfavorável como merecida, e
(7) gastar mais energia em penitências do que em recuperação.
Se
o seu filho ou filha começar a autoagredir-se por fazer escolher imprudentes
ou porque a vida não está indo bem, você pode dizer a eles algo como:
"Machucar-se quando você já está machucando só piora a dor. Quando você
estiver sofrendo, fique um tempo sem se tratar mal – ao contrário disso, trate-se bem! Dessa forma você poderá se motivar a fazer melhor depois, numa outra ocasião".
Há algo mais que mais você pode dizer ao seu filho adolescente sobre a autoestima? Sim! Você pode dizer a ele o seguinte: "quanto mais estreitamente você se define e quanto mais você se avalia
negativamente, mais corre o risco de diminuir a sua autoestima. Nesse estado de infelicidade,
você, evidentemente, corre o risco de tratar mal a si mesmo e aos outros. Então, faça um
favor a si próprio e mantenha sua autoestima elevada, defina-se amplamente e
avalie-se gentilmente; na maioria das vezes, você apreciará o valor e
desfrutará da companhia de quem e como você é".
Existe
realmente essa coisa de ter muita autoestima muito positiva? A resposta é sim, e talvez não seja algo tão bom! As
pessoas que se valorizam muito, frequentemente acreditam que são superiores, e que sempre têm razão, são merecedoras de consideração e tratamento especiais, não
precisam admitir discordância, sabem de tudo (ou pelo menos tudo que vale a pena
conhecer), e que devem ser autorizadas para guiar a vida dos outros. Bem, o fato é que muitos
tiranos, pequenos e grandes, desde a criança autorizada até o cruel déspota,
tiveram uma autoestima extremamente alta porém ao custo de outras pessoas.

Por
fim, uma singela mensagem: se você quer se sentir orgulhoso de si mesmo, você
tem que fazer coisas que possa fazer você se sentir orgulhoso - os sentimentos seguem as
ações.
Espero
que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem quanto à autoestima dos adolescentes. Há vários outros artigos no
Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser
interessantes para o seu momento de vida! Clique AQUI para informar-se sobre
relacionamentos abusivos na vida dos adolescentes.
Você
pode me “seguir” pelo Blog, Instagram (paulocesarpsi) ou pelo Facebook
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Um
abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo
de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante
sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório
próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento
de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou
pelo whatsapp 11.98199-5612
OS PAIS E O CONTROLE DOS FILHOS ADOLESCENTES
À
medida em que o jovem adolescente segue a sua jornada de amadurecimento, ele
passa a pressionar seriamente os seus pais com a intenção de obter mais liberdade para crescer, ora buscando mais independência, ora tentando diferenciar-se por
suas características e pelo desenvolvimento da sua individualidade. Em contrapartida,
os pais estão sempre ponderando se devem manter as coisas como sempre
foram desde a infância ou se deixam as coisas mudarem, dando mais espaço e
reconhecimento aos filhos.
Este
conflito recorrente assume muitas formas como, por exemplo, os pais se
questionarem: “Devo proibir ou permitir?”, “Devo intervir ou ignorar?”, “Devo
falar ou calar a boca?”, “Devo proteger ou deixar correr o risco?”, “Devo duvidar
ou confiar?”, “Devo insistir ou ceder?” e assim por diante. Mas qual o grau de
controle e influência um pai ou uma mãe deve exercer, afinal, agir pouco pode
ser negligente e agir demais pode ser opressivo?
Na
verdade, o que o adolescente precisa dos pais é um mix de “segurar e largar”. Os pais não tem as respostas certas o tempo todo, e com isso, tem dúvidas
continuamente: "E se eu apenas o deixasse tentar?", "Será que eu
deveria ter dito não?".
O
fato é que é assim que cresce o adolescente – apesar disso e em parte disso! Isto é, cresce
“apesar e por causa” do que os pais decidiram controlar ou não controlar, e essa
mistura costuma ser boa o bastante para o jovem definir como cuidará de si
mesmo sendo um adulto jovem funcionalmente independente e totalmente
individual. É claro que os pais podem ser criticados por seus filhos por cometerem erros numa direção ou outra. As críticas mais comuns são acusar a mãe de ser superprotetora, ou acusar o pai de que ele não o
ajuda, quando na verdade, o pai escolheu deixar que o filho tomasse suas
próprias decisões. Abençoados
os pais porque eles podem ser "culpados" em ambos os casos, mas vamos refletir um
pouco sobre as suas ações (ou “culpas”).
Pais
responsáveis costumam manter uma estrutura familiar permeada de regras e
expectativas saudáveis, para que os membros de sua família vivam em segurança. É neste ambiente que o adolescente cresce e no qual, muitas vezes, faz
pressão para a mudança e para desenvolver-se. Esses pais optam por fornecer
orientação, estrutura e supervisão constantes. As tensões, evidentemente, podem tomar vulto a ponto dos pais afirmarem coisas como “educar, ser pai ou mãe, não é
um concurso de popularidade e nós podemos decidir algo conforme o que acreditamos ser o
melhor para você; sabemos que você pode inclusive não gostar pois você quer o contrário
da nossa decisão. No entanto, nós prometemos estar sempre onde temos que estar, ser
flexíveis onde pudermos e sempre dar ouvidos a tudo o que você tem a dizer. Ouvi-lo
será sempre muito importante, porque a uma de nossas missões é criar meios para que todos nós,
pais e filho, permaneçamos comunicativa e carinhosamente ligados, à medida em que
a adolescência nos separa gradualmente, como é o que esperamos que ocorra”.
Dar
liberdade ao filho também é importante. Os pais estimulam os filhos dando-lhes mais
responsabilidade e independência para a tomada de decisão. Eles fazem isso conscientemente,
especificando o que eles exigem do adolescente antes de se dispuserem a colocar
aquele jovem ansioso em risco e com mais liberdade pessoal. Se quiserem, fica a sugestão abaixo, uma espécie de "contrato de liberdade", a qual pode ser adotada pelos leitores, e que abrange os seguintes pontos:
- Credibilidade - dar informações adequadas e precisas aos pais.
- Previsibilidade – manter as promessas e acordos firmados com os pais.
- Prestação de Contas – reconhecer e assumir as consequências das escolhas feitas com os pais;
- Responsabilidade – cuidar das suas tarefas e “negócios” em casa, na escola e no mundo;
- Mutualidade - viver numa “mão-dupla”, dando e recebendo, na relação com os pais;
- Disponibilidade – estar disposto a discutir as preocupações dos pais quando elas surgirem;
- Civilidade – comunicar-se com os pais com palavras educadas, afetivas e respeitosas.
Quanto
mais o jovem se apega aos pontos acima, mais inclinado a conceder liberdade
os pais provavelmente se tornam. No outro extremo, se o adolescente mentir, quebrar
compromissos, culpar os outros, agir de forma não responsável, não se mostrar disponível
para falar e usar linguagem ofensiva, é mais provável que os pais endureçam,
restringindo o espaço e liberdade dos filhos.
Para
que não se pense que o conflito “segurar o filho adolescente X deixá-lo viver
a vida” só está nas mentes dos pais, peço que considere o início da adolescência (9 -13
anos). Não mais se contentando mais em ser tratado como uma criancinha, e
querendo não fazer mais parte do grupo para o qual a “velha definição” se aplica,
o jovem pode, ao mesmo tempo, sentir-se verdadeiramente dividido e ambivalente.
Ela ou ele quer parar de agir como uma criança, mas ainda quer se apegar às atividades preferidas da infância, interesses e coisas que causarão tristeza se
perdê-las. Ou, pense no adolescente do último estágio (18 – 23 anos), o qual deseja não
ter mais as restrições familiares e agir de forma independente - ela ou ele
também está dividido e ambivalente, pois ainda quer manter o apoio dos pais e também sente falta de algumas conveniências confortáveis que a vida em casa
proporciona.
É
bom lembrar que se preocupar demasiadamente em apoiar ou não as escolhas dos adolescentes pode
fazer com que os pais ignorem uma outra questão importante. Como poderão, na intenção
de promover uma crescente capacidade de autogestão dos seus filhos, discutir
produtiva e continuamente com eles sobre as escolhas que fazem, compreendê-los e praticar um bom aconselhamento? O controle parental certamente é importante, mas a comunicação é ainda mais importante.
Finalmente,
é fundamental que os pais tomem cuidado se houver o controle for exercido a todo e qualquer custo, pois
o esforço pode não valer a pena:
- ao insistir no controle absoluto, os pais podem fomentar uma dependência doentia no adolescente em crescimento: "aprendi a fazer o que quer que eu seja forçado a contar".
- quando os pais perdem seu próprio equilíbrio emocional para obter o controle, o adolescente pode acabar assumindo esse controle: "eu sei como usar a resistência para deixar meus pais realmente chateados".
- ao colocar sua vontade contra a vontade do adolescente e vencer uma luta pelo poder, eles podem criar um grande e constante disputa. O adolescente pensará: "eu posso ter perdido essa batalha, mas serei cada vez mais forte para insistir contra eles e vencer a guerra!"
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